Ciência

Covid-19: Brasil é um dos países com menos doses da vacina

No ranking dos 12 países melhor preparados para imunizar a população, país ocupa o 9º lugar

02/12/2020, às 10:04

Covid-19: Brasil é um dos países com menos doses da vacina

Fonte:  Xinhua/Zhang Yuwei 

Imagem de Covid-19: Brasil é um dos países com menos doses da vacina contra no tecmundo

O Reino Unido se prepara para a imunização em massa contra a covid-19 com a vacina produzida pelo laboratório americano Pfizer. Se o mesmo estivesse para acontecer no Brasil, à parte os problemas de logística e as dimensões continentais do país, não haveria doses suficientes para boa parte da população – essa é uma das conclusões de um levantamento feito pela empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores Statista.

Entre os 12 países listados no ranking dos mais bem preparados, o Canadá ocupa o primeiro lugar, com 9,5 doses por pessoa (lembrando que a aplicação das vacinas é fracionada em duas doses), seguido do Reino Unido e da Austrália. O Brasil ocupa o nono lugar, à frente apenas da Indonésia, do México e da Suíça (que conta apenas com meia dose por habitante).

Os dados usados foram coletados pela Organização das Nações Unidas (ONU), pela Universidade Duke e pelo Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat).

Sem CoronaVac

O Ministério da Saúde (MS) divulgou que o Brasil já tem, garantidas, 142,9 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19 (100,4 milhões produzidas pela Fiocruz e o laboratório AstraZeneca, e 43,5 milhões da Covax Facility). Não foram contabilizadas as 60 milhões de doses da vacina CoronaVac, do laboratório Sinovac Biotech, que mantém acordo com o Instituto Butantan, em São Paulo. 

O Ministério da Saúde desconsiderou os lotes de vacina CoronaVac contratados pelo governo de São Paulo.O Ministério da Saúde desconsiderou os lotes de vacina CoronaVac contratados pelo governo de São Paulo.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, “o ideal seria contar com uma vacina que possa ser ministrada em dose única e transportada em temperaturas até 8°C” – isso descartaria as vacinas genéticas (as da Pfizer e da Moderna, as mais adiantadas, exigem temperaturas de - 70°C).

A vacinação deverá seguir o cronograma em quatro etapas. Os primeiros a serem imunizados serão trabalhadores da saúde, idosos a partir de 75 anos, pessoas a partir de 60 anos que vivem em instituições, e população indígena. 

A seguir serão vacinados idosos entre 60 e 74 anos; indivíduos com comorbidades que podem agravar a doença (como portadores de doenças renais crônicas ou cardiovasculares); por fim, professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população carcerária.