Desvendando os mistérios por trás da jogabilidade em games de RTS

Se você gosta de jogos de RTS — Real-Time Strategy ou estratégia em tempo real — porém sempre teve problemas com os controles e simplesmente não consegue dominar os diferentes comandos, eis uma boa oportunidade de superar esse obstáculo. O TecMundo Games preparou um artigo especial sobre como lidar com a jogabilidade padrão da maior parte dos títulos do gênero.

É claro que, como muitas pessoas já sabem, cada game possui peculiaridades referentes a tipos de recursos manuseados, mecânicas de combate e dinamismo das ações, mas por mais que alguns dos conceitos presentes neste texto possam ilustrar características específicas de certos jogos, você pode encontrar informações úteis até mesmo para quem prefere “misturas” entre ação e RTS. É o caso de DotA e Heroes of Newerth.

Foco em single player ou em multiplayer? Você decide. Entretanto, velocidade é crucial na maioria das experiências. A competitividade está presente tanto em combates contra a inteligência artificial quanto em batalhas agitadas contra jogadores de outros lugares do planeta. O alicerce principal da vitória? É somente isto: não gastar tempo com atividades inúteis.

Obviamente, é fundamental conhecer as nuanças do jogo abordado. Não adianta colocar em prática as ideias abaixo se o estrategista não tem uma base teórica sobre o que pode ser feito com as diferentes unidades, construções e tecnologias em mãos.

De modo geral, as dicas abaixo podem aumentar o nível de imersão dos gamers e, consequentemente, a diversão gerada por jogos de RTS. Dito isso, acompanhe um pequeno “tutorial” sobre como aproveitar ao máximo o que os games desse tipo têm a oferecer.

O inícioConceitos básicos da fórmulaConhecer o máximo possível sobre o jogo? Sim. Depois, você pode definir a forma com a qual será feito o macrogerenciamento — a estratégia, a visão geral do contexto — e, em seguida, o microgerenciamento das unidades (a tática praticada, as ações efetuadas no momento).

É interessante lembrar que pessoas muito familiarizadas com a jogabilidade RTS são capazes de executar um número absurdo de ações por minuto (APM). Confira o que alguns jogadores orientais conseguem fazer em franquias como StarCraft e Warcraft:

Muitas ações se tornam automáticas com o passar do tempo. O ideal é ficar “expert” em uma das áreas mencionadas abaixo para depois iniciar um aprofundamento mais intenso em outra categoria estratégica. A interface é sua amiga. Não tenha medo de fazer um uso intenso das ferramentas virtuais para a administração dos objetos variados na tela.

A personalização do esquema de controles é um ponto diferencial de muitos games e auxilia bastante na supervisão das unidades. O ideal é deixar os comandos do jeito que o jogador gosta. O famoso binding (atribuição de comandos a botões) auxilia tanto em aspectos defensivos quanto em movimentações ofensivas.

Atacar é, sem dúvidas, uma manobra indispensável para o sucesso. É possível realizar diferentes abordagens ofensivas de acordo com o desejo do gamer. No título Rise of Nations, por exemplo, o famoso Rush é um método que funciona da seguinte maneira: criar um exército o mais rápido possível e exterminar o adversário logo no início da partida. Por outro lado, a estratégia Boom é mais lenta e envolve criar uma base sólida antes da composição de um exército imponente.

Criar uma base, aliás, é inevitável em boa parte dos RTS. É claro que surgem aquelas missões single player nas quais o gamer imediatamente toma posse de um pequeno grupo de guerreiros e deve abrir caminho ou destruir um alvo específico, mas a maioria dos casos exige que o jogador aprenda pelo menos os aspectos fundamentais sobre a estruturação de uma base inicial.

Depois de um certo tempo, a “correria” aumenta e o jogador deve saber conciliar ações na base (e nos demais locais econômicos) com os movimentos de combate. Para muitas pessoas, a diversão aparece justamente nisto: equilíbrio entre economia e gerenciamento militar.

RecursosComo administrá-los com sabedoria?Os aspectos econômicos formam a base de tudo. Sem uma quantidade suficiente de recursos, você não pode nem pensar em formar exércitos destruidores. Pouco a pouco, são obtidos materiais necessários para o surgimento de edificações e unidades diferenciadas, ampliando tanto o domínio do jogador quanto as possibilidades de destruição.

Vale a pena — e como — gastar tempo na criação constante de trabalhadores e indivíduos que coletam recursos. Quanto mais, melhor. A todo o momento, você deve checar (mesmo que brevemente) o andamento da aquisição de materiais e as tarefas executadas pelas unidades responsáveis pelos pilares da civilização manipulada (chamadas comumente de “unidades de base”).

É bom ter em mente as diferenças entre os tipos de recursos administrados. Em StarCraft II, os minerais aparecem em abundância e servem como fonte primária na criação de unidades. Enquanto isso, o gás vespeno é indispensável para que o gamer possa formar grupos com combatentes mais avançados.

Muito dinheiro em mãos não significa sucesso. Pelo contrário, isso pode indicar que o jogador não está sabendo lidar com as “finanças”. Lentidão no gasto de recursos aumenta o “estoque”, mas não ajuda no progresso. O ideal é investir com rapidez e eficiência em construções e unidades capazes de fazer a diferença nos embates.

ExpansãoCrescendo no mapaCertas facções são melhores que outras no que diz respeito a expandir os limites. Saiba explorar as unicidades da civilização escolhida e você conseguirá obter bons resultados na briga pelo domínio do mapa. Conhecimento é tudo.

Construir mais de uma instalação de um mesmo tipo — vários quartéis-generais, por exemplo — é extremamente recomendado em partidas intensas com outros jogadores. Trata-se de uma estratégia agressiva de crescimento que permite gastos mais dinâmicos dos recursos adquiridos e, por conseguinte, uma ampliação mais rápida no cenário.

Como definir a ordem das construções a serem criadas? Simples: basta testar diferentes combinações, observando o tempo do progresso obtido em cada uma delas. Há muitos gamers que se especializaram intensamente na rapidez de expansão, conseguindo até mesmo criar tutoriais sobre a ordem das construções.

A ocupação gradativa do terreno (imposição de limites físicos), além de intimidar os adversários, é responsável pelo destino de muitos embates multiplayer. Exploradores podem ser enviados rapidamente para vários pontos do cenário (certas vezes, isso é quase obrigatório), o que auxilia bastante na ampliação do conhecimento sobre o terreno.

CombateA área mais empolgante de muitos jogos do gêneroSaber lidar com as peculiaridades da facção escolhida, conhecer e explorar bem os pontos fortes de cada unidade ou de cada grupo de unidades... Enfim, o que importa é definir uma estratégia de batalha e ir até o fim para cumprir os objetivos propostos pelo próprio jogador ou pela inteligência artificial (IA) do game em missões single player.

Agrupar e gerenciar exércitos — sim, o binding dos comandos e dos “batalhões” ajuda de forma significativa — faz parte da experiência competitiva. Vale a pena reforçar que velocidade é a base do sucesso. Inicialmente, pequenos grupos podem ser formados e enviados rapidamente aos territórios inimigos.

Foi derrotado pelas defesas do oponente? Sem problemas, mas tome cuidado para não perder tempo com atividades pouco importantes. Nesses casos, deixar os aspectos militares de lado é pedir para perder. Muitos jogadores — bem como níveis mais elevados de dificuldade em combates contra a IA — simplesmente não perdoam.

Tecnologia ou quantidade? O ideal é escolher uma facção e testar essas duas estratégias com diferentes unidades. Depois disso, é possível definir qual é a melhor abordagem a ser utilizada devido à velocidade com a qual o gamer obteve sucesso.

Warcraft 3 é um bom exemplo de jogo que se baseia no controle de pequenos grupos “chefiados” por um herói. Nesse caso, aprimorar as habilidades da unidade especial e utilizá-las em combates fervorosos é a melhor opção. Entretanto, games como Rise of Nations e Age of Empires levam o estrategista a administrar exércitos com dezenas de soldados. Quantidade e diversificação são dois pontos-chave para que você seja bem sucedido nas batalhas.

ImersãoCativando os fãs de estratégiaRTS, ao contrário do que muitos pensam, não é um gênero no qual as atividades são executadas pausadamente. Dezenas de games de estratégia em tempo real são capazes de envolver os jogadores em uma atmosfera de frenesi e diversão.

Até mesmo os reflexos do estrategista são testados em determinados eventos. Situações de risco provam o quão intenso pode se tornar um certo combate. Cooperação e competição contrastam fortemente em alguns acontecimentos, o que aumenta ainda mais o envolvimento dos estrategistas com o jogo em questão.

Desenvolvedores hábeis são capazes de prender a atenção de muitos com simplicidade e praticidade. Sim, a complexidade dos conceitos a serem aprendidos durante as experiências também é uma característica de destaque em vários games. Felizmente, você tem a oportunidade de conferir uma ampla gama de títulos com fórmulas diversificadas, mas que honram o gênero de maneiras expressivas e atraentes.