Cientistas revelam entrada de meteoroide na atmosfera de Júpiter

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Imagem: NASA/Reprodução

Cientistas da NASA indicaram a entrada de um meteoroide, fragmento de dimensões significantemente menores que as de um asteroide, na atmosfera de Júpiter. A descoberta foi detectada ao acaso pelo Ultraviolet Spectrograph (UVS), instrumento do Southwest Research Institute a bordo da sonda espacial Juno, durante observação de auroras na região. Após a análise dos dados obtidos, a equipe caracterizou o evento como uma explosão extremamente luminosa chamada bólido.

Essa ocorrência não é rara no gigante gasoso devido à grande força da gravidade no maior planeta do Sistema Solar. “No entanto, os bólidos têm vida tão curta que é relativamente incomum vê-los. Contamos com a sorte de apontar o telescópio para Júpiter no momento exato”, disse Rohini Giles, líder do estudo em comunicado na revista científica Geophysical Research Letters.

Desde 2016, quando Juno chegou na órbita do planeta, o UVS é usado para estudar a morfologia, o brilho e as características espectrais das auroras do local. Em 10 de abril, o equipamento registrou emissões ultravioleta de curta duração fora da zona em um período de apenas 17 milissegundos.

A faixa do Ultraviolet Spectrograph localizada na arora da região norte de Júpiter é mostrada em verde. A entrada do meteoroide é indicada pelo ponto brilhante, em amareloA faixa do Ultraviolet Spectrograph localizada na aurora da região norte de Júpiter é mostrada em verde. A entrada do meteoroide é indicada pelo ponto brilhante em amareloFonte:  Geophysical Research Letters/Reprodução 

A equipe inicialmente pensou que o flash se tratava de um Evento Luminoso Transiente (TLE), fenômeno atmosférico desencadeado por raios. Contudo, ele apresentou formas suaves de um corpo e características espectrais diferentes, o que levou os cientistas a o determinarem como um bólido. “A duração do flash e a forma espectral combinam bem com o que esperamos de um impacto. Esse em específico se destacou nos dados, pois tinha características espectrais muito diferentes das emissões de ultravioleta das auroras de Júpiter”, destacou a cientista.

“A partir disso, vimos que a emissão veio de uma rocha espacial com temperatura superior a 9 mil °C, localizada a uma altitude de 225 quilômetros acima das nuvens do planeta. Ao considerar a intensidade do brilho, estimamos que o meteoroide tenha massa entre 250 quilogramas e 1,5 mil quilogramas”, concluiu Giles.

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