Missão de reparo estende a vida útil de satélite em órbita

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Nesta terça-feira (13), a Northrop Grumman, multinacional norte-americana que atua no ramo da indústria aeroespacial e defesa, concluiu com sucesso a missão MEV-2, garantindo mais cinco anos de vida útil ao Intelsat 10-02, satélite de comunicação geoestacionário há 18 anos em órbita e que, em breve, seria desativado por falta de combustível.

Chamada de "serviço em órbita, montagem e fabricação", esta é a nova área na qual a companhia será protagonista, com potencial de oferecer economia de milhões de dólares a operadores de aparelhos do tipo.

Equipamento desenvolvido pela Northrop Grumman.Equipamento desenvolvido pela Northrop Grumman.Fonte:  Reprodução 

"O sistema de acoplamento MEV-2 consiste em uma sonda que inserimos no motor de apogeu líquido, localizado na extremidade posterior de um satélite. Quase 80% dos exemplares em órbita têm esse recurso, permitindo-nos atender clientes variados", indica um representante da Northrop.

Além disso, complementa, a componente citado se torna uma espécie de cone de captura e auxilia sua nova ajudante a passar por sua "garganta"; a visitante, uma vez lá dentro, se expande para se encaixar no alvo e se prender a ele com três "pés", que se ajustam a um anel adaptador.

"Pense no 'hóspede' como se fosse um propulsor a jato", exemplifica o porta-voz.

Avanço sem precedentes

Esta não é a primeira ação da Northrop Grumman no setor, já que, em 2020, havia testado o método durante a MEV-1 com o Intelsat 901, alterando sua órbita.

De todo modo, nesse caso, ele já estava desativado e além de qualquer expectativa de religamento, portanto a tarefa completada hoje era bem mais desafiadora, pois não poderia alterar o funcionamento do IS 10-02 nem interromper suas operações, o que resultou em um avanço sem precedentes. A empreitada, entretanto, não para por aqui.

O objetivo é que a ação seja concluída sem a necessidade de acoplamento definitivo e capaz de consertar peças defeituosas, garantindo a funcionalidade a outros casos que surjam pelo caminho – algo que a própria multinacional deseja colocar em prática em 2024.

Por fim, startups como a Orbit Fab visam construir e padronizar as peças e portas necessárias para facilitar o processo e tornar isso realidade.

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