Estudo revela novos detalhes sobre o asteroide gigante Psiquê

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Imagem: Wikimedia Commons

O enorme asteroide Psiquê, que será visitado por uma missão da NASA prevista para decolar em 2022, teve novos detalhes revelados em um estudo publicado nessa segunda-feira (26), no The Planetary Science Journal, dando à agência espacial americana uma ideia do que esperar quando chegar até ele.

A pesquisa, liderada pela cientista planetária do Southwest Research Institute Tracy Becker, foi a primeira a observar o corpo celeste em imagens ultravioletas. Com isso, os pesquisadores tiveram uma visão mais clara do objeto, localizado no cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter.

Por meio dessa análise diferenciada da superfície dele, os cientistas notaram, por exemplo, que Psiquê tem se degradado gradualmente. “Pudemos identificar, pela primeira vez em qualquer asteroide, o que pensamos serem bandas de absorção ultravioleta de óxido de ferro”, comentou Becker. De acordo com ela, isso é resultado do vento solar atingindo o objeto.

Psiquê pode ser as sobras de um planeta que falhou em seu desenvolvimento.Psiquê pode ser as sobras de um planeta que falhou em seu desenvolvimento.Fonte:  Southwest Research Institute/Reprodução 

Ela também afirmou que a superfície parece ser composta principalmente de ferro. Além disso, o asteroide se revelou cada vez mais refletivo em comprimentos de onda ultravioleta mais profundos — tal característica pode ser o indicativo de uma longa exposição às intempéries no ambiente espacial, conforme a cientista.

Pistas sobre as origens dos planetas

Com cerca de 250 quilômetros de diâmetro, Psiquê tem a maior massa entre todos os asteroides metálicos do tipo M. Estudos anteriores já indicavam que ele é amplamente metálico, mas para Becker, trata-se do “único asteroide totalmente feito de ferro e níquel”.

Uma das possibilidades citadas por ela é que o objeto tenha sido um protoplaneta atingido por outro corpo celeste enquanto se formava. Com a colisão, ele perdeu seu manto e a crosta, sobrando a parte atualmente em trânsito pelo Sistema Solar.

Se essa hipótese se confirmar, a futura missão da NASA terá uma oportunidade única de ver o interior de um planeta e entender como ele se constitui.

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