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#AstroMiniBR: um novo planeta em Proxima Centauri!

As curiosidades astronômicas da semana #AstroMiniBR!

Avatar do(a) autor(a): Nícolas Oliveira

12/02/2022, às 17:00

#AstroMiniBR: um novo planeta em Proxima Centauri!

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Imagem de #AstroMiniBR: um novo planeta em Proxima Centauri! no tecmundo

Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: Um vizinho planetário fora do Sistema Solar

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">[MAIS UM PLANETA EM PRÓXIMA CENTAURI!]<br><br>É o terceiro planeta ao redor da estrela mais próxima de nós, e o menos massivo, com apenas 1/4 da massa da Terra. Um dos menores exoplanetas já descobertos!<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://twitter.com/ESO?ref_src=twsrc%5Etfw">@ESO</a> <a href="https://t.co/Dd2tZr5t3H">pic.twitter.com/Dd2tZr5t3H</a></p>&mdash; Thiago S Gonçalves (@thiagosgbr) <a href="https://twitter.com/thiagosgbr/status/1491774663483138056?ref_src=twsrc%5Etfw">February 10, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Um novo planeta foi descoberto em Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sistema Solar, distante apenas 4,2 anos-luz de nós! A descoberta foi feita por um grupo de astrônomos através das observações do Very Large Telescope, localizado no Chile. As análises dos dados apresentaram evidências da presença de mais um planeta ao redor de Proxima Centauri, o terceiro detectado neste sistema planetário. O novo planeta, batizado de Proxima d, é menos massivo que os demais, possui cerca de 25% da massa da Terra e orbita a sua estrela hospedeira a uma distância de aproximadamente 4 milhões de quilômetros. Curiosamente, seu período orbital é equivalente a apenas 5 dias terrestres. Esta descoberta é importante para os estudos das ciências planetárias porque possibilita um estudo detalhado da nossa estrela vizinha mais próxima e o seu conjunto de planetas com características diversas, capazes de auxiliar a nossa compreensão de como os planetas se formam e evoluem ao longo de milhões de anos e, eventualmente, aprimorar estudos e investigações futuras.

#2: Uma dança cósmica entre estrelas distintas

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Esse é o sistema R Aquarii, formado por uma estrela anã branca e uma gigante vermelha ??<br><br>A interação gravitacional entre as duas estrelas gera erupções intensas na estrela gigante ?<br><br>Na imagem, é possível ver as ondas de choque destas explosões!<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/3LMdVQrq4P">pic.twitter.com/3LMdVQrq4P</a></p>&mdash; Thallis Pessi (@thallislp) <a href="https://twitter.com/thallislp/status/1489694354981756931?ref_src=twsrc%5Etfw">February 4, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

A imagem acima apresenta os efeitos impressionantes da interação entre duas estrelas, a primeira delas, uma estrela anã branca, que queima o remanescente do seu combustível de forma contínua e a uma temperatura relativamente fria; e uma segunda, uma estrela gigante vermelha, próxima dos estágios finais de sua vida e altamente instável. Embora a diferença das dimensões entre elas seja impressionante, esse é um bom exemplo de que tamanho não diz muito: à medida que essas estrelas orbitam uma à outra, a anã branca puxa o material da gigante vermelha para sua superfície. Dado tempo suficiente, o material puxado vai se acumulando e se somando à massa da anã branca até que ocorre uma explosão! Na imagem, é possível ver as estruturas formadas por essa interação violenta, em tons vermelhos e amarelos. A região em lilás mostra os efeitos de um jato extremamente energético da anã branca ao atingir o material ao redor das estrelas, causando ondas de choque, semelhantes aos cones de vapor gerados por aviões supersônicos.

#3: O lado oculto da Lua que não é escuro

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Uma visão pouco familiar de um objeto muito familiar!<br>O hemisfério oposto da Lua não é visível para observadores na Terra, mas neste mosaico de imagens da missão <a href="https://twitter.com/LRO_NASA?ref_src=twsrc%5Etfw">@LRO_NASA</a><br> podemos ver integralmente o que está oculto para nós na superfície da Terra.<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/VeydE2S7C5">pic.twitter.com/VeydE2S7C5</a></p>&mdash; Projeto Céu Profundo (@CeuProfundo) <a href="https://twitter.com/CeuProfundo/status/1489667783289937925?ref_src=twsrc%5Etfw">February 4, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Ao contrário do que muita gente pensa e do que foi cantado pela famosa banda de rock britânica Pink Floyd, o lado oculto da Lua não é escuro. A imagem acima certamente não nos parece familiar, mas é a nossa boa e velha conhecida Lua. Essa parte da sua superfície, contudo, não pode ser vista pelos nossos olhos aqui da Terra. Isso porque, trancada em rotação síncrona, a Lua sempre apresenta a mesma face para a superfície terrestre. Mas para as sondas (e também os astronautas) que estiveram em órbita lunar, o lado oculto da Lua passou a ser conhecido. A imagem nítida acima apresenta a superfície deste outro lado, mostrando suas crateras de impacto características e as manchas ásperas e desgastadas que, embora guardem semelhanças, são mais claras e menos marcantes que a do lado visível, coberto por manchas escuras. A explicação provável para isso é que a crosta do lado oculto é mais espessa, tornando mais difícil para o material derretido do interior lunar fluir para a superfície.

#4: Aquilo ali é uma nebulosa ou uma galáxia?

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">houve uma epoca que olhávamos pro céu e pensávamos só existia o nosso universo-ilha, a Via-Lactea ??<br>&quot;O Grande Debate&quot; entre os astrônomos Curtis e Shapley foi de vital importância no estudo de outras galáxias, na epoca chamadas de nebulosas espirais<br><br>{c} SETI<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> (1/2) <a href="https://t.co/ZLTUPmi7Cw">pic.twitter.com/ZLTUPmi7Cw</a></p>&mdash; yanna martins franco (@martins_yanna) <a href="https://twitter.com/martins_yanna/status/1489734987456856072?ref_src=twsrc%5Etfw">February 4, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Há apenas 100 anos, os astrônomos ainda não sabiam com certeza se aqueles objetos extensos e difusos que eles observavam no céu eram nebulosas vizinhas e locais ou se eram galáxias, distintas e distantes da Via Láctea. Um dos episódios mais famosos da história da ciência, conhecido como o Grande Debate, ou o debate de Shapley-Curtis, tentou resolver esse problema. Realizado em 1920 no Museu Smithsonian de História Natural, reuniu os astrônomos Harlow Shapley e Heber Curtis, cada um defendendo umas das hipóteses sobre a natureza desses objetos celestes. Shapley acreditava que as nebulosas distantes eram relativamente pequenas e situavam-se nos arredores da Via Láctea, enquanto Curtis sustentava que eram de fato galáxias independentes, implicando que eram extremamente grandes e distantes. Tempos após esse debate público, os cientistas conseguiram verificar evidências individuais de ambos os astrônomos, mas sobre o tema principal da existência de outras galáxias, Curtis provou estar correto.

#5: A galáxia do Cata-vento

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Essa é a M83, a galáxia conhecida como &quot;Cata-vento do Sul&quot;, pelo formato dos seus braços espirais.<br><br>É incrível o nível de detalhes que conseguimos ver no zoom. Podemos ver poeira, estrelas individuais e até mesmo regiões de formação estelar. Em outra galáxia!!<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/cpzXTDBynK">pic.twitter.com/cpzXTDBynK</a></p>&mdash; Camila Esperança (@astronomacamila) <a href="https://twitter.com/astronomacamila/status/1491825535609155591?ref_src=twsrc%5Etfw">February 10, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Grande, bonita e brilhante! Assim é a galáxia espiral M83, distante “meros” 12 milhões de anos-luz de distância de nós. Seus braços espirais proeminentes são marcados por faixas de poeira escura e pontuados pelos aglomerados de estrelas azuis e brilhantes!  Com cerca de 40.000 anos-luz de diâmetro, M83 possui um núcleo altamente energético e poderoso no espectro dos raios-X, região onde se localizam uma alta concentração de estrelas de nêutrons e buracos negros!


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Por Nícolas Oliveira

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