Missão arqueológica descobre cemitério de 3 mil anos no Egito

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Imagem: CBS News/Reprodução

O Ministério de Antiguidades do Egito anunciou a descoberta de um cemitério de 3 mil anos na necrópole de Sacará, sítio arqueológico ao sul de Cairo. As escavações foram realizadas na proximidade da pirâmide do faraó Teti, revelando construções de templos e um agrupamento de 52 túmulos enterrados entre 10 e 12 metros de profundidade.

O local foi descoberto por pesquisadores da área, sugerindo a presença de uma complexa estrutura de câmaras mortuárias ainda não exploradas. Eles recuperaram diversos itens datados do Novo Império do Egito, período marcado por dinastias que governaram o país entre 1570 a 1069 a.C.

Identificação dos túmulos no localIdentificação dos túmulos no localFonte:  CBS News/Reprodução 

Apesar de os caixões serem menos ornamentados em relação a sarcófagos tradicionais, destinados à elite da época, há indícios de os seus ocupantes terem sido pessoas de status, como líderes militares, aristocratas e príncipes.

Dentre os artefatos observados, estão: cópias de versos do Livro dos Mortos; coleção de orações e instruções destinadas aos falecidos para guiá-los na vida após a morte; estatuetas de madeira e cerâmica; ferramentas de bronze e objetos de adoração aos deuses Anúbis, Ptah e Osíris; e tabuleiros antigos similares a jogos de estratégia, como xadrez e dama.

As primeiras tumbas em Sacará, datadas do período pré-dinástico, são mais antigas do que a própria consolidação do Egito, momento no qual o terreno ao longo do Nilo foi dividido entre vários reinos menores. As escavações começaram em 2010 e envolveram o desenterramento de parte do sítio, exame de restos mortais mumificados, além de recuperação de armazéns feitos de tijolos de barro ao lado do templo.

Pesquisadores examinarão os restos mortais mumificadosPesquisadores examinarão os restos mortais mumificadosFonte:  ArsTechnica/Reprodução 

Com novas operações iniciadas na semana passada, foram também encontradas inscrições em obeliscos e paredes, acompanhadas do nome de uma rainha chamada de Neit, esposa do faraó até então desconhecida por especialistas. “Eu nunca tinha ouvido falar dessa rainha antes. Portanto, adicionamos um importante pedaço da história egípcia sobre ela”, disse Zahi Hawass, arqueólogo e ex-ministro de Antiguidades do país, ao CBS News.

Dessa forma, a descoberta também indica que o casal fundou a última dinastia do Antigo Reino do Egito, época que marcou o início da divisão política do país, conhecida como Primeiro Período Intermediário. O pesquisador destacou que as recentes descobertas podem ajudar a “reescrever” a história do antigo Egito.

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