Veja como a covid-19 pode ter se espalhado em navios de cruzeiro

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Imagem: Kacu / AFP via Getty Images / Charly Triballeau / Reprodução - https://www.kacu.org/post/65-more-coronavirus-cases-diamond-princess-cruise-ship-stuck-japan

Desde que a pandemia do novo coronavírus começou, várias embarcações – civis e militares – se tornaram palco de contágio da covid-19 e foram impedidas de atracar. Assim, tiveram que permanecer no mar com passageiros e tripulantes em quarentena até que as autoridades liberassem o desembarque.

Centenas de infectadosCentenas de infectadosFonte:  Metro / Getty Images / Carl Court / Reprodução 

Alguns desse tipo de caso foram: o Diamond Princess (acima) que, das mais de 3,5 mil pessoas a bordo, cerca de 700 foram contaminadas pelo novo coronavírus , em fevereiro); o Grand Princess que, transportando um número de passageiros semelhante ao do primeiro navio, registrou mais de 100 infecções; e o porta-aviões da Marinha dos EUA, Theodore Roosevelt, que, com mais de 4 mil tripulantes, registrou um número não divulgado (mas grande) de infectados. Considerando isso, como exatamente ocorreram essas transmissões?

Experimento

Não é nenhuma novidade que o Sars-CoV-2, agente responsável por causar a covid-19, é bastante contagioso. Tanto que uma única pessoa contaminada pode, potencialmente, transmitir o vírus a outros 2 ou 3 indivíduos, em média – especialmente através da dispersão de gotículas de secreções e pelo contato.

Desse modo, a Nippon Hoso Kyokai (NHK), organização nacional de radiodifusão pública do Japão, resolveu fazer um simples experimento descobrir como as contaminações nos navios ocorreram. Bem, caso você ainda tenha alguma dúvida, o coronavírus provavelmente começou a se espalhar por meio dos bufês das embarcações.

O pessoal da NHK contou com a colaboração de especialistas. A experiência consistiu em aplicar tinta fluorescente nas mãos de um dos participantes – e mandá-lo ao self-service de mentirinha para simular o do navio. Esses locais costumam juntar bastante gente, portanto não foi à toa que os voluntários foram encaminhados para um restaurante desse tipo.

No total, mais 10 pessoas fizeram parte do experimento. Assim, bastaram 30 minutos para que todas apresentassem "sinais de contaminação" – no caso, traços da tinta fluorescente, que apareceram nas mãos e, em alguns, nos rostos. Além disso, toda classe de objeto e utensílio tocada pelos participantes se converteram em possíveis focos de transmissão. Assista à experiência conduzida pela NHK a seguir.

Os organizadores também realizaram um experimento em que eles aplicaram regras de proteção ao bufê – como deixar pratos e talheres separados, substituir os utensílios usados ao servir comida com frequência, higienizar jarras e outras peças com mais regularidade, bem como motivar os participantes a lavar as mãos e usar álcool em gel antes de se servir. E, como você já deve ter deduzido, a tinta não se espalhou entre os voluntários. Agora, considerando o contexto atual, como você acha que será a vida depois que essa pandemia passar?

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