Cientistas criam smartwatch que mede níveis de cortisol pelo suor

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Imagem: Yichao Zhao/Zhaoqing Wang/UCLA

Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA), nos EUA, anunciou na semana passada (7) a criação de um novo modelo de dispositivo vestível que pode representar um importante instrumento para identificar casos de depressão e estresse pós-traumático. Trata-se de um smartwatch que mede os níveis de cortisol presentes no suor, de forma precisa, não invasiva e em tempo real.

Conhecido como "hormônio do estresse", o cortisol é um marcador bioquímico (disponível em fluidos corporais) capaz de fornecer informações sobre estados psicobiológicos, e atualmente de difícil detecção em monitoramentos não invasivos. Além disso, as análises clínicas estão disponíveis apenas nas faixas micromolar e milimolar, enquanto o smartwach analisa o suor em concentrações nanomolares.

A detecção do cortisol é crucial nos diagnósticos do transtorno depressivo maior, de transtornos de ansiedade, de estresse pós-traumático, da obesidade e dos transtornos adrenais.

Como funciona o novo smartwacth de detecção do cortisol?

Fonte: Zhaoqing Wang/Yichao Zhao/UCLA/Divulgação.Fonte: Zhaoqing Wang/Yichao Zhao/UCLA/Divulgação.Fonte:  Zhaoqing Wang/Yichao Zhao/UCLA 

De acordo com o professor de engenharia elétrica Sam Emaminejad, da UCLA, o estudo mostrou que o método mais adequado de medição do cortisol é o suor, e assim "poderíamos monitorar essas mudanças em um formato vestível, como mostramos antes para outras pequenas moléculas, como metabólitos e produtos farmacêuticos”. A tecnologia usada congrega avanços em bioeletrônica vestível e transístores biossensores feitos por ele.

O novo smartwach funciona através de uma tira de filme adesivo fino que coleta pequenos volumes de suor, mensuráveis em milionésimos de litro. Um sensor acoplado detecta o cortisol usando "aptâmeros" (fitas de DNA projetadas), nas quais uma molécula de cortisol se encaixa perfeitamente como uma chave em uma fechadura. Quando o cortisol se liga, o aptâmero muda de forma e altera os campos elétricos de seu transístor.

ARTIGO Science Advances: DOI: 10.1126/sciadv.abk0967.

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