Imagem de Final Fantasy IV Complete Collection
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Final Fantasy IV Complete Collection

Nota do Voxel
72

Um ótimo jogo em um momento errado

Embora muita gente critique a longevidade da série, é inegável o fato de que Final Fantasy é uma das franquias mais significativas do mundo dos games. Ao longo de seus 13 episódios e inúmeros spin-offs, a Square Enix criou diferentes histórias e abordou vários temas, criando, assim, aventuras memoráveis.

Algumas delas, porém, se destacam mais do que as outras a ponto de se tornarem atemporais, como é o caso de FF IV. O título foi considerado um divisor de águas quando lançado para SNES, em 1991, por conta de seu enredo complexo e repleto de reviravoltas – algo até então inédito nas narrativas orientais. Ainda que Cecil não tenha a mesma legião de fãs que Cloud Strife, foi a partir de sua trama que a fantasia final se tornou um dos principais nomes no mundo dos RPGs.

Eis que, duas décadas depois, a desenvolvedora decide novamente apostar no clássico. Mesmo com o recente relançamento para Game Boy Advance e o remake para Nintendo DS, a Square fez de Final Fantasy IV: The Complete Collection a edição definitiva do título.

Trate-se de algo maior do que uma compilação remasterizada do game. Em vez de simplesmente trazer uma versão melhorada do original no portátil da Sony, o estúdio adicionou conteúdos extras para agradar os fãs que durante 20 anos aguardaram para conhecer o verdadeiro desfecho do enredo.

O grande destaque está exatamente nas continuações à trama tradicional. O jogo para PSP reconta a mesma história e traz duas sequências: a inédita Interlude e The After Years, lançado exclusivamente para celulares japoneses e que depois chegou à WiiWare.

Final Fantasy IV ainda é um dos grandes clássicos dos RPGs. No entanto, isso não quer dizer que a Square Enix deva relançar novas versões com tanta frequência. Por mais que The Complete Collection reúna outros jogos relacionados ao enredo – incluindo um inédito –, quem jogou as edições anteriores dificilmente irá se empolgar em comprar o mesmo game uma segunda (ou terceira) vez.

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No fim das contas, a impressão que temos é que falta alguma orientação de marketing para a Square Enix. Este game poderia ser uma ótima aposta para atrair fãs saudosistas, mas o mercado foi saturado de Cecil nos últimos anos e fez com que a coleção completa perca o brilho merecido. Se tivesse sido lançado antes ou até mesmo depois, certamente seria um título imperdível para qualquer apaixonado por RPGs.

O resultado final dessa superexposição ao herói é nítido: quem jogou as demais versões certamente vai achar a aventura repetitiva e vai se cansar em pouco tempo, já que há poucas inovações ou algo que realmente justifiquem um retorno àquele mundo. Se for para insistir em remakes, que o estúdio ouça o apelo do público e aposte em Final Fantasy VII de uma vez.

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