Imagem de Stronghold Warlords
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Stronghold Warlords

Nota do Voxel
72

Stronghold Warlords transforma franquia em um castelo de areia

A mistura dos gêneros de construção e RTS ganhou força nos anos 2000, impulsionada pelo sucesso de alguns clássicos, como Age of Empires. Stronghold, da Firefly Studios, também recebeu a devida notoriedade ao oferecer o combate de clãs junto do desenvolvimento de castelos. Era certeza que daria certo; afinal, quem nunca foi à praia fazer uma verdadeira fortaleza de areia?

Com a chegada de Stronghold Warlords, agora a franquia conta com 8 títulos e encerra um hiato de 7 anos sem jogos. O novo título bebe muito da fonte do que foi encontrado em Stronghold Crusader II. Warlords tem algumas inovações, mas não o suficiente para quem ficou tanto tempo no aguardo.

Curto e grosso

Campanha é o modo principal de Stronghold Warlords, com cinco histórias, sendo quatro delas focadas no crescimento militar e outra no desenvolvimento econômico. Três aventuras têm como pano de fundo o território chinês, uma no vietnamita e outra no japonês. Por ser o modo mais importante do jogo, imaginávamos que seria uma campanha mais duradoura. Em menos de 12 horas é possível terminar todas as missões e sem muita dificuldade, mesmo no nível mais difícil.

No início, apenas a campanha “Jungle Kingdoms” está desbloqueada. Nela, o jogador comanda o lendário Thuc Phán, que liderou em 200 a.C. a região conhecida hoje como Vietnã. Ao passar pelas histórias, desbloqueia-se todo o conteúdo disponível.

Stronghold: Warlords has been delayed until March because multiplayer is  'simply not ready' | PC Gamer

Se o modo single player não bastasse, Stronghold Warlords tem um poder de customização fantástico, como já é de conhecimento de quem acompanha a franquia. Existem várias formas de melhorar o jogo, o que torna o fator de replay altíssimo. No Skirmish, a missão é montar um mapa optando entre os quatro clãs disponíveis, escolhendo o número de adversários, de oponentes e de warlords, além de personalizar o tanto de ouro, pesquisas, comida e tropas iniciais.

A grande cereja do bolo fica para o Free Build Mode e o User Maps. No primeiro, leva-se o tempo que quiser para construir o castelo perfeito, enquanto no segundo é possível criar e editar mapas, além de disponibilizá-los para os outros usuários.

Desenvolvimento militar parrudo

As árvores de gerenciamento do jogo são fáceis de serem compreendidas, mantendo o que já encontramos em games anteriores da série. A cadeia de desenvolvimento segue a ordem conhecida no gênero, passando pela aquisição de recursos e pelo modo de produção.

Como o foco é o combate, praticamente tudo funciona de forma fácil, sem gerar dor de cabeça ao jogador, por isso esta análise passará bastante por esse quesito. Existem duas formas de levar os combatentes ao campo de guerra. As barracas produzem cavaleiros, soldados com espada, maça, machado e arco e flecha. Há, ainda, a categoria de lanceiros, cavaleiros com lanças e arcos cruzados.

Stronghold: Warlords Preview - Adding a Layer to the Strategy

Não pense que acabou, pois outra construção é a Academia Militar, que coloca no combate monges guerreiros, ninjas, lançadores de fogo, samurais e generais. Essas tropas custam mais dinheiro, consequentemente entende-se que eles têm mais força que as demais, além de habilidades especiais.

Para completar, há o Siege Camp, que produz catapultas, lançadores de foguete e a balista, uma máquina que dispara dardos gigantes.

Importância da diplomacia

Apesar de ser um jogo de construção de castelos e de gerenciamento abundante em praticamente todas as áreas, um dos ingredientes mais importantes para o sucesso no jogo é a diplomacia com os warlords. Não poderia ser diferente, já que o nome está até mesmo no título.

É possível controlá-los de duas formas: utilizando os combates ou emitindo decretos. Para realizar ações com os comandantes, é necessário adquirir Pontos de Diplomacia, que são gerados diariamente ao longo da aventura. De qualquer forma, pode-se aumentar a produção diária construindo uma embaixada ou um consulado.

Stronghold Warlords - DEMO Gameplay - YouTube

Ao utilizar o warlord, a aventura ficará muito mais fácil. Além de ser mais forte e resistente do que qualquer outro combatente, sua participação na aventura pode tirar um pouco da graça da aventura.

Jogamos a versão open-dev, e o desbalanceamento era notório. Agora, a situação melhorou um pouco, mas segue muito complicado encontrar certa dificuldade nas missões.

Visual feio

Diferentemente dos outros games da franquia, a produtora optou por uma paleta de cores forte e intensa, o que não agradou. É interessante debatermos esse assunto, pois quem foca jogos como esse busca uma experiência de imersão, tentando ao máximo reconstruir a história. Quando a produtora escolher deixar o game mais cartunesco, afasta a interatividade existente entre personagens, cenário e jogador. Vale destacar, também, que o título apresenta problemas ao ser jogado em 4K.

Stronghold Warlords

Em certos momentos, a escala das fontes fica pequena, atrapalhando o entendimento do que realmente está acontecendo na história. O mesmo ocorre com a otimização, que apresenta leves travadas na movimentação da câmera.

Vale a pena?

Não foi desta vez que a Firefly Studios conseguiu reconstruir os castelos feitos no passado, trazendo nostalgia, desafio e entretenimento. O jogo é simples, por mais que tenha alguns recursos interessantes que aumentem o fator de replay.

O gamer não terá um grande desafio pela frente, a não ser que se aventure no modo multiplayer. O desafio ficou de lado, e muito deverá ser feito para que a empresa não perca os inúmeros fãs que conquistou no passado.

Stronghold Warlords foi gentilmente cedido pela Firefly Studios para a realização desta análise.

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Pontos Positivos
  • Modo multiplayer
  • Editor parrudo
Pontos Negativos
  • Desbalanceado
  • Fácil
  • Campanha curta