A Amazon quer lançar o “Uber dos caminhões” antes do próprio Uber

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Se o dinheiro movimenta o mundo, uma fatia considerável dessa grana está no mercado de transporte com caminhões: o segmento movimenta cerca de US$ 800 milhões, ou mais de R$ 2,5 trilhões apenas nos Estados Unidos, já que é a principal modalidade escolhida para transporte de mercadorias.

Talvez seja por isso, então, que a Amazon esteja planejando entrar na área com um aplicativo que vai conectar motoristas a quem precisa fazer um frete – uma espécie de “Uber dos caminhões”. A informação foi dada por um funcionário da companhia que está trabalhando diretamente no projeto, que deve ser oficializado na metade de 2017.

Dentro do aplicativo será possível consultar preços em tempo real e acompanhar o processo do transporte, caso você vá contratar o serviço. Se você for o motorista, poderá conferir a rota sugerida com marcações como paradas e até mesmo pequenos fretes que podem ser feitos pelo caminho.

A ideia por trás é bem simples: caminhoneiros se cadastram e disponibilizam seu serviço para aqueles que precisam movimentar algo, sem a necessidade de atravessadores no processo. Nos Estados Unidos, por exemplo, esses terceiros chegam a cobrar até 15% pelo serviço que o aplicativo da Amazon se propõe a fazer.

Eliminar os atravessadores, que recolhem a taxa para tratar a papelada e ligar as duas pontas do processo, pode tornar o transporte mais eficiente e barato – não só para os clientes, mas também para a própria empresa que se beneficia com isso também, já que ela foi uma das principais afetadas com a alta no preço do frete de produtos nos últimos anos.

Mercado valioso e regulado

O mercado de transporte por caminhões responde por 84% de todos os fretes feitos nos Estados Unidos e a estimativa de valor, como citado, é de US$ 800 bilhões. O número vem de uma das várias startups do ramo de movimentação de cargas, a Convoy.

A vantagem da Amazon, por aqui, é que ela não tem que se preocupar com as duas pontas do processo, já que ela mesma conta com uma rede logística gigantesca, então é uma questão de encontrar os motoristas.

Um dos pontos a serem considerados, por exemplo, é a questão regulatória que permeia o mercado de transporte com caminhões: os profissionais do ramo tem que ter alguns cuidados em relação à distância percorrida sem descansar e também ao fato de que os motoristas não podem usar sistemas que exigem que mais de um botão seja pressionado para efetuar uma ligação.

A Amazon é grande, mas não está sozinha

É claro que a participação de uma gigante como a Amazon nesse mercado é algo que merece destaque, mas a gigante do varejo não está sozinha: a Uber, por meio da startup Otto, não planeja apenas criar uma rede similar, mas que também seja autônoma, através da produção de kits de conversão que poderão ser aplicados em caminhões comuns.

Recentemente, inclusive, a Otto fez sua primeira entrega utilizando a função autônoma em um dos veículos.

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