Material radioativo desapareceu de laboratório em Chernobyl, diz Ucrânia

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O paradeiro do material radioativo dos laboratório de Chernobyl é desconhecido desde a invasão de tropas russas, afirma Anatolii Nosovskyi, diretor do Instituto para Problemas de Segurança de Usinas Nucleares (ISPNPP), em Kiev.

Na revelação, feita para a revista Science, Nosovskyi diz que os isótopos levados podem ser usados na produção de uma bomba suja: um explosivo capaz de dispersar material radioativo ao seu redor.

Material radioativo desaparecido pode ser usado na fabricação de uma bomba suja (Fonte: Shutterstock)Material radioativo desaparecido pode ser usado na fabricação de uma bomba suja (Fonte: Shutterstock)Fonte:  Shutterstock 

Segundo o relato do diretor, durante o caos do avanço das tropas o laboratório de monitoramento de radiação foi invadido e desde o ataque ele não teve mais contato com os funcionários. Por isso ele não sabe dizer o que foi feito do material armazenado no local.

A instalação, que fica à parte do complexo nuclear, é usada para controlar os níveis de radioatividade da região e alertar as autoridades em caso de anomalias. Lá existe uma grande quantidade de isótopos utilizados para calibrar os equipamentos de medição, conta Nosovskyi.

A usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, é conhecida por um acidente nuclear ocorrido em 1986, causado pela explosão de um reator. Ela voltou aos noticiários em 24 de fevereiro, primeiro dia da invasão russa na Ucrânia, quando as tropas tomaram conta das instalações.

Muitos funcionários da usina foram feitos reféns, inclusive os empregados do laboratório de Nosovskyi com os quais o diretor não pôde mais entrar em contato. Algumas pessoas foram liberadas, mas muitos continuam sob o poder dos invasores

Como a região ainda é instável, a comunidade europeia teme novos desastres nucleares. Recentemente um incêndio de altas proporções tomou a vegetação próxima à usina e os russos não permitiram a ação dos bombeiros.

Há o receio de que o fogo libere no ar partículas radioativas, diz Nosovskyi. Entretanto, ele mesmo revela que as análises feitas remotamente até agora indicam que a fumaça desprendida não representa um perigo em termos de radioatividade.

Fontes

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