Visita a Urano deve ser prioridade da NASA, diz relatório de cientistas

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Um dos principais documentos que orientam os rumos da pesquisa planetária nos Estados Unidos foi lançado na terça-feira (19). A nova edição, chamada de “Origens, Mundos e Vida: Uma Estratégia Decenal para Ciência Planetária e Astrobiologia 2023-2032”, elegeu como prioridade para a próxima década o envio de uma sonda especial inteiramente dedicada ao planeta Urano, além de um “orbiter-lander” para Encélado, a lua oceânica de Saturno.

Mas, por que Urano? A explicação é simples: primeiramente, porque o planeta nunca recebeu uma missão espacial investigativa, apenas um sobrevoo da Voyager 2, em 1986, que nada revelou. Outro motivo é que o corpo celestial gelado era o "próximo da fila" no relatório decenal de 2011, que elegeu Marte e a lua de Júpiter, Europa, como prioridades.

Mas há um outro motivo, essa mais lógica, para priorizar Urano: o chamado "oportunismo celestial". De acordo com o cientista planetário Robin Canup, do Southwest Research Institute, se o orbitador for lançado em um foguete Falcon Heavy em 2031 ou 2032, ele poderia pegar uma espécie de carona gravitacional de Júpiter e chegar ao destino em 13 anos. "Esta missão está tecnicamente pronta para o lançamento", disse o cientista à revista Science.

Como serão as missões espaciais da próxima década?

Fonte: The National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine/ReproduçãoFonte: The National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine/ReproduçãoFonte:  The National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine 

O Orbitador e Sonda Atmosférica para Urano (UOP), que depende da liberação de uma verba de US$ 4,2 bilhões (R$ 19,4 bilhões), é viável para lançamento com os foguetes lançadores existentes atualmente. A missão poderia realizar uma turnê orbital de vários anos pelos chamados gigantes de gelo, com foco em Urano, onde entregaria uma sonda atmosférica.

Já a missão a Encélado envolveria um "orbilander", veículo espacial híbrido composto de uma sonda orbital e um módulo de pouso. De acordo com o relatório científico, esses equipamentos buscariam evidências de vida na lua de Saturno, inicialmente a partir da órbita e, durante a missão de dois anos, através de estudos realizados diretamente pelo lander, que poderá coletar material de plumas da água acima da superfície gelada do satélite.

O projeto decenal recomenda também que a NASA continue executando os atuais programas dedicados a explorar a Lua e Marte.

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