Imagem de Dissidia Final Fantasy
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Dissidia Final Fantasy

Nota do Voxel
86

Os personagens de Final Fantasy se digladiando em versão portátil!

Familiar? Não é à toa Dissidia Final Fantasy. O que exatamente é isso? Um Street Fighter movido a câmeras cinematográficas e diálogos empolados? Espécie de eco degenerado de Super Smash Bros. cujo combustível é uma das mais notórias franquias de RPG? Bem, mais ou menos. Talvez um pouco de cada.

Embora a primeira impressão trazida por Dissidia tenha sido “um jogo com personagens de RPG sem o RPG”, o buraco parece ser bem mais embaixo. E existe também outro preconceito que aqui passa bem longe: Dissidia não é apenas uma homenagem exclusivista aos fãs de carteirinha de Final Fantasy.

Na realidade, a simplicidade aditiva da jogabilidade, juntamente com a enxurrada de conteúdos extras em forma de bônus acabam dando um apelo muito mais amplo que o esperado. Mas, é claro, se você for sim um fã que conhece cada personagem, cada reentrância da trama e cada pequena trivialidade... fique tranquilo. Você também tem lugar aqui.

Basicamente, a coisa aqui funciona da seguinte forma: deixando de lado um pouco a trama (pobre) que anima o modo história do jogo, o que você tem são alguns dos mais consagrados personagens do universo de Final Fantasy (do I ao X, mais algumas surpresas), heróis e vilões, congregados em um único jogo que troca as batalhas em turno e as histórias intrincadas por um dinamismo que lembra, talvez, alguns dos melhores games de Dragon Ball.

E o melhor? Quanto mais você jogos, mais itens são abertos, mais habilidades são conquistadas, mais personagens são liberados. E isso tudo em universo que, se, talvez, peca um pouco pela pouca complexidade dos movimentos, ganha nas sequências dignas de um filme, conforme você atravessa a tela em movimentos rápidos e descarrega milhares de volts de pura magia Final Fantasy.

Caos e cosmos

Para o caso de você ainda estar particularmente interessado no motivo que juntaria Garland e Cecil em um mesmo jogo, lá vai. No modo história, existem dois deuses que controlam todo o universo e mantém o equilíbrio geral do universo. De um lado, Cosmos, a Deusa da Harmonia; de outro, Chaos, o Deus da Discórdia. Sim, sistemas maniqueístas (Bem e Mal bem delineados) ainda imperam em Final Fantasy.

Já este é um desconhecido qualquer...

Aparentemente, uma cartada certeira de Chaos desequilibrou perigosamente as coisas. Dessa forma, faz-se necessário os mais valentes heróis do universo FF juntem-se para confrontar (adivinhe) alguns dos maiores vilões do mesmo universo.

Mas, atravessar o modo história não será tão simples quanto voar com um teco-teco através de um mapa (Street Fighter II... alguém?). Cada herói será aqui enviado em uma jornada particular e exclusiva, contendo diversas batalhas e um sem número de tesouros e bônus.

Olhando por um lado um pouco mais prático: o seu herói escolhido (inicialmente será o Warrior of Light, em um prólogo que serve para passar os princípios do jogo) atravessará um mapa organizado como um tabuleiros. Para se deslocar entre os pontos, você gasta “destiny points”.

Nesse ponto, uma coisa já fica bem clara: você será constantemente obrigado a considerar dois extremos: atravessar o mapa o mais rapidamente possível, e com isso economizando destiny points? Ou gastar tempo e pontos extras para explorar cada pequena batalha, cada tesouro (que muitas vezes vem associado a uma batalha), a fim de colher melhores proventos no final?

Ao final, um ídolo será então destruído, e você será arremessado para o próximo tabuleiro — desconsidere que boa parte dos quadros do tabuleiro não serve para absolutamente nada. E, então, vale a mesma mecânica novamente.

Que cara de mau... Ou será dor de barriga?

O modo história ainda será constantemente interrompido pelas CGs que animam a trama do jogo. Sim, as cenas certamente são belas e fluidas, extraindo ótimos resultados do PSP. Não, a trama não faz jus a toda essa qualidade, tornando as coisas às vezes nitidamente forçadas na tentativa de ocupar as inevitáveis lacunas que aparecem quando se junta tantos elementos heterogêneos em um mesmo espaço. Mas nada de realmente terrível aqui.

Ao final, sempre será possível gastar uns trocados (Gils, é claro) para comprar novos equipamentos, bem como elevar o nível do seu personagem e mesmo desbloquear vários novos itens e habilidades. Enfim, a parte mais Final Fantasy de Dissidia.

Se a sua bravura não é suficiente... roube!

Não, nós não estamos falando aqui sobre possíveis trapaças dentro das batalhas — embora confrontar um personagem nível 30 e um nível 1 não fique muito atrás disso. As batalhas em Dissidia tem por base dois medidores básicos: um de bravura, outro de energia (ou saúde) propriamente dita.

Funciona mais ou menos assim: os seus ataques são tão mais poderosos quanto mais pontos de bravura você puder ostentar. Dessa forma, existem também dois ataques específicos: um visando os pontos de bravura, outro visando a barra de energia clássica. É claro, cada um deles ainda terá diversos estilos que dependerão da posição do direcional analógico, bem como do fato de o personagem estar no ar ou no chão.
Combates brilhantes... Literalmente
Como um tempero adicional, aparece a barra de EX. Quanto mais você ataca, mais ela sobe, embora lentamente — embora isso seja facilmente resolvido ao coletar um dos vários corações azuis brilhantes que aparecem pela tela vez ou outra. Mas, uma vez que ela esteja cheia, torna-se acessível o modo EX e, é claro, os ataques EX.

Nesse momento, descortinam-se movimentos típicos de FF: com personagens voando, raios para toda parte, centenas de milhares de golpes em uma fração de segundo e, finalmente, uma quantidade absurda de energia sugada da barra do adversário.

Para animar um pouco mais as coisas, esses movimentos especiais ainda trazem consigo eventos de contexto: movimente o direcional e aperte os botões seguindo a ideia de “o mestre mandou” (ou em uma sequência predefinida) para conseguir um efeito ainda mais avassalador.

A câmera: uma espada de dois gumes

Vale lembrar ainda que aqui o cenário cumpre um ótimo papel estratégico. Infelizmente, isso acontece tanto para bem quanto para mal. Quer dizer, enquanto ambientes abertos possuem barras para deslizar e anteparos, os mais claustrofóbicos fazem saltar à vista um problema considerável de Dissidia: a câmera.

Em ambientes mais fechados, é realmente bastante comum que você acabe em um lugar e a câmera foque em um ponto absurdo, mostrando o teto ou a parede. Nesse momento, a coisa toda vira uma luta às cegas, dando uma óbvia vantagem à I.A. (Inteligência artificial) do jogo que, é claro, não padece com a ação desastrada da câmera. Mas, de qualquer forma, vale a chance de revisitar alguns dos locais consagrados da série.

Para além do modo história...

É claro, nem tudo em Dissidia e história. Para uma batalha rápida, como o próprio nome denota, você tem o modo “Quick Play”: selecione o seu personagem, o seu oponente, e pronto. Já o modo arcade vai jogá-lo em uma espécie de desafio de sobrevivência, enfrentando seguidamente diversos personagens predeterminados.

Cinematográfica mesmo

Lamentavelmente, Dissidia não possui um modo para desafios online. Entretanto, sempre será possível encarar um amigo em uma batalha ad-hoc praticamente desprovida de “lags”. Absolutamente nada contra a boa I.A. do jogo, é claro. Mas uma batalha contra um inimigo de carne e osso tende a ser sempre mais ferrenha.

Enfim, uma ação cinematográfica, dezenas de personagens mais-que-consagrados, e um nível de ação constante a absurdo. No mais, você ainda tem a possibilidade de criar combates absurdos como Squall versus Golbez, ou mesmo Bartz contra Ultimecia. Sem dúvida uma possibilidade preciosa para um fã... embora sirva também diminuir a ausência de títulos decentes no PSP.

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