Startup brasileira cria espumante feito com mel de abelhas

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Imagem: Mirá

Uma startup de São Carlos (SP) está desenvolvendo uma bebida espumante inédita de alta qualidade, fabricada com o mel de abelhas nativas brasileiras sem ferrão. Esses insetos – chamados meliponíneos – são objeto de estudo dos dois biólogos responsáveis pela pesquisa. Há quatro anos, eles decidiram estudar a fermentação do mel dessas abelhas para fins comerciais.

A ideia era criar um produto único com alto valor agregado que, além da excelência no mercado, pudesse também estimular a conservação da fauna nacional (essas abelhas chegaram ao Brasil bem antes da Apis mellifera no século XIX), além de valorizar a cultura e o trabalho de comunidades produtoras locais.

Daí resultou a Mirá, uma fabricante de produtos alimentícios com foco no desenvolvimento de uma nova bebida premium: espumante de mel de abelhas nativas brasileiras. O projeto – apoiado pelo Programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) – entra agora em sua segunda fase, a de desenvolvimento do produto.

Uma nova bebida premium

Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte:  Shutterstock 

De acordo com a bióloga Juliana Massimino Feres, pesquisadora responsável pelo projeto, na primeira fase foi verificada a viabilidade da fermentação do mel de abelhas sem ferrão e testadas várias receitas e selecionadas “duas que tiveram resultados surpreendentes em relação ao sabor e aroma.”

Um grande desafio passou a ser a padronização do produto, já que a matéria-prima do mel varia conforme a região de origem, o bioma das abelhas e a estação do ano. A solução foi “incorporar essa variação em termos de safra, o que tornará o produto ainda mais exclusivo”, explica o biólogo Tulio Marcos Nunes, sócio de Feres na Mirá.

O próximo passo, já na Fase 2 do Programa PIPE, é refinar a ciência da fermentação e escalonar o produto. Para Nunes, o produto não terá uma escala industrial muito grande. Feres estima a produção "em volumes como 200 ou 400 litros. Isso será necessário para podermos estudar como o produto se comportará na prateleira", afirmou ao site Pesquisa para Inovação, da Fapesp.

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