Astrônomos capturam imagens incríveis de maternidade planetária

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Imagem: NASA / JPL-Caltech / Reprodução - https://www.nasa.gov/image-feature/jpl/pia20645/protoplanetary-disk/

Os planetas se formam a partir da poeira e gás cósmicos presentes nos discos protoplanetários que circundam as estrelas – material este que vai se chocando e agregando gradativamente até ter gravidade suficiente para que tudo se mantenha coeso e um novo mundo nasça. Pois, um grupo de astrônomos conseguiu capturar imagens desse processo a centenas de anos-luz distância da Terra, algo que jamais havia sido obtido com tanta riqueza de detalhes antes.

Maternidade planetária

Os cientistas sabem como a formação de planetas acontece e os discos protoplanetários – que, basicamente, funcionam como maternidades planetárias – já foram observados em inúmeras ocasiões. No entanto, esta é a primeira vez que o processo propriamente dito é observado e fotografado com tantos detalhes. Veja abaixo:

Nascimento de novos mundosNascimento de novos mundosFonte:  The Atlantic / Jacques Kluska, et al / Reprodução 

Pode não parecer grande coisa, mas as observações anteriores de discos protoplanetários resultaram em imagens com resoluções muito inferiores a essa que você acabou de ver e, portanto, revelavam muito menos informações aos cientistas. Para você ter ideia, apesar de a maioria de nós não enxergar nada de mais a partir das fotos, os astrônomos conseguem identificar padrões de formação planetária e caracterizar as propriedades dos discos.

No caso das observações que compartilhamos com você, os astrônomos empregaram uma técnica conhecida como interferometria por infravermelho – e usaram o Observatório Europeu do Sul (ESO), situado no Deserto do Atacama, no Chile, para capturar as imagens. O método é relativamente novo para este tipo de observação e, como você viu, não gera uma foto propriamente dita, mas permite a obtenção de uma imensa quantidade de dados.

Depois, por meio do uso de modelos matemáticos e do processamento das informações, os cientistas conseguiram eliminar a luz emitida pelas estrelas que se encontram no centro dos discos e identificar detalhes que outras técnicas de observação nem sempre permitem. Só a título de comparação, os astrônomos disseram que, através desta técnica, é como se eles conseguissem estudar um fio de cabelo que se encontra a 10 quilômetros de distância.

E você quer saber onde nas imagens é possível ver planetas “nascendo”? Reparou que existem pontos mais e menos brilhantes nas fotos? Segundo os astrônomos que conduziram as observações, eles indicam possíveis instabilidades no disco protoplanetário que podem resultar em vórtices que, por sua vez, podem gerar um maior acúmulo de gás e poeira cósmica, propiciando a aglomeração e acreção de materiais que, eventualmente, resultarão no surgimento de um novo planeta.

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