Cientistas desenvolvem pele artificial de cobra que dá vida a robô

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Estamos na era da robótica, e diversos cientistas, estudantes e entusiastas em todo mundo têm se esforçado para construir máquinas engenhosas e úteis para a humanidade. Uma das últimas criações é um robô desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Harvard, que se movimenta usando um tipo de pele com escamas.

O robô em si não tem nada de especial: é apenas um tubo de borracha de silicone. Mas seu grande trunfo é a pele que o reveste, composta por uma folha de plástico fina e esticável cortada através de um laser. Os cortes em forma de triângulos ou círculos se assemelham muito às escamas da pele de cobras.

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Quando o ar é bombeado para dentro do tubo, o robô se expande e se contrai, permitindo que as escamas se expandam e se ancorem na superfície, puxando o robô para a frente. De acordo com um estudo publicado pela revista Science, esse tipo de robô poderá trabalhar em cima de materiais irregulares ou planos.

Arte japonesa

Ainda de acordo com a publicação, esses robôs poderão ser reduzidos e usados futuramente dentro do corpo humano, como no envio de medicamentos para dentro de artérias. Outro possível uso seria em situações de desastre, como na entrega de materiais em espaços estreitos.

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Para imitar a pele de cobra, Ahmad Rafsanjani, pesquisador da Universidade de Harvard e um dos cientistas envolvidos no projeto, recorreu à arte japonesa de corte de papel, chamada kirigami. Após o corte com laser, as peles foram então enroladas em tubos de borracha de silicone alimentados por ar.

Segundo Rafsanjani, a pele escamosa é fácil de fazer e evita a a dor de cabeça de criar um sistema que permita o movimento. Mas apesar de a mecânica parecer simples, foi preciso 1 ano e meio para aperfeiçoar o movimento rastejante, período em que foram produzidos centenas de protótipos, antes de tudo funcionar do jeito que os cientistas queriam.

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