YouTube exclui live em que Bolsonaro sugere que vacina de covid causa Aids

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Imagem: BW Press/Shutterstock

O vídeo de uma transmissão feita no dia 21 em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugere que as vacinas contra a covid-19 causam Aids foi excluída do YouTube na noite desta segunda-feira (25). No domingo (24), Facebook e Instagram já haviam feito a remoção do conteúdo, que traz informações falsas.

Segundo o YouTube, o presidente já havia recebido um alerta em junho deste ano sobre o conteúdo enganoso que publicava a respeito das vacinas. Antes de derrubar o vídeo nesta segunda, o YouTube enviou um aviso ao presidente.

De acordo com as políticas da plataforma, o perfil de Jair Bolsonaro fica banido pelos próximos sete dias, isso significa que o presidente não vai poder fazer novas publicações no período. Caso volte a infringir as regras do YouTube, espalhando informações falsas a respeito das vacinas, por exemplo, o canal poderá ser banido por outros 14 dias.

Se o presidente receber três avisos dentro de 90 dias, o canal é excluído permanentemente da plataforma. O YouTube ressalta que o procedimento faz parte de seu sistema de avisos e vale para todos os usuários.

"Removemos um vídeo do canal de Jair Bolsonaro por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a COVID-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas", disse o YouTube em nota enviada ao TecMundo.

"As nossas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos as nossas políticas à medida que a orientação muda. Aplicamos as nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem for o criador ou de sua opinião política", afirma a empresa.

As declarações do presidente na transmissão feita ao vivo na quinta-feira (21) causaram fortes reações no campo médico e científico. Pesquisadores classificaram as declarações como absurdas e lamentáveis.

"Trata-se de uma campanha organizada para desinformar e prejudicar as pessoas. É proposital e muito grave", disse a imunologista Cristina Bonorino, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e membro do comitê científico da SBI (Sociedade Brasileira de Imunologia) em entrevista ao TecMundo.

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