Debate: você acha que programação deve fazer parte do ensino básico?

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Palestrantes debatem durante o segundo dia da Web.br 2013 (Fonte da imagem: Reprodução/NIC.br)

Ocorre hoje (19) o segundo dia de palestras da conferência Web.br 2013, evento organizado pelo consórcio W3C em parceria com o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A abertura ficou a cargo de Kris Borchers, diretor executivo da jQuery Foundation, que gerencia a famosa biblioteca Javascript amplamente utilizada por desenvolvedores web. Após contar um pouco sobre a história da fundação e sua missão no processo evolutivo da rede, Borchers se juntou a três outros palestrantes para discutir com o público sobre como “empurrar a web” para o futuro.

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Nathália Sautchuk (assessora técnica da secretaria executiva do CGI.br), Yaso Córdova (developer relations da W3C Brasil) e Sérgio Lopes (instrutor da escola Caelum) participaram do debate. Um dos temas mais polêmicos que acabou sendo abordado é se a programação deve ou não fazer parte da grade curricular do ensino básico brasileiro. O assunto não é novo e muitos especialistas ao redor do mundo já filosofaram sobre quais impactos (a nível técnico e social) a aprendizagem prematura da área de desenvolvimento web causaria em nossas vidas.

Kris Borders, diretor executivo da jQuery Foundation (Fonte da imagem: Reprodução/NIC.br)

Os prós e os contras

Os que são a favor da ideia argumentam que, além de ser uma excelente forma de estimular o raciocínio lógico, a programação também é uma maneira de incentivar o empreendedorismo na área de conteúdos digitais e aproximar mais o público daquilo que é consumido diariamente por todos nós: a tecnologia. Afinal, ninguém discorda que um dos maiores problemas no âmbito de privacidade na rede é a falta de conhecimento do próprio usuário quantos aos seus direitos e deveres enquanto utiliza certo software ou navega em qualquer site.

“Meu pai era engenheiro e ele costumava consertar TVs de tubo. Ele sempre me alertava para ficar longe do equipamento, pois dava choques e eu não sabia mexer. O ponto é que a web é diferente de uma TV de tubo; ela é muito simples, é como um LEGO, basta ir montando e não tem perigos”, exemplifica Natália.

Keynote e debate inauguraram segundo dia do evento (Fonte da imagem: Reprodução/NIC.br)

Por outro lado, aqueles que são contra também possuem conceitos interessantes e válidos. De fato, se você perguntar para um músico ou um eletricista, eles com certeza dirão que o ensino básico precisa contar com disciplinas relacionadas a teoria musical ou manutenção de sistemas elétricos. “Para nós, que estamos envolvido na área, programar é algo fácil e divertido. Para o engenheiro, consertar uma TV de tubo é algo mais fácil ainda. Eu não tenho nenhum interesse em consertar um televisor e não me interessaria em aprender essa matéria”, destaca Sérgio.

Há pedagogos que partilham dessa mesma visão, afirmando que o desenvolvimento para web vai muito além de simplesmente aprender a programar. É algo que envolve analisar tendências, antecipar oportunidades e sentir-se capacitado a criar conteúdos digitais de qualidade que serão realmente úteis para todos os usuários.

Chegou a hora de você participar do debate (Fonte da imagem: Reprodução/NIC.br)

E você?

Uma das principais características da web é sua capacidade de conectar as pessoas e permitir que os debates alcancem uma maior abrangência, incentivando seus usuários a usar suas vozes e defendendo suas opiniões. Sendo assim, o Tecmundo lhe convida para se juntar à essa discussão mesmo estando longe da Web.br 2013: você é a favor ou contra o ensino obrigatório de programação na educação básica? Responda a enquete abaixo e não deixe de expor seus argumentos no campo de comentários!

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