Com a sempre crescente demanda por energia elétrica no mundo e o virtual colapso das fontes não renováveis, tem ocorrido um verdadeiro “surto” no desenvolvimento e produção de turbinas eólicas. Entre os múltiplos estudos de viabilidade de implantação, uma empresa chinesa revelou a maior turbina eólica já construída no mundo, capaz de abastecer 20 mil residências anualmente.
Chamada de MySE 16.0-242, a nova turbina construída pelo Mingyang Smart Energy Group, de Guangdong na China, tem um diâmetro de 242 metros e é capaz de produzir 16 megawatts/hora. Cada lâmina da turbina mede impressionantes 118 metros, e sua instalação cobre uma área de 46 mil metros quadrados.
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Confirmando um princípio de que turbinas eólicas maiores oferecem maior produção energética, quando feita uma comparação com a turbina que a precedeu (a 11 MW, mySE 11.0), o rotor da nova MySE16 teve um aumento de apenas 19% no diâmetro do seu rotor. No entanto, afirma o Mingyang, a produção de energia teve um crescimento de 45% nesse novo tamanho.
O custo da construção de turbinas eólicas
De acordo com levantamentos da Energy Information Administration (EIA), a agência norte-americana responsável por informações sobre produção de energia no país, o custo de produzi-la a partir de locais em terra é atualmente US$ 31 (R$ 163) por MWh (megawatt-hora). Embora o valor seja factível com fontes solares e geotérmicas, o custo dispara quando se trata de instalações off-shore (instaladas longe da costa), chegando a US$ 115 (R$ 604).
Para reduzir custos, o fabricante chinês tem investido na construção de versões cada vez maiores dos seus aerogeradores, atualmente em configurações de 5,5, 6,45, 7,25, 8,3 e 11 MW. A nova turbina tem a capacidade para gerar 80 mil megawatts-hora de eletricidade, o bastante para abastecer 20 mil residências. Isso poderá evitar a emissão de 1,6 milhão de toneladas de dióxido de carbono, durante sua vida útil de 25 anos, conforme o fabricante.
O Mingyang Smart Energy Group também fez algumas alterações na nacela, o compartimento que fica no alto da torre e protege todo o mecanismo do gerador. Além de redesenhá-la, tornando-a hermética e com resfriamento interno, a empresa transferiu para dentro dela toda a eletrônica de potência e o transformador. A ideia é facilitar a manutenção do equipamento.
A expectativa do lançamento do protótipo da nova turbina, no fundo do mar ou em base flutuante, está prevista somente para o ano que vem.
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