Estudo mostra que baterias de smartphones ainda têm muito a melhorar

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É difícil não ficar um tanto surpreso ao avaliar a evolução do mercado de smartphones. Em questão de poucos anos, as empresas do setor conseguiram desenvolver produtos com telas melhores que as de muitas TVs e hardwares que, se ainda não competem com desktops, conseguem realizar tarefas rapidamente e oferecer jogos com gráficos impressionantes.

No entanto, em uma área as fabricantes do setor ainda deixam muito a dever: a duração da bateria. Se os antigos “dumbphones” só deviam ser conectados à tomada uma ou duas vezes por semana, muitos produtos modernos sequer aguentar 24 horas em precisar de uma recarga. Muitas companhias estão cientes do problema e correm atrás de maneiras de solucioná-lo, mas ainda parecemos estar longe de obter uma resposta definitiva para isso.

Um estudo realizado pelo site Phone Arena comprova a situação e mostra que muitas marcas chegaram até mesmo a piorar nesse sentido. Conduzida a partir dos benchmarks realizados pelo veículo, a análise mostra como evolução de hardware e de resolução de tela contribuíram para manter as baterias como uma área problemática.

Sony e Samsung são as melhores marcas

Os testes realizados mostram que a Samsung e a Sony são as empresas que mais realizaram aprimoramentos no quesito bateria nos últimos anos. A fabricante sul-coreana tem vantagem nesse sentido por manter uma trajetória de crescimento constante, algo que não pode ser dito da outra fabricante.

Desempenho de bateria por fabricante

Desempenho médio do mercado

O ápice da Sony aconteceu no Xperia Z3, que até hoje se mantém como um dos modelos com bateria mais duradoura. No entanto, a empresa decaiu nesse sentido com o Xperia Z3+ e com o Xperia Z5, só tendo se recuperado recentemente com o lançamento do Xperia X.

Em compensação, a LG mostra resultados preocupantes, visto que o desempenho energético de seus aparelhos vem caindo nos últimos anos. Entre as explicações para isso pode estar o uso da tecnologia de telas QHD e a aposta em um formato modular para o LG G5, o que pode ter influenciado na otimização do hardware.

Duração maior e recarga mais rápida

Apesar de as baterias ainda terem muito a melhorar, o estudo mostra que a indústria como geral tem evoluído nesse sentido. A exceção ocorreu durante o primeiro trimestre de 2015, onde houve uma queda no tempo médio de uso oferecido pelos aparelhos — algo que voltou a se repetir no início de 2016.

Tempo de recarga médio

Tempo de recarga por fabricante

Em compensação, o tempo necessário para recarregar um smartphone só registrou quedas a partir de 2014. Atualmente, é preciso dedicar uma média de 100 minutos para preencher a carga de um dispositivo eletrônico, tempo que se torna ainda menor em produtos com tecnologias como a Quick Charge.

Nesse sentido, a LG ganha destaque positivo ao se provar a marca que oferece os aparelhos com recarga mais rápida. Em compensação, a Apple parece não fazer muito para diminuir suas marcas, sendo que o tempo que seus aparelhos devem passar conectados a uma tomada continua a aumentar discretamente desde 2014.

Ainda há muito a melhorar

A vida útil de baterias continua um problema difícil de resolver

“Sofware, o tamanho da bateria, o processador e o tipo de tela estão conectados à vida da bateria — em graus variáveis”, conclui o estudo realizado pelo Phone Arena. Como exemplo, o site cita como o iOS 9 melhorou o tempo de uso dos produtos Apple, enquanto a transição para o Snapdragon 810 prejudicou os produtos da Sony.

Apesar de haver evoluções, a indústria como um todo precisa correr para retomar as marcas registradas no início de 2014. “A vida útil de baterias, em outras palavras, continua um problema difícil de resolver e devemos exigir mais das fabricantes no futuro. Talvez elas devam investir menos tempo em gimmicks star mais atenção a elementos centrais da experiência de uso” finaliza o artigo.

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