Impressoras 3D e IA: o futuro da construção de foguetes em Marte

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A Relativity Space não é a única empresa de foguetes que usa impressoras 3D para imprimir partes dos equipamentos e dispositivos que usam. Mas o objetivo dessa startup é unir a impressão em 3D com inteligência artificial e tornar a fabricação de foguetes uma linha de produção que pode ser montada em qualquer lugar – inclusive em Marte.

Na sede da Relativity, quatro das maiores impressoras em 3D em metal do mundo produzem peças dia e noite, incluindo 95% do primeiro foguete da empresa, o Terran-1 (os 5% restantes são eletrônicos, cabos e juntas de borracha, que não podem ser impressos).

Tanto o Terran quanto seu motor, o Aeon, tem muito menos peças que seus similares de outras empresas. (Fonte: Relativity Space/Divulgação)

Para fazer um foguete, não basta usar os desenhos de um já existente. É preciso repensar todo o projeto: quanto mais simples, melhor. Assim, o Terran-1 terá um centésimo das peças de um foguete similar (seu motor, o Aeon, é feito de cem partes, enquanto os outros têm milhares a mais). A previsão é que o Terran-1 voe em 2021.

Cofundador e CEO da Relativity, Tim Ellis vê a empresa mais longe do que a órbita baixa da Terra, entregando satélites de médio porte. “Queremos construir foguetes em Marte, usando robôs, muitos robôs”, diz ele.

Inteligência artificial comandará linhas de produção

Nada disso, porém, funciona sem a inteligência artificial que diz à impressora o que fazer. "Diminuímos significativamente nossa margem de erro ao treinarmos a impressora", explica Ellis. Cada nova peça traz melhorias por conta do algoritmo de aprendizado da máquina, o que faz com que ela mesma corrija seus erros; o resultado será, no futuro, a produção de peças sem falhas.

Isso, para Ellis, é essencial para a fabricação automatizada de foguetes, satélites, dispositivos vários e peças em outros mundos. “Para imprimir coisas em Marte, é preciso um sistema adaptável a condições muito incertas, e por isso estamos construindo uma estrutura de algoritmos que poderá ser transferida para linhas de produção em outros planetas", acredita o CEO da Relativity Space.

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