Site holandês é atacado após prisão por polêmica do WikiLeaks

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Reuters. Por William Maclean - Ciberativistas interromperam na sexta-feira (10) o funcionamento de um site do Ministério Público holandês depois da detenção de um garoto de 16 anos, suspeito de envolvimento na atual série de ataques digitais contra organizações vistas como inimigas do WikiLeaks.

Os ativistas também tentaram derrubar o Moneybookers, site de pagamentos eletrônicos, mas negaram que sua intenção seja conturbar as atividades comerciais nesta época natalina.

Várias empresas - de cartões de crédito ou hospedagem de sites - pararam de prestar serviços ao WikiLeaks depois que esse site começou a divulgar centenas de milhares de documentos sigilosos do governo norte-americano.

O WikiLeaks continuou promovendo esses vazamentos na sexta-feira, quando revelou a opinião do embaixador dos EUA no Cairo de que o presidente Hosni Mubarak vencerá as eleições de 2011 e governará o Egito até morrer.

As autoridades dos EUA negam que tenham pressionado as empresas a interromperem seus serviços para o WikiLeaks. Mas o secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, disse a jornalistas que as autoridades estão atentas aos ataques digitais e que especialistas são capazes de "rastrear" sua origem.

Segundo a promotoria holandesa, o ataque digital de sexta-feira deixou lento o acesso ao site durante várias horas, chegando inclusive a interrompê-lo, e que isso provavelmente teve relação com a prisão do adolescente.

O garoto foi preso na quinta-feira em Haia, e um juiz de Roterdã decidiu que ele passará 13 dias detido enquanto a investigação prossegue. Um porta-voz da promotoria disse que a pena máxima para esse tipo de ataque digital na Holanda é de seis anos.

O suspeito, cuja identidade não foi revelada, contou aos investigadores que participou de ataques contra sites das bandeiras de cartões de crédito MasterCard e Visa.

O ataque à Moneybookers derrubou o site por cerca de dois minutos. Ativistas disseram ter escolhido essa empresa porque ela notificou em agosto que encerraria a conta do WikiLeaks. Os hackers prometeram manter os ataques, e citaram a MasterCard e a Interpol (polícia internacional) como alvos.

Em algumas salas de bate-papo, ativistas envolvidos na chamada "Operação Retribuição" se mostraram desafiadores, mas outros criticaram a indisciplina.

"A coisa toda está saindo do controle, as pessoas estão atacando sites de polícias locais e nos dando má reputação. Isso deveria ser para ajudar o WikiLeaks, e não um pretexto para que garotos derrubem sites aleatoriamente", escreveu um usuário.

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