Cinzas do vulcão La Soufriere chegam à região norte do Brasil

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Imagem: BBC/Reprodução

As cinzas do vulcão La Soufriere, que entrou em erupção na última sexta-feira (9) na ilha de São Vicente e Granadinas, depois de décadas de inatividade, já se espalharam por vários países da América, entre os quais o Brasil, além de ter chegado também ao continente africano.

De acordo com a MetSul Meteorologia, os gases cinzentos oriundos do vulcão caribenho começaram a chegar à região norte do território brasileiro no domingo (11), alcançando primeiramente os estados do Amapá e Roraima. Em seguida, eles avançaram pelo Amazonas e o Pará.

Imagens de satélite obtidas pelo serviço meteorológico mostram o material liberado pelo La Soufriere avançando também rumo à Venezuela, ao Suriname e à Guiana. E com o auxílio das correntes de vento, elas foram ainda mais longe, se espalhando pelo oceano Atlântico em direção a outras partes do planeta.

Imagens de satélite mostram os fases se espalhando.Imagens de satélite mostram os fases se espalhando.Fonte:  MetSul Meteorologia/Reprodução 

O dióxido de enxofre (SO²) que emanou da explosão foi registrado pelo sensor Tropospheric Monitoring Instrument (TROPOMI), acoplado ao satélite Sentinel 5 Precursor da Agência Espacial Europeia (ESA). Conforme a MetSul, as cinzas estão a 16 km de altura e não trazem riscos para quem vive nas áreas pelas quais elas estão avançando.

Histórico de explosões

Localizado na ilha de São Vicente, no Caribe, o vulcão La Soufriere tem registro de erupções desde o início do século XVIII. A mais forte delas aconteceu em 1902, quando não havia um sistema de alerta na área e 1,6 mil pessoas acabaram morrendo. A última grande explosão ocorreu em 1979, sem vítimas, graças à evacuação da ilha.

Desde o final do ano passado, os cientistas notaram que ele havia acordado. E com o aumento da atividade sísmica registrada a partir do início de abril, as autoridades locais recomendaram a evacuação das regiões próximas ao vulcão com urgência.

As erupções continuam a acontecer na ilha e podem durar até algumas semanas, conforme os cientistas.

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