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Internet

ONG denuncia YouTube por manter vídeos que incentivam práticas ilegais

De acordo com a Digital Citizens Alliance, a Google não está muito interessada em moderar clipes que envolvem falsificação de documentos, roubo de dados digitais e até mesmo prostituição infantil

schedule19/06/2014, às 06:06

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Imagem de ONG denuncia YouTube por manter vídeos que incentivam práticas ilegais no site TecMundo

Um relatório de 13 páginas publicado ontem (18) pela Digital Citizens Alliance está causando certo rebuliço na internet. Apontando exemplos e apresentando provas, o documento critica a Google por manter no YouTube alguns vídeos que incentivam práticas ilegais variadas, como falsificação de cartões de crédito, roubo de dados digitais, venda de passaportes falsos e até mesmo prostituição de menores.

De acordo com a ONG – que defende uma internet mais ética e segura –, não é difícil gastar muito tempo em pesquisas para encontrar esse tipo de conteúdo dentro do serviço. O relatório exemplifica, por exemplo, que ao realizar uma busca por “Buy drugs without a prescription” (“Comprar remédios sem prescrição”, em uma tradução livre), o YouTube retorna pelo menos 17 mil resultados diferentes.

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Na ocasião, um dos clipes encontrados ensina o internauta a adquirir facilmente alguns comprimidos de Oxycontin, um poderoso analgésico de uso controlado. Entre outros exemplos de irregularidades citados pela companhia, podemos apontar os vídeos que informam sobre a compra de esteroides e hormônios de crescimento muscular, além de clipes que ensinam a adquirir cartões clonados e hackear caixas eletrônicos.

O mais curioso acerca da existência de tais vídeos, contudo, é o fato de que a Google faz dinheiro com eles – o documento publicado pela Digital Citizens Alliance mostra que os clipes ilegais sempre possuem banners publicitários e links patrocinados em suas páginas. Vale observar que essa não é a primeira vez que o YouTube é denunciado pela ONG por não moderar esse tipo de conteúdo: ele já havia sido notificado em junho de 2013, tendo se comprometido a apagar os vídeos comprometedores.