Ciência

Tratamento com ozônio pelo reto será testado no Brasil

Pesquisa tem o objetivo de encontrar outra alternativa para combater a covid-19

Avatar do(a) autor(a): Ramalho Lima

10/08/2020, às 11:30

Tratamento com ozônio pelo reto será testado no Brasil

Fonte:  NIAID 

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O tratamento de ozônio via aplicação retal para combater a covid-19 será testado no Brasil e terá 150 voluntários. O tratamento foi divulgado pelo prefeito de Itajaí (SC) nas últimas semanas e gerou uma onda de memes nas redes sociais, assim como a reação do Conselho Federal de Medicina, que não recomenda o tratamento.

Ozonioterapia

O Conselho Federal de Medicina proíbe tratamentos com ozonioterapia no Brasil. O procedimento é realizado para a desinfecção de equipamentos hospitalares.

Contudo, seu uso é permitido em pesquisas clínicas. Por isso, o Instituto Alpha pretende obter recursos juntos à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para poder iniciar os estudos.

Tratamento com ozonioterapia será testado no Brasil, contra a covid-19.Tratamento contra a covid-19 com ozonioterapia será testado no Brasil.

O ozônio já é usado em casos de covid-19 e mostra sucesso quando utilizado para a cicatrização de feridas e também para conter dores crônicas, além de ter sido utilizado como bactericida antes do surgimento do antibiótico.

Em teoria, o componente pode aumentar a oxigenação nos tecidos, elevar a fluidez do sangue e potencializar o sistema imunológico, deixando o paciente mais resistente à doença, aumentando suas chances de recuperação.

Dois tipos de tratamento

A aplicação retal não é o único método de tratamento com ozônio idealizado pela pesquisa. Este consiste em uma aplicação do componente combinado a uma pequena quantidade de sangue retirado do próprio paciente, diretamente em seu reto.

A outra forma de tratamento que será testada também envolve a retirada de sangue do paciente, mas ele será combinado com oxigênio e ozônio, antes de ser reinjetado no organismo do paciente.

Tratamento não é definitivo

O estudo será conduzido pela médica Maria Emília Gadelha Serra, líder do Instituto Alpha e presidente da Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica (Sobom), a qual ressaltou que o tratamento não é definitivo e não é capaz de curar o paciente de covid-19 por si só.

Nesse caso, os voluntários vão continuar com seus tratamentos convencionais, enquanto a ozonioterapia será introduzida como um complemento clínico, já que, supostamente, pode deixar seus organismos mais fortes contra a doença.


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Por Ramalho Lima

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Fã de tecnologia desde criança. Ex-early adopter (tá bom, de vez em quando ainda acontece). Curto música, Android e Linux. Um bom aspirador robô pode mudar sua vida.


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