Terras indígenas são barreira contra desmatamento na Amazônia, diz estudo
Um novo estudo aponta que as populações indígenas são muito importantes contra a desflorestação da floresta amazônica

26/04/2022, às 11:00

Fonte: MapBiomas
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De acordo com um estudo realizado pela organização MapBiomas, os territórios indígenas são responsáveis pela proteção de áreas florestais e contra o avanço do desmatamento no Brasil, especialmente na Amazônia. Enquanto as áreas privadas já perderam até 20,6% da vegetação nativa local, as terras indígenas perderam apenas 1%.
Segundo a pesquisa, entre 1990 e 2020, o Brasil perdeu cerca de 69 milhões de hectares da floresta amazônica e apenas 1,1 milhão foi destruído em regiões em que moram a população indígena. Enquanto isso, foram desmatados mais de 47,2 milhões de hectares em locais privados.
Atualmente, as terras indígenas ocupam apenas 13,9% do território brasileiro e representam 109,7 milhões de hectares da vegetação. Até 2020, a área representou 19,5% de toda a vegetação nativa no Brasil.
“Os dados de satélite não deixam dúvidas que são os indígenas que estão retardando a destruição da floresta amazônica. Sem seus territórios, a floresta certamente estaria muito mais perto de seu ponto de inflexão a partir do qual ela deixa de prestar os serviços ambientais dos quais nossa agricultura, nossas indústrias e cidades dependem”, disse o coordenador geral do MapBiomas, Tasso Azevedo.
Resultado dos dados coletados durante a pesquisa do MapBiomas
Desmatamento em alta
A presença de garimpeiros aumentou consideravelmente nos últimos e, até 2020, já representava um crescimento de 495% em relação a 2010. O maior período de desmatamento registrado no Brasil aconteceu entre 2019 e 2020.
Segundo dados coletados por satélite no estudo do MapBiomas, o número de desmatamento cresceu excepcionalmente nos últimos anos — sem contar com as queimadas. Assim, a pesquisa reforça a importância das terras indígenas para a proteção das vegetações nativas do Brasil.

Especialista em Redator
Lucas Guimarães escreve sobre ciência e tecnologia há mais de dez anos.