Cometa NEOWISE sobrevive inteiro à passagem perto do Sol

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Imagem: Wikipedia Commons/SimgDe

Inteiro: foi assim que o telescópio espacial Hubble encontrou (e fotografou) o cometa NEOWISE depois de sua passagem perto do Sol no dia 3 de julho. Em vez dos esperados destroços, o Hubble capturou a cauda, bem como a concha de gás e poeira que envolve o núcleo sólido e pequeno do NEOWISE, ou seja, o cometa estava intacto.

Dois momentos do NEOWISE: visto da Terra, em 16 de julho, e pelo Hubble, em 8 de agosto.Dois momentos do NEOWISE: visto da Terra, em 16 de julho, e pelo Hubble, em 8 de agosto.Fonte:  NASA/ESA/STScI/Caltech/Q. Zhang/Zoltan G. Levay 

Pela primeira vez, o Hubble foi capaz de fotografar um cometa depois de sua passagem pelo Sol, captando assim o brilho de sua cauda e da nuvem ao redor do núcleo com uma resolução maior que qualquer um dos telescópios em terra.

“Essa resolução nos permitiu ver detalhes de estruturas muito perto do núcleo, como a poeira que o reveste, logo depois de ela ser removida pelo calor do Sol, revelando as propriedades originais do cometa”, disse o cientista planetário e pesquisador-chefe da Caltech Qicheng Zhang.

Coração pequeno e gelado

O coração do cometa tem menos que cinco quilômetros de diâmetro e, por isso, o Hubble somente capturou parte da vasta nuvem de gás e poeira que o envolve. Pela imagem do telescópio, foi possível determinar seu tamanho: algo em torno de 18 mil quilômetros de diâmetro.

A nuvem é composta de dois jatos resultantes da sublimação do gelo abaixo da superfície. Misturado à poeira, eles são expelidos em alta velocidade, partindo em direções opostas do núcleo que, por girar sobre si mesmo, transforma-os em amplos leques.

As imagens do Hubble também ajudaram a determinar a cor da poeira do cometa (indicativo de seus elementos) antes e depois de sua passagem pelo Sol, mostrando como o calor afeta sua composição e estrutura.

O NEOWISE (ou C/2020 F3) foi avistado pela primeira vez em março passado. Ele agora está viajando para além do sistema solar externo a 232 mil km/h, com o retorno previsto somente daqui 6,8 mil anos.

Fontes

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