A GOG, uma das principais rivais da Steam no PC, anunciou uma mudança importante em sua estrutura. A loja digital passou a ser 100% controlada por Michał Kiciński, cofundador da CD Projekt e um dos responsáveis pela criação da própria GOG, em 2008.
Até então, a plataforma fazia parte do grupo CD Projekt, dono também da CD Projekt Red, estúdio de The Witcher e Cyberpunk 2077. A operação foi confirmada em comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira (29), indicando que a transação já era planejada e promete trazer benefícios para todas as partes envolvidas.
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Segundo a empresa, Kiciński adquiriu todas as ações da GOG por 90,7 milhões de zlotys poloneses (cerca de US$ 25 milhões). O negócio foi financiado de forma independente e não envolveu a venda de nenhuma participação do executivo na CD Projekt.
Com a mudança, a GOG deixa formalmente o guarda-chuva do grupo CD Projekt, mas segue operando de forma independente — algo que, na prática, já vinha acontecendo há anos.
O que muda com a venda da GOG?
De acordo com Michał Kiciński, a missão da plataforma permanece a mesma: manter os jogos vivos para sempre. Desde sua fundação, a GOG se destacou por oferecer títulos sem DRM, garantindo que os jogos comprados pertencem de fato aos jogadores, sem amarras a sistemas de verificação online.
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Em nota, o executivo afirmou que a loja continuará focada tanto na preservação de clássicos quanto no apoio a novos jogos com espírito retrô. Ele também adiantou que está pessoalmente envolvido no desenvolvimento de alguns projetos desse tipo, que devem chegar à GOG a partir de 2026.
Já Maciej Gołębiewski, diretor-geral da GOG, reforçou que a plataforma vai dobrar a aposta em seu diferencial. Segundo ele, em um mercado cada vez mais “fechado” e focado em lançamentos descartáveis, a proposta da GOG é manter clássicos jogáveis em PCs modernos e ajudar jogos de qualidade a encontrarem seu público ao longo do tempo.
Por que a CD Projekt decidiu vender a loja?

Do lado da CD Projekt, a venda foi justificada como uma decisão estratégica. Michał Nowakowski, co-CEO da empresa, explicou que o grupo quer concentrar esforços em um ambicioso plano de expansão de suas franquias e no desenvolvimento de novos jogos AAA.
Atualmente, a empresa está focada no desenvolvimento de The Witcher 4, que promete ser a porta para uma nova trilogia que deve chegar rápido ao mercado. Com o foco no desenvolvimento, a empresa visa evitar erros cometidos no passado, como o lançamento problemático de Cyberpunk 2077.
Apesar da separação, a relação entre as empresas não será encerrada. A CD Projekt confirmou que assinou um acordo de distribuição com a GOG, garantindo que futuros lançamentos da CD Projekt Red continuarão disponíveis na loja — incluindo novos títulos das franquias The Witcher e Cyberpunk.
GOG vai seguir focando na preservação de jogos
Fundada originalmente como “Good Old Games”, a GOG nasceu com foco em títulos retrô e, ao longo dos anos, expandiu seu catálogo para incluir lançamentos modernos. Além do modelo sem DRM, a empresa também ganhou destaque por iniciativas de preservação, mantendo jogos antigos compatíveis com sistemas atuais mesmo sem suporte oficial dos estúdios.
A plataforma também costuma adotar posições mais abertas em relação à curadoria de conteúdo, defendendo a liberdade criativa de desenvolvedores e a autonomia dos jogadores para escolher o que jogar. Com o retorno da GOG às mãos de um de seus criadores, a expectativa é que essa filosofia seja não apenas mantida, mas reforçada nos próximos anos.
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