Como funciona o Gmail por dentro? [infográfico]

4 min de leitura
Imagem de: Como funciona o Gmail por dentro? [infográfico]

De acordo com levantamentos estatísticos do Radicati Group, empresa especializa em pesquisas de mercado relacionadas à tecnologia, no ano de 2013 foram enviados aproximadamente 182,9 bilhões de emails mundo afora.

Você com certeza tem participação nesses números enviando ou recendo muitas dessas mensagens. Um dos serviços mais populares para esse tipo de tarefa é o Gmail, um dos produtos mais bem-sucedidos da Google que completou 10 anos no dia 1º de abril de 2014 — e você pode conferir as transformações dele ao longo do tempo clicando aqui.

Uma das características que pode ter colaborado para esse sucesso do Gmail é a velocidade com que a troca de mensagens acontece. Mas você já parou para pensar o caminho percorrido por um email? A gente resolveu ir atrás dessa informação e encontramos uma animação criada pela própria Gigante das Buscas, a qual pode ser conferida na íntegra na página do projeto Google Green.

Esse conteúdo está em inglês e, para facilitar a vida de quem não domina esse idioma, nós montamos o infográfico acima com base no esquema original da multinacional. Você pode se surpreender com o longo trajeto efetuado por um simples email.

Onde tudo acontece

Agora que você já sabe o percurso realizado por um email enviado pelo Gmail, nós trazemos mais algumas curiosidades sobre o que viabiliza e fica em torno desse processo longo, mas extremamente veloz. Vamos começar falando dos data centers, onde boa parte de todo esse caminho acontece.

Os centros de processamento de dados da Google estão espalhados pelo mundo e cada um deles possui milhares de servidores — e a cada ano milhares de novas máquinas são instaladas. Esses computadores parrudos possuem uma configuração específica e rodam uma versão personalizada e restrita do Linux.

Como você deve imaginar, a companhia tem grandes responsabilidades ao manter e manipular o imenso volume de informações geradas por seus produtos. Portanto, investimentos em segurança são fundamentais para seus data centers. Todos os veículos e pessoas que entram nas instalações precisam realizar um registro, passando por diversas barreiras em um longo percurso até os prédios nos quais os computadores ficam armazenados.

Além disso, existem câmeras de segurança que cobrem todo o perímetro. Tanto o seu território quanto as imagens capturadas são monitorados 24 horas por dia e nos sete dias da semana. Na entrada dos edifícios, além de usar seus tradicionais crachás de acesso, os funcionários precisam passar por verificações biométricas, que podem ser o escaneamento da íris ou de impressões digitais.

Os servidores passam por manutenções cíclicas, mesmo que não apresentem problemas. Quando um disco de armazenamento tem sua vida útil esgotada, ele é completamente destruído para que em hipótese alguma dados que já foram armazenados ali possam ser recuperados. Todo o material resultante da destruição desses componentes é reciclado.

Sustentabilidade

A Google também parece se preocupar bastante com a sustentabilidade de suas plantas, sendo uma das primeiras grandes companhias de serviço de internet a conquistar as principais certificações internacionais de operação com baixo impacto ao meio ambiente, incluindo a ISO 14001 e a OHSAS 18001.

Para alcançar tais documentos, a empresa implementou diversas tecnologias e técnicas. Um bom exemplo nesse sentido vem do controle moderado do uso de água potável e a existência de sistemas de reaproveitamento de água para tarefas mais simples. Mais do que isso, cerca de 30% da água que é jogada fora é interceptada e passa por um processo de limpeza antes de voltar para a natureza.

Quanto ao consumo de energia elétrica, os esforços são os mesmos. Por meio de termostatos avançados, a temperatura nos data centers da Google são mantidas em torno de 26 °C, evitando a utilização demasiada do ar-condicionado — um dos grandes vilões do consumo de energia.

E isso não é tudo: sempre que possível, a Google adquire e consome fontes de energia “limpas”, como painéis solares e usinas eólicas próximas de suas instalações. Assim, a empresa pretende gerar dinheiro para que novos projetos forneçam energia “verde” para a comunidade e colaborar no combate ao desperdício de energia e, consequentemente, às mudanças climáticas. Atualmente, aproximadamente 34% da energia consumida nos data centers da Gigante das Buscas vem de fontes renováveis.

Essa combinação de recursos faz com que os centros de processamento de dados da multinacional estejam entre os mais eficientes do planeta, chegando a consumir 50% menos de energia do que um data center comum e a atingir uma taxa de eficiência de 93%.

Você sabia?

  • 100 pesquisas realizadas no Google consomem a mesma quantidade de energia que um notebook de 30 W ligado por uma hora ou uma lâmpada de 60 W acesa por 28 minutos.
  • 1 minuto de vídeo no YouTube consome energia equivalente ao que o nosso corpo usa para se manter vivo por 8 segundos.
  • 3 dias de streaming do YouTube gasta a mesma energia necessária para a fabricação, embalagem e entrega de um DVD.
  • 1 ano de funcionamento do Gmail corresponde à energia despendida por uma pessoa para beber uma garrafa de vinho (750 ml), escrever e guardar uma mensagem dentro dela e jogá-la no mar.

Leitura complementar

Quer ficar craque no Gmail? Então não deixe de conferir os artigos listados abaixo. Fique à vontade também para navegar pelo Tecmundo e ler outros tutoriais e notícias sobre o serviço de email da Google.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.