Telescópio James Webb resiste a impacto de micrometeoroide

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Em algum lugar do ponto de Lagrange 2, a 1,6 milhão de quilômetros da Terra, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) desempenhava suas funções de fotografar os primórdios do universo quando, entre os dias 23 e 25 de maio, um micrometeoroide atingiu um dos segmentos de seu espelho primário, segundo comunicado da NASA divulgado na quarta-feira (8).

Embora o dano à estrutura de US$ 10 bilhões do equipamento seja detectável, o choque com o corpo celeste não causou nenhum tipo de alteração no cronograma de operações do JWST, segundo a agência espacial.

Meteoroides são pequenas pedras ou pedaços de metal que giram ao redor do sol, mas são muito pequenos para serem chamados de asteroides ou cometas. Quando pegam fogo ao entrar na atmosfera terrestre, seu brilho é chamado de meteoro, e quando caem no solo do planeta, são meteoritos. Micrometeoroides, por sua vez, são objetos muito pequenos, que podem ter o tamanho de grãos de poeira.

Meteoroides se tornam meteoros ao ingressar na atmosfera da Terra. (Fonte: Shutterstock/Reprodução.)Meteoroides se tornam meteoros ao ingressar na atmosfera da Terra. (Fonte: Shutterstock/Reprodução.)Fonte:  Shutterstock 

O que aconteceu com o James Webb após o impacto?

Após executarem avaliações iniciais, equipes da NASA constataram que o telescópio espacial continua operacional, e em um nível que excede todos os requisitos da missão, informa a agência aeroespacial. Além disso, o espelho do JWST foi projetado para as intempéries do ambiente espacial, como luz ultravioleta, partículas carregadas do Sol, raios cósmicos e eventuais impactos de micrometeoroides.

De acordo com o vice-gerente técnico de projetos do Goddard Space Flight Center, Paul Geithner, “Nós projetamos e construímos o Webb com margem de desempenho – óptico, térmico, elétrico, mecânico – para garantir que ele possa cumprir sua ambiciosa missão científica mesmo depois de muitos anos no espaço”.

Dessa forma, o próprio telescópio consegue detectar e ajustar as posições dos espelhos, de forma a corrigir, mesmo que parcialmente, os efeitos do impacto. No caso atual, os engenheiros da Terra já fizeram uma primeira regulagem para o segmento C3, que foi atingido, e os ajustes automáticos dos espelhos continuarão processando a correção.

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