Especial Seqüências de jogos

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Um belo dia, surge um jogo que parece realmente trazer algo novo: uma jogabilidade distinta , gráficos sem precedentes ou ainda uma temática controversa mas extremamente atraente (GTA, por exemplo). Isso cria um novo espaço no mercado, demanda toda uma verdadeira leva de concorrentes com títulos muito similares e, de forma geral, acaba alterando sensivelmente a demanda de jogos de uma geração.

Um bom tempo depois, vem a promessa de uma seqüência para aquele divisor de águas. Vai ser tão bom quanto? Vai superar? Vai ao menos valer as economias guardadas pelo fã que espera ansioso por uma continuação da história ou mesmo da diversão garantidas pelo título anterior?

O TecMundo Games convida você hoje a fazer um passeio por várias franquias consagradas da indústria de jogos. Ao longo dos anos, muita coisa nova surgiu, e muita coisa também gerou frutos na forma de séries bem desenvolvidas... mas também na forma de verdadeiros fiascos caça-níqueis. Outras séries começaram bem, experimentaram uma sensível derrocada, mas acabaram dando a volta por cima. Enfim, cada caso é um caso e a opinião, em última análise, é sem dúvida pessoal.

Entretanto, alguns casos são quase unanimidades. De um lado, tem-se séries que cresceram exponencialmente, melhorando constantemente tanto em qualidade técnica quanto em jogabilidade e em enredo. Outras, entretanto, com o tempo acabam se tornando apenas uma pálida lembrança dos dias gloriosos em que os primeiros títulos despontaram.

Nesta nova série de especiais, o TecMundo Games apresenta aos leitores alguns bons exemplos de títulos com seqüências duradouras, e outras nem tanto. Nesta semana, apresentamos uma das franquias de maior sucesso da história dos videogames.

Lançada originalmente numa das primeiras plataformas caseiras de videogame, o NES (Nintendo Entertainment System, conhecido no Brasil pelo apelido nintendinho), em 1987, a franquia mostra a profundidade do ditado: Se não pode vencer seu inimigo, una-se a ele!

Nos mais de 20 anos de existência, a série Final Fantasy foi posta a prova diversas vezes: a tecnologia tentava sempre superá-la, porém os desenvolvedores da Square Enix sempre aproveitaram-se das novas tecnologias, adicionando-as a sua série e mantendo a franquia em alta.


Final Fantasy
a pseudo-seqüência que definiu o RPG nos videogames


Bem, primeiramente, tratar Final Fantasy como uma seqüência, no sentido mais estrito da palavra, já seria um erro. Talvez o mais indicado fosse mesmo se referir à imensidade de títulos da franquia como volumes, já que, conforme a maioria dos jogadores da franquia deve saber, não existe de fato uma ligação entre as história dos jogos. A reformulação normalmente traz mudanças de fato mais técnicas.

Não obstante, é impossível não considerar FF como uma franquia bem sucedida. Tudo bem que os protagonistas dos títulos ignoram completamente a existência uns dos outros, mas a série, de modo geral, tem evoluído visivelmente desde o seu primeiro jogo — título que praticamente definiu a forma de se jogar RPGs nos videogames.

Pode-se dizer que do primeiro ao sexto título, a franquia simplesmente manteve a bola em jogo, trazendo sempre histórias novas e independentes em um universo fantasioso e maniqueísta — com forças do bem e do mal muito bem divididas — que normalmente trazia um grupo de oportunos heróis dispostos a devolver o equilíbrio ao cosmos.

Ademais, FF II trouxe os famosos Chocobos. FF III trouxe o sistema de trabalhos e os Moogles, enquanto que FF IV acrescenta o sistema “Active Time Battle”. FF V e VI marcam pela primeira vez as plataformas de 16 bits, respectivamente no Super Famicon e no Super Nintendo — que são, basicamente, o mesmo venerável console.

Um verdadeiro salto qualitativo aconteceu mesmo com FF VII, lançado para o PlayStation e que seria o primeiro a trazer elementos 3D e gráficos pré-renderizados. Trata-se também do primeiro título da franquia a ter a mesma numeração tanto no Japão quanto na América do Norte.

FF VIII marcaria então por deixar de lado um pouco os personagens desproporcionais dos títulos anteriores — com enormes cabeças e corpos diminutos —, sendo o primeiro da série a apresentar um visual um pouco mais realista. FF VIII também foi o primeiro a ter uma trilha sonora cantada.

A faz então uma rápida volta às origens com FF IX, que trazia uma mecânica que lembrava muito os primeiros títulos. Os títulos mais recentes significaram uma arrancada bastante distinta para a franquia, ganhando dublagens em FF X e até mesmo experimentando o terreno dos MMOs, com FF XI. A promessa do momento fica por conta FF XIII, título em desenvolvimento para PS3 e Xbox 360 que está sendo dirigido e escrito por Motomu Toriyama, o mesmo responsável por Final Fantasy X-2 e Final Fantasy XII: Revenant Wings.

A franquia ainda lançou diversos títulos e produtos paralelos, como jogos táticos e até mesmo animações. É claro que não se pode dizer que a franquia foi sempre um sucesso absoluto de crítica — FF X deixa muita gente na dúvida até hoje. Mesmo assim, considerando-se inclusive a sua longevidade, pode-se considerar Final Fantasy como uma série de absoluto sucesso que ainda por muitos elementos que hoje se encontram diluídos através das inúmeras franquias de RPG.
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