Primeiro DLC programado para Marvel`s Spider-Man, The Heist dá início ao ciclo que forma a nova história conhecida como “City That Never Sleeps”. Nele, finalmente somos apresentados à Gata Negra, personagem que já havia aparecido na forma de áudios na aventura principal e que aqui tem não somente a chance de aparecer, mas também de desenvolver mais seu relacionamento com o cabeça-de-teia.

A nova história leva em consideração que você já completou uma missão secundária importante no jogo-base, mas não se atém tanto assim aos acontecimentos principais. Com o vácuo de poder deixado pelo Rei do Crime, antigas famílias mafiosas estão de volta a Nova York, e elas parecem estar trabalhando junto com a Gata Negra — que, nesse universo, já foi parceira do Homem-Aranha e teve um breve envolvimento romântico com Peter.

Essa base serve como desculpa para você novamente sair pela cidade derrotando bandidos e completando uma nova leva de missões secundárias. A fórmula não é muito diferente do que encontramos antes, sendo que as novidades surgem de forma homeopática: agora há missões para desarmar bombas usando os robôs criados pelo protagonista e alguns desafios novos de Screwball, vilã que também já havia aparecido na aventura principal.

Um pequeno pedaço de algo maior

Ao jogar, a sensação que tive foi de que The Heist pegou Marvel’s Spider-Man e o compartimentalizou de forma a criar um jogo em capítulos a partir dele — o que não deixa de ser verdade. As adições à fórmula principal são pontuais, e as melhores dela surgem de forma bastante limitada, deixando no ar o sentimento de que poderiam ser mais desenvolvidas: o melhor desafio novo, por exemplo, desafia você a derrotar inimigos usando somente dois gadgets — uma ideia muito legal, mas que só é posta em prática uma única vez.

Da mesma forma, o game ganha somente uma missão secundária adicional (que envolve uma nova rodada de coletáveis), e uma série de crimes adicionais (que não ocorrem em todos os distritos) que, embora bem executados, parecem um recorte muito pequeno do que o game como um todo oferece. Felizmente, a história principal é bem desenvolvida e tem duração o suficiente para você sentir que várias coisas aconteceram antes do final marcado por um grande cliffhanger.

A sensação que tive ao jogar The Heist foi a de chegar a um bom restaurante e comer uma entrada que, embora muito gostosa, não conseguiu aplacar a minha fome completamente. Em pouco mais de 3 horas é possível conquistar todos os troféus da nova aventura, e não há muito o que fazer além desse ponto a não ser esperar pela parte seguinte, “Turf Wars”, que sai em novembro.

Em resumo, a sensação proporcionada por The Heist foi a mesma que tive em bons episódios de jogos da Telltale: o conteúdo presente é bom, mas me faz pensar se não seria melhor esperar todas as partes saírem para ter uma experiência mais completa e satisfatória. E você, já curtiu o DLC de Marvel’s Spider-Man? Comente suas impressões sobre ele em nossa seção de comentários.