#AstroMiniBR: um planeta com dois sóis e outras curiosidades
As curiosidades astronômicas da semana #AstroMiniBR

Por Nícolas Oliveira
11/12/2021, às 17:00
Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Um sistema binário de estrelas massivas com planetas!
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">INCRÍVEL!! Astrônomos europeus fazem imagem (DE VERDADE, NÃO ILUSTRAÇÃO) de planeta ao redor de par de estrelas. Com 6 vezes a massa do Sol (somadas), é o sistema mais massivo com um planeta confirmado.<br><br>A seta indica o planeta, o outro ponto é uma estrela de fundo. <a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/Az1dk2q9fJ">pic.twitter.com/Az1dk2q9fJ</a></p>— Thiago S Gonçalves (@thiagosgbr) <a href="https://twitter.com/thiagosgbr/status/1468619311921065984?ref_src=twsrc%5Etfw">December 8, 2021</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Planetas fora do Sistema Solar existem aos montes. Planetas que orbitam sistemas binários de estrelas também não são bem o que chamaríamos de uma grande novidade e nem parece ser um fato incomum no Universo. Na última quarta-feira, porém, astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, da sigla em inglês) divulgaram uma imagem real de um planeta em órbita de b Centauri, um sistema estelar binário que, além de poder ser visto a olho nu, possui o aspecto interessante de ser o sistema estelar mais quente e massivo a hospedar planetas até agora! O registro foi feito pelo Very Large Telescope (VLT), telescópio localizado em Cerro Paranal, no Chile, e representa uma descoberta animadora para os astrônomos porque altera drasticamente a relação conhecida entre estrelas massivas e planetas em suas órbitas. Além disso, o planeta descoberto no sistema b Centauri está localizado em um meio inteiramente diferente do que aqueles encontrados no Sistema Solar: com mais de 10 vezes a massa de Júpiter, o planeta fica em um ambiente hostil e é bombardeado por uma intensa radiação oriunda do par de estrelas extremamente massivas e quentes!
#2: Como é distribuída a massa do Sol?
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">A massa do Sol não é uniformemente distribuida.<br><br>De dentro pra fora, 50% do raio do Sol engloba 90% da sua massa! <br><br>Ou seja, o Sol é muito mais denso nas partes internas que externas. <br><br>Imagem © ESA, NASA <a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/iKISM1wqks">pic.twitter.com/iKISM1wqks</a></p>— Camila Esperança (@astronomacamila) <a href="https://twitter.com/astronomacamila/status/1466873122410438665?ref_src=twsrc%5Etfw">December 3, 2021</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Que o Sol é extremamente grande e massivo comparado à Terra (e às coisas que existem em sua superfície) você já deve saber. O Sol é tão grande que em seu volume caberiam facilmente 1.300.000 Terras! Sua massa é tão intensa que corresponde a 99,8% da massa total do Sistema Solar! Esses valores são tão impressionantes que levaram os astrônomos Imke Pater e Jack J. Lissauer, autores de um livro famoso na área chamado “Ciências Planetárias” (em tradução livre), a se referir ao Sistema Solar como “o Sol e mais alguma poeira”. Contudo, uma coisa que você talvez não saiba é que nossa estrela não é uma esfera de densidade homogênea! Modelos matemáticos detalhados do interior solar, baseados em observações astronômicas e em conhecimentos de astrofísica estelar, permitem explorar muitos aspectos “ocultos” do Sol, sendo um deles exatamente esse: a metade interna da nossa estrela concentra 90% de sua massa!
#3: Como você ficaria daqui a 30 anos?
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Astronautas e pilotos militares devem suportar enormes quantidades de forças-g durante decolagens e certas manobras.<br><br>Eles recebem treinamentos especiais onde simulam deliberadamente forças intensas para replicar situações extremas! <a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/TdUbS06cpp">pic.twitter.com/TdUbS06cpp</a></p>— Nícolas Oliveira (@nicooliveira_) <a href="https://twitter.com/nicooliveira_/status/1468665945082445824?ref_src=twsrc%5Etfw">December 8, 2021</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Nem todos gostariam de ter acesso à resposta dessa pergunta, mas para aqueles curiosos, uma opção para ter uma ideia desse futuro (além de usar os famigerados aplicativos de smartphones) é se candidatar para seguir carreira de piloto militar ou de astronauta! Isso porque esses dois profissionais são comumente submetidos a treinamentos onde a força-g é deliberadamente aumentada de modo a simular certas condições experimentadas pelo organismo quando ele passa por manobras e acelerações intensas! Esses treinamentos são projetados com o intuito de prevenir a perda de consciência induzida pelo aumento da aceleração (conhecida através do jargão técnico g-loc), uma situação em que a ação das forças g move o sangue para longe do cérebro a ponto de o piloto desmaiar. Como os incidentes de perda de consciência podem ser fatais durante missões espaciais ou em aeronaves, treinamentos como esse são imprescindíveis.
#4: Grande, bonita e glamorosa!
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">sua foto é no máximo ajeitadinha... bonita mesmo é essa foto de perfil aqui da NGC 1055 ??????<br><br>NGC 1055 possui bastante poeira em seus braços espirais ??, sendo brilhante no infravermelho ?? e é membra de um grupo de galáxias na constelação da ??<br><br>{c} Martin Pugh<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/IOiQzr4YPB">pic.twitter.com/IOiQzr4YPB</a></p>— yanna martins franco (@martins_yanna) <a href="https://twitter.com/martins_yanna/status/1466903604984492038?ref_src=twsrc%5Etfw">December 3, 2021</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
A belíssima galáxia espiral NGC 1055 compõe um pequeno grupo de galáxias distante 60 milhões de anos-luz de nós, sendo o membro dominante do sistema. Ao apresentar-se para nós de perfil, a NGC 1055 tem um diâmetro maior que o da nossa própria galáxia, se estendendo por mais de 100.000 anos-luz no Cosmos. Em contraste com suas densas camadas de poeira estão as vastas regiões de formação de estrelas em coloração rosada, que se espalham ao longo de todo o disco da galáxia. Seu halo luminoso também se mistura com estruturas estreitas e tênues de poeira, possivelmente os detritos de uma galáxia satélite que se fundiu com ela há cerca de 10 bilhões de anos!
#5: Uma lua com mais água que todos os oceanos da Terra juntos!
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">?? VIDA FORA DA TERRA?<br><br>Juntando todos os oceanos da Terra, teríamos apenas metade da quantidade de água que deve existir em Europa, uma das luas de Júpiter.<br>Por esse e outros motivos, essa lua possui um grande potencial para abrigar vida como nós conhecemos!<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/aA92H5X7j5">pic.twitter.com/aA92H5X7j5</a></p>— Thiago Flaulhabe (@TFlaulhabe) <a href="https://twitter.com/TFlaulhabe/status/1468721208279588864?ref_src=twsrc%5Etfw">December 8, 2021</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Uma grande parte da lua de Júpiter, Europa, é composta inteiramente de água. A lua galileana possui um vasto e profundo oceano de água líquida sob uma camada de gelo em sua superfície, que pode variar de 80 a 170 quilômetros em profundidade média! Se considerarmos 100 quilômetros como sua profundidade média, toda a água de Europa poderia ser reunida em uma esfera com um raio de quase 900 quilômetros! Por conta desse vasto manancial de água e da intensa energia “bombeada” por Júpiter em seu interior, Europa tornou-se um dos pontos favoritos do Sistema Solar onde poderia abrigar vida. Por essa razão, nos próximos anos, a NASA pretende enviar uma sonda ao satélite com o objetivo de explorar essa possibilidade!