Covid-19 pode reduzir prazer sexual, afirmam pesquisadores

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Pesquisadores da Universidade de Chicago afirmam que a covid-19 pode afetar o prazer sexual dos pacientes. O estudo, que saiu nesta semana, analisou a vida sexual e olfativa de 2 mil idosos estadunidenses (com idade média de 72 anos). Segundo os resultados obtidos, quanto menor a capacidade de sentir aromas, menos “motivação sexual” e “satisfação emocional com o sexo” eles relatavam.

Embora o público analisado apresente uma faixa etária mais avançada, os pesquisadores destacam que os resultados não foram afetados por isso, mas sim pelo fato de que as relações sexuais são mais prazerosas quando envolvem todos os sentidos. "O olfato está intimamente ligado a partes do cérebro que desempenham um grande papel na sexualidade, especialmente nas áreas envolvidas na emoção e no prazer do prazer", explica o autor do estudo, Jayant M. Pinto.

Olfato e prazer em outras pesquisas

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Curiosamente, esse não é o primeiro estudo que relaciona o olfato à libido. Em 2018, a Escola Politécnica de Berlim fez uma pesquisa em que 30% dos entrevistados deixaram de sentir prazer após perderem sua capacidade olfativa. Nesse caso, a idade média era de 40 anos.

Mais tarde, em 2019, um estudo apoiado pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), indicou que “muitos participantes descreveram um efeito profundo em seus relacionamentos com outras pessoas como resultado do seu distúrbio olfativo. Isso vai desde não gostar de comer juntos até mais relacionamentos íntimos, principalmente sexo”. A análise incluiu pacientes de 31 a 80 anos de idade.

Covid-19: perda de olfato em jovens

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Desde o início da pandemia, o Brasil acumula mais 11 milhões de casos e 86% dos contaminados têm sua capacidade olfativa comprometida parcial ou totalmente. Sobre isso, o Dr. Jayant afirma: “Sabemos que a perda de cheiro em pessoas mais jovens também causa um grande fardo em suas vidas. Está associada à depressão, provavelmente devido aos principais efeitos que têm sobre como as pessoas com olfato prejudicado interagem com o mundo”.

Conforme seus estudos, reduções na entrada sensorial podem sim impactar a sexualidade, mesmo em pessoas mais jovens. “Ao estudarmos a perda de cheiro pós-covid, teremos que trabalhar duro para entender as consequências e trabalhar para mitigá-las e revertê-las”, complementa.

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