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Estudo mostra que baterias de smartphones ainda têm muito a melhorar

Análise conduzida pelo site Phone Arena mostra que a indústria evoluiu, mas não tanto quanto os consumidores poderiam querer

Avatar do(a) autor(a): Felipe Gugelmin Valente

20/06/2016, às 08:00

É difícil não ficar um tanto surpreso ao avaliar a evolução do mercado de smartphones. Em questão de poucos anos, as empresas do setor conseguiram desenvolver produtos com telas melhores que as de muitas TVs e hardwares que, se ainda não competem com desktops, conseguem realizar tarefas rapidamente e oferecer jogos com gráficos impressionantes.

No entanto, em uma área as fabricantes do setor ainda deixam muito a dever: a duração da bateria. Se os antigos “dumbphones” só deviam ser conectados à tomada uma ou duas vezes por semana, muitos produtos modernos sequer aguentar 24 horas em precisar de uma recarga. Muitas companhias estão cientes do problema e correm atrás de maneiras de solucioná-lo, mas ainda parecemos estar longe de obter uma resposta definitiva para isso.

Um estudo realizado pelo site Phone Arena comprova a situação e mostra que muitas marcas chegaram até mesmo a piorar nesse sentido. Conduzida a partir dos benchmarks realizados pelo veículo, a análise mostra como evolução de hardware e de resolução de tela contribuíram para manter as baterias como uma área problemática.

Sony e Samsung são as melhores marcas

Os testes realizados mostram que a Samsung e a Sony são as empresas que mais realizaram aprimoramentos no quesito bateria nos últimos anos. A fabricante sul-coreana tem vantagem nesse sentido por manter uma trajetória de crescimento constante, algo que não pode ser dito da outra fabricante.

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O ápice da Sony aconteceu no Xperia Z3, que até hoje se mantém como um dos modelos com bateria mais duradoura. No entanto, a empresa decaiu nesse sentido com o Xperia Z3+ e com o Xperia Z5, só tendo se recuperado recentemente com o lançamento do Xperia X.

Em compensação, a LG mostra resultados preocupantes, visto que o desempenho energético de seus aparelhos vem caindo nos últimos anos. Entre as explicações para isso pode estar o uso da tecnologia de telas QHD e a aposta em um formato modular para o LG G5, o que pode ter influenciado na otimização do hardware.

Duração maior e recarga mais rápida

Apesar de as baterias ainda terem muito a melhorar, o estudo mostra que a indústria como geral tem evoluído nesse sentido. A exceção ocorreu durante o primeiro trimestre de 2015, onde houve uma queda no tempo médio de uso oferecido pelos aparelhos — algo que voltou a se repetir no início de 2016.

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Em compensação, o tempo necessário para recarregar um smartphone só registrou quedas a partir de 2014. Atualmente, é preciso dedicar uma média de 100 minutos para preencher a carga de um dispositivo eletrônico, tempo que se torna ainda menor em produtos com tecnologias como a Quick Charge.

Nesse sentido, a LG ganha destaque positivo ao se provar a marca que oferece os aparelhos com recarga mais rápida. Em compensação, a Apple parece não fazer muito para diminuir suas marcas, sendo que o tempo que seus aparelhos devem passar conectados a uma tomada continua a aumentar discretamente desde 2014.

Ainda há muito a melhorar

A vida útil de baterias continua um problema difícil de resolver

“Sofware, o tamanho da bateria, o processador e o tipo de tela estão conectados à vida da bateria — em graus variáveis”, conclui o estudo realizado pelo Phone Arena. Como exemplo, o site cita como o iOS 9 melhorou o tempo de uso dos produtos Apple, enquanto a transição para o Snapdragon 810 prejudicou os produtos da Sony.

Apesar de haver evoluções, a indústria como um todo precisa correr para retomar as marcas registradas no início de 2014. “A vida útil de baterias, em outras palavras, continua um problema difícil de resolver e devemos exigir mais das fabricantes no futuro. Talvez elas devam investir menos tempo em gimmicks star mais atenção a elementos centrais da experiência de uso” finaliza o artigo.



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Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.