#AstroMiniBR: conheça o maior telescópio terrestre do mundo!
As curiosidades astronômicas da semana #AstroMiniBR!

Por Nícolas Oliveira
12/07/2022, às 15:30
Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: O movimento do Sol através da galáxia
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">???? O SOL NÃO ESTÁ PARADO<br><br>Assim como todas as outras coisas do Universo, o Sol também se movimenta.<br>Ele completa uma volta ao redor do centro da Via Láctea em aprox 225 milhões de anos!<br>Desde que nasceu, o Sol deu apenas 20 voltas ao redor da galáxia!!<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/z4Q8Y2nyTA">pic.twitter.com/z4Q8Y2nyTA</a></p>— Thiago Flaulhabe (@TFlaulhabe) <a href="https://twitter.com/TFlaulhabe/status/1544477955497377793?ref_src=twsrc%5Etfw">July 6, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Nada no Universo está absolutamente parado. Isso é válido desde as pequenas partículas e moléculas que compõem o nosso corpo até as estruturas de grandes escalas como grupos e aglomerados de galáxias.
Com o Sol e o Sistema Solar não é diferente: estamos orbitando em torno do centro da Via Láctea a uma velocidade média de 828.000 km/h! Você pode pensar (e com razão!) que essa é uma velocidade altíssima, mas mesmo assim, o Sol leva cerca de 230 milhões de anos para fazer completar uma volta ao redor da Via Láctea!
Esse período de tempo é chamado de ano galáctico ou ano cósmico. O ano galáctico fornece uma unidade conveniente e útil para representar os períodos cósmicos e geológicos juntos. Em contraste, uma escala de “bilhões de anos” não permite discriminação útil entre eventos geológicos, e uma escala de “milhões de anos” requer alguns números bastante grandes. Por essa razão, podemos representar eventos como, por exemplo, o nascimento do Sol, que ocorreu aproximadamente 20 anos galácticos atrás; o surgimento da vida na Terra, evento que ocorreu cerca de 17 anos galácticos atrás, e assim por diante!
#2: O Telescópio Extremamente Grande!
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Quando inaugurado em 2027, o ELT será o maior telescópio da Terra, com um espelho de 39 m.<br><br>Ele poderá medir a composição química de um objeto com magnitude 27, o equivalente a uma lâmpada caseira à distância de Vênus! <a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/sSZSShI0l7">pic.twitter.com/sSZSShI0l7</a></p>— Thiago S Gonçalves (@thiagosgbr) <a href="https://twitter.com/thiagosgbr/status/1544463540349812736?ref_src=twsrc%5Etfw">July 5, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
A era de grandes avanços no conhecimento astronômico está para dar mais um salto gigantesco! Com o advento dos supertelescópios abrindo seus olhos para o Universo, a exemplo do Telescópio Espacial James Webb (JWST) que trouxe à humanidade seus primeiros registros do Cosmos esta semana, o mundo da astronomia se prepara novamente para mais uma grande surpresa: o Extremely Large Telescope (ELT)!
O ELT será um telescópio terrestre sem precedentes que terá um espelho principal de 39 metros e será o maior telescópio de luz visível e infravermelha do mundo! Previsto para ficar pronto e operacional em 2027, além desse tamanho inigualável, o ELT será equipado com uma linha de instrumentos de ponta, projetados para cobrir uma ampla gama de possibilidades científicas. Assim como o JWST, é esperado que o ELT também traga diversas descobertas notáveis sobre o Universo e amplie nossa percepção do Cosmos.
O ELT está sendo construído no meio do deserto do Atacama, no Chile, localização privilegiada no mundo para observação astronômica. Quando concluído, o ELT será capaz de captar 100.000.000 de vezes mais luz que o olho humano, e estudará os maiores desafios científicos do nosso tempo como, por exemplo, a detecção planetas semelhantes à Terra em torno de outras estrelas nas zonas habitáveis onde a vida poderia existir; a investigação da natureza da matéria escura e da energia escura; o estudo de estrelas em nossa galáxia e além; buracos negros; evolução de galáxias distantes e diversos outros tópicos do Universo remoto.
#3: A Via Láctea sobre a Serra da Mantiqueira
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Longe da poluição luminosa das áreas urbanas, a Via Láctea mergulha espetacularmente no horizonte norte sobre a Serra Mantiqueira em São Francisco Xavier (SP). <a href="https://twitter.com/ceusestrelados?ref_src=twsrc%5Etfw">@ceusestrelados</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/mO994e1iyb">pic.twitter.com/mO994e1iyb</a></p>— Projeto Céu Profundo (@CeuProfundo) <a href="https://twitter.com/CeuProfundo/status/1543771874831859715?ref_src=twsrc%5Etfw">July 4, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
O registro acima mostra a belíssima combinação da Via Láctea sobre a Serra da Mantiqueira, a cadeia montanhosa que se estende por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A fotografia, feita pela equipe do Céu Profundo, é um excelente exemplo de como a poluição luminosa afeta negativamente a contemplação e observação astronômica. Se você sair em uma noite clara em sua vizinhança, é provável que você possa ver a maior parte ou todo o famoso agrupamento do Cruzeiro do Sul e mais um punhado de estrelas ou planetas brilhantes. O que você provavelmente não verá é a Via Láctea.
À medida que a poluição luminosa aumenta, o brilho do céu de luzes não blindadas torna o céu noturno mais brilhante e obscurece a visão da Via Láctea e de objetos menos brilhantes no céu, dificultando a identificação e a observação de fenômenos e objetos celestes.
#4: A Lua tem mais crateras do que a Terra?
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Por que a Lua tem tantas crateras e a Terra não?<br><br>Um dos motivos¹ é que a Lua não tem uma atmosfera densa que impeça meteoros se desintegrem, como acontece aqui na Terra (que vemos como estrelas cadentes!)<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/T8YxI0L0dp">pic.twitter.com/T8YxI0L0dp</a></p>— Ana Carolina Posses (@astroposses) <a href="https://twitter.com/astroposses/status/1544398758288424969?ref_src=twsrc%5Etfw">July 5, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Você certamente já viu, se não através de um pequeno telescópio, em fotografias da superfície da Lua e de sua principal característica: inúmeras crateras de impacto, formadas ao longo de bilhões de anos da sua formação e evolução. Porém, você já se perguntou por que o mesmo não acontece com a Terra? Já que ela é maior que Lua, por que não tem tantas crateras?
A verdade é que, embora a Terra também possua crateras causadas pelo impacto de asteroides e meteoritos com a superfície, a atmosfera terrestre a protege da maioria dos corpos que entram nela. Além disso, a atividade geológica da Terra e também sua enorme massa oceânica e de vegetação atenua e muito a existência de crateras!
#5: A missão soviética Zond 5
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">em 1968, a missão Zond 5 da agência espacial da União Soviética levou organismos vivos pra passear no espaço. dentre a tripulação, tivemos minhocas, plantas e um par de tartaruguinhas ??<br><br>os ilustres passageiros fizeram um sobrevoo lunar e voltaram à Terra com vida.<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/lUFN63WnfM">pic.twitter.com/lUFN63WnfM</a></p>— yanna martins franco (@martins_yanna) <a href="https://twitter.com/martins_yanna/status/1544090391485595651?ref_src=twsrc%5Etfw">July 4, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
A Zond 5 foi uma espaçonave soviética pertencente ao programa espacial programa Zond, que operou entre 1964 e 1970. No mês de setembro do ano de 1968, a Zond 5 tornou-se a segunda nave espacial a viajar e circular a Lua, e a primeira missão lunar da história a incluir animais e retornar com segurança à Terra.
A Zond 5 carregava como membros de sua tripulação duas tartarugas, ovos de moscas-das-frutas e algumas plantas. Uma das principais conclusões da missão foi que quase não ocorreram alterações biológicas nestes seres vivos devido à viagem espacial.