Muito além da aventura: conheça alguns segredos sombrios de Zelda

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Ao lado de Mario, Link talvez seja um dos personagens mais conhecidos da Nintendo. Ao contrário do encanador, porém, o personagem não conta com seu próprio nome no título dos games em que aparece. Por ser o herói da franquia The Legend of Zelda, muitos gamers desatentos acabam se referindo a ele desta forma, quando na verdade a famosa Zelda é geralmente a “mocinha em apuros” dos jogos.

Img_normalCom ou sem enganos, o fato é que Zelda é uma das principais franquias da Nintendo. Com títulos para todas as plataformas da marca lançadas até agora, a série é a 13ª mais vendida da história dos video games, com mais de 59 milhões de unidades comercializadas. Está à frente de títulos de renome como Call of Duty, Pro Evolution Soccer e Donkey Kong.

Com uma história que mistura fantasia, enigmas e ação, a série conquistou seu lugar no coração dos amantes de RPG, mesmo com sua cronologia extremamente confusa. Só para se ter uma ideia, Skyward Sword, jogo que deve chegar ainda este ano para o Nintendo Wii, contará o início de tudo, enquanto o primeiro Zelda é na verdade o 15º episódio da franquia.

Um dos vídeos do famoso Angry Video Game Nerd trata justamente deste assunto. Com seu estilo peculiar, James Rolfe fala sobre todas as versões do game e como elas se encaixam na cronologia, além de todas as mudanças que a linha temporal da série passou ao longo do tempo.

Os segredos de Zelda, porém, vão muito além da ordem de sua cronologia ou das táticas para chegar ao final dos games. Shigeru Miyamoto e seu time de designers da Nintendo incluíram também uma série de easter eggs nos títulos. Basicamente, são referências ocultas a outros games da empresa ou situações interessantes. Além disso, bugs também entraram para o folclore da comunidade de fãs de The Legend of Zelda. Estes, claro, contra a vontade dos desenvolvedores dos títulos.

Referências internasAs duas maiores franquias se encontramComo criador de Mario e também de Zelda, Miyamoto não conseguiu resistir em colocar referências ao encanador nos jogos de sua franquia de RPG. Os personagens Talon e Ingo são as menções mais óbvias ao mascote da Nintendo. Basta olhar as artworks dos dois para saber o porque.

Talon é o proprietário do Lon Lon Ranch, e Ingo é seu principal funcionário. Enquanto o patrão dorme e quase não atua na fazenda, seu subordinado é responsável por praticamente todo o trabalho, mas dificilmente leva o crédito. Isso faz com que o personagem desenvolva uma personalidade extremamente irritadiça, chegando a beirar a linha que divide mocinhos e vilões.

Aliás, você notou um pequeno detalhe no pescoço de Talon? Se não, olhe novamente a imagem acima. O pingente utilizado pelo personagem traz o rosto de Bowser, arqui-inimigo de Mario e principal vilão dos games do encanador. A joia também é utilizada por Malon, filha do fazendeiro.

Quem se lembra da flauta utilizada para saltar entre os mundos de Super Mario Bros 3? A ideia, na verdade, foi retirada de um aparato semelhante visto no primeiro The Legend of Zelda. O instrumento, inclusive, tocava as mesmas notas quando utilizado. A referência foi feita novamente na música tema de Ocarina of Time, como mostra o vídeo abaixo:

E não para por aí. Em praticamente todos os games da série, é possível encontrar quadros ou imagens de Mario e sua turma escondidos pelos cenários. Para equilibrar um pouco a balança, Miyamoto também fez referências a Zelda em games do encanador. Em Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars, por exemplo, Link aparece dormindo em uma cama, ao lado do personagem principal.

Outras citaçõesDa Nintendo para a NintendoNão é apenas de referências a Mario que vive The Legend of Zelda. Os criadores também fizeram homenagens a outros games da Nintendo, como é o caso de Star Fox. Algumas máscaras coletadas por Link em Majora’s Mask são referências diretas aos personagens do game espacial e, inclusive, aparecem no inventário na mesma ordem de apresentação dos pilotos durante as fases do título.

E não para por aí. Utilizando um código de Gameshark, antigo acessório para inclusão de cheat codes por meio de alterações nos códigos dos games, é possível lutar contra um Arwing, famosa nave do game. A batalha, inclusive, pode ser vencida com a utilização do bumerangue de Link.

Koji Kondo, compositor da trilha sonora de Zelda é um fã inveterado da banda inglesa Deep Purple. O artista não esconde isso e, inclusive, utiliza faixas do grupo como inspiração para muitas trilhas sonoras clássicas. É o caso de April, música que serviu como principal base para a criação das faixas do game da Nintendo. Ouça, no vídeo abaixo, o trecho entre 2:00 e 2:12 e observe as semelhanças:

Um ícone dos video gamesInspirando até batizadosOutros jogos também escolheram The Legend of Zelda como grande inspiração, e decidiram demonstrar isso por meio de referências. Um dos grandes MMORPGs da atualidade, World of Warcraft, conta com um personagem chamado Linken, portador de um escudo, uma espada e um bumerangue. Mais óbvio impossível, certo?

Fonte da imagem: WoWwikiO pequeno elfo aparece sem memórias e, aos poucos, começa a se lembrar de uma jangada, item referente à série da Nintendo. Linken também aparece em imagens antigas ao lado de uma princesa semelhante a Zelda e, entre os itens necessários para ele, há um mapa e uma bússola.

Dragon Ball Z: Legacy of Goku II também apresenta uma pequena homenagem, não apenas a Zelda, mas a outros jogos clássicos do Super Nintendo. Na imagem, é possível ver as capas de A Link to The Past, Super Mario World, Super Metroid e outros games da plataforma

Fonte da imagem: NeoGafProvavelmente você conhece o ator Robin Williams, astro de filmes clássicos como Uma Babá Quase Perfeita e Jumanji. Mas o que você provavelmente não sabe é que o ator também é fã de games como nós e, inclusive, levou essa adoração à sua filha, dando a ela o nome de Zelda.

Conceitos descartadosE se fosse assim?Se você acompanha as notícias sobre o mundo dos games sabe que, na maioria das vezes, o jogos não chegam ao mercado da forma como foram imaginados. Ao longo do processo de desenvolvimento, muitas ideias vão surgindo e podem ser implementadas ou não. Da mesma forma, muitos conceitos anunciados pelos produtores podem acabar ficando de fora por um motivo ou outro.

Isso não é exceção em The Legend of Zelda, e a primeira versão da franquia tem a versão Beta mais notória e querida pelos fãs. Em sua imaginação original, o game seria bem mais fácil que a edição que chegou às lojas, e traria bem menos inimigos. Para auxiliar ainda mais os jogadores, em vez de utilizar apenas uma espada, Link também poderia escolher um bumerangue, e seria capaz de atacar inimigos à distância. Uma imagem da arma não incluída acabou sendo colocada no manual do game.

Outra modificação deixou os fãs se perguntando por que a Nintendo optou pela mudança. Em Ocarina of Time, Link recebe a ajuda da Great Fairy, uma fada que é capaz de potencializar os poderes e itens dos personagens. Em sua versão original, a personagem aparecia com a pele azulada e forma aparentemente serena. Na edição que chegou às lojas, a criatura se parece mais com algo saído da imaginação do bizarro diretor Tim Burton.

Outra mudança foi feita para melhor se adequar às políticas da Nintendo com relação a sangue e violência. Ao final de Ocarina of Time, pouco antes de seu fim, Ganon tosse um pouco de sangue, resultado do confronto com Link. A cena, porém, só pode ser vista no primeiro lote de cartuchos que chegou às lojas, já que no segundo o fluído tornou-se verde.

Acontecimentos interessantes......e bugs a serviço do jogadorTirando referências, The Legend of Zelda também é um game lotado de situações curiosas que, muitas vezes, podem não ser percebidas na primeira vez  em que se chega ao final. Principalmente se você for como o usuário Mitjitsu, que utilizou um glitch de A Link to the Past para chegar ao final do game em pouco mais do que 5 minutos.

Uma notória curiosidade do primeiro jogo da série foi descoberta há pouco tempo, por viciados em Zelda que exploravam os arquivos do cartucho. De forma a carregar os mapas com mais rapidez, a equipe de desenvolvimento da Nintendo preferiu unir diversos deles em um único arquivo, facilitando assim a transição.

Interessante é a forma como as conexões entre as salas foram dispostas. Quando colocadas lado a lado, com as passagens que conectam umas às outras, é possível enxergar claramente a palavra “Zelda”. Os arquivos são uma referência muito bem escondida, e é única no game, já que os outros mapas não estão colocados no cartucho da mesma forma, e sim um a um, como simples dados de imagem.

Uma das missões adicionais de Majora’s Mask envolve um ladrão, que rouba um saco de bombas da proprietária da loja de explosivos. O jogo então oferece duas opções ao jogador: atacar o bandido, recuperando a mercadoria e devolvendo-a à dona; ou deixá-lo fugir. A escolha determina a aparição de um item nas lojas do game, que pode auxiliar durante a aventura, mas não é essencial para se chegar ao final do jogo.

O que poucos fãs sabem é que existe uma terceira opção: matar o bandido. Para fazer isso, basta atirar com uma flecha no saco de bombas, fazendo-o explodir e acabando com o pilantra. Isso, porém, faz com que a missão adicional não possa ser completada e impede a obtenção de 100% no game.

O vídeo acima também exibe uma série de outras curiosidades do título, como crianças se escondendo em caixas ao melhor estilo Metal Gear Solid e outras cenas secretas. A morte do meliante pode ser vista a partir de 0:51.

Você já sofreu para acabar com Ganondorf no final de diversos jogos da série? Twilight Princess permite que o jogador tenha sua vingança e acabe com o vilão facilmente. Para fazer isso, basta utilizar uma vara de pescar.

Provavelmente devido a um bug na programação de reações do inimigo, Ganon simplesmente para de atacar quando enxerga a vara de pescar, e passa a segui-la com o olhar. Isso abre espaço para que o jogador acerte uma série de ataques, repetindo a operação quantas vezes forem necessárias para acabar com o chefe final.

Um último glitch encontrado pelos fãs acontece em A Link to the Past. Ao utilizar a flauta de dentro da água, Link permanece em um estado de, digamos, “natação constante”. Mesmo ao voltar para terra firme, a animação permanece a mesma, e só volta a seu estado normal quando o personagem salta de um barranco.

Teoria da conspiraçãoEles querem dominar o mundo!O Google tem como tradição modificar seu logotipo de acordo com algumas ocasiões especiais, como datas festivas ou importantes. Os doodles, como são chamados, também escondem um segredo aparentemente relacionado a Zelda, mas que é encarado por alguns como uma grande teoria da conspiração.

Provavelmente, trabalho de um designer fanático por Zelda, há diversas Triforces escondidas nos doodles utilizados pela companhia ao longo do tempo. A inserção de imagens deste tipo foi percebida pela primeira vez em 2008, quando o Google substituiu seu logotipo em homenagem ao Dia da Terra, comemorado em 22 de abril.

Fonte da imagem: Google DiscoveryA discreta alteração de cor em pontos minúsculos da imagem, porém, voltou a aparecer em diversos outros doodles até julho de 2009, quando surgiu pela última vez em homenagem ao aniversário do engenheiro Nikola Tesla.

Fonte da imagem: Google DiscoveryRapidamente, os caçadores de conspirações começaram a associar a imagem à maçonaria, que também possui triângulos como sua principal figura. A forma geométrica está presente inclusive no “Olho que Tudo Vê”, imagem presente até hoje em lojas da ordem e nas notas de dólar.

Hoje, não é mais possível observar as Triforces nos doodles encontrados na galeria oficial do Google. Talvez para acabar com a alegria dos teóricos, ou simplesmente para evitar a utilização indevida de uma marca de terceiros, a gigante removeu qualquer traço das imagens de seus logotipos. As originais, porém, podem ser encontradas sem muita dificuldade na própria ferramenta de buscas da empresa.

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