Alerta vermelho: quatro empresas que podem ir para o buraco

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Com a criação dos video games, muitas companhias construíram um grande legado desenvolvendo jogos que marcaram gerações. Tanto é que, como você viu ainda nessa semana aqui no TecMundo Games, não são poucas as franquias que estão completando 25 anos de existência.

Apesar de tanto sucesso (ou talvez, em alguns casos, por conta dele), nem todas as grandes companhias, tanto desenvolvedoras como fabricantes, estão apresentando um desempenho digno de seus dias de glória.

Pensando nisso, o BJ decidiu reunir alguns dos maiores nomes que podem entrar em situações realmente complicadas caso não mudem a sua estratégia e consigam se revitalizar para cair novamente nas graças do público.CapcomEscravcom?Img_normal
A Capcom tem se envolvido em diversas polêmicas nos últimos tempos. Acusada de ignorar Mega Man (uma das franquias que fizeram aniversário citadas inicialmente) e vista como mercenária pela sua decisão de inserir DLCs dentro dos discos de seus jogos no primeiro dia de lançamento, a imagem da companhia não é a das melhores atualmente.

Enquanto o público se decepciona com esse tipo de acontecimento, aparentemente os funcionários da companhia também não se mostram bastante contentes. E não estamos falando apenas da debanda de mentes criativas da companhia (nos últimos cinco anos, por exemplo, a empresa perdeu Shinji Mikami, Hideki Kamiya e Keiji Inafune – responsáveis, respectivamente, por Resident Evil, Okami e Mega Man).

O site Glassdoor.com nasceu para fornecer aspirantes a uma vaga de emprego um prospecto da companhia que desejam entrar. Para isso, eles reúnem relatos anônimos de funcionários e ex-funcionários sobre o ambiente de trabalho e as políticas das empresas.

Em uma matéria, o site Kotaku juntou relatos sobre a maior parte das companhias da indústria de games. Enquanto a Valve e a Nintendo colecionam elogios, a Capcom é a campeã de reclamações de seus funcionários. De acordo com um dos relatos sobre a companhia, “prazos são constantemente ignorados enquanto a culpa pelos erros é geralmente jogada para baixo dentro da hierarquia local”.

Nem mesmo Yoshinori Ono, criador de Street Fighter, se salva. Durante o desenvolvimento de Street Fighter X Tekken, o produtor passou mal e foi hospitalizado. Quando retornou, descobriu que precisaria viajar e que sua agenda continuava tão lotada quanto antes. Com a compressão cada vez maior de prazos em favor da agilidade de produção, não seria surpreendente caso a qualidade dos próximos títulos começar a cair.

SonyEm busca da antiga glóriaLonge de nós querermos a derrota da Sony. Já fizemos um artigo sobre a possibilidade de um mundo com um único console e, por mais que houvesse alguns aspectos positivos, a existência de três grandes fabricantes hoje é interessante para estimular a criatividade e a inovação dentro do meio.

Contudo, nos últimos dez anos, a Sony não tem demonstrado o mesmo brilho apresentado no seu auge, durante os anos 90. Tanto é que a companhia perdeu drasticamente o seu valor de mercado na última década.

Tudo isso é fruto de uma organização descentralizada. De acordo com um artigo do site Not Enough Shaders, a falta de identidade entre os produtos fora da linha PlayStation da companhia acontece porque cada divisão da Sony trabalha apenas no seu foco, sem pensar no que o restante da companhia está fazendo.

Enquanto isso, a percepção geral do público é de que os produtos da companhia apresentam tecnologia de ponta e inovação, eles acabam sendo muito caros para grande parte das pessoas. Ao mesmo tempo, como já aconteceu com o PlayStation 3 antes e está acontecendo agora com o Vita, a Sony adota frequentemente a estratégia de lançar produtos com prejuízo – algo que a impede de considerar a redução do preço.

Tudo isso, juntamente com o fracasso de formatos proprietários como o UMD, a mídia utilizada pelo PSP, e de periféricos como o PlayStation Move, faz com que a Sony tenha de trabalhar bastante para retomar o fôlego.

Square EnixNem só de Final Fantasy XIII vive o homemImg_normal
Quando a franquia Final Fantasy nasceu, a Square (muitos anos antes de se juntar a Enix) estava passando por dificuldades financeiras. À beira da falência, a companhia apostou todas as suas fichas em um título inspirado The Legend of Zelda e Dragon Quest. Desse modo, nada mais propício do que chamá-lo de sua “fantasia final”.

A partir daí a série explodiu, sendo que praticamente todos os títulos de seu catálogo fizeram um sucesso estrondoso (sendo o sétimo jogo da franquia o mais famoso e comentado até hoje pela comunidade de fãs).

Atualmente, no entanto, mesmo com tudo isso no currículo, a empresa tem enfrentado alguns problemas. Final Fantasy XIV, um MMO inspirado no universo da série, teve de ser relançado por conta de diversos problemas.

Enquanto isso, a companhia parece ter medo de se arriscar com novas franquias e anunciou Lightning Returns: Final Fantasy XIII (que parece ter recebido esse nome apenas porque Final Fantasy XIII-3 seria muito estranho). Ao mesmo tempo, outros projetos bastante esperados pela companhia, como Final Fantasy Versus XIII, continuam sem novidades.

Enquanto a Square Enix está muito longe da situação vivida em 1987 quando o primeiro Final Fantasy poderia ser o seu último jogo lançado, é preciso que a companhia volte a apresentar novos jogos e parar de se sustentar de continuações seguras (mas sem apelo) e de ports de games antigos para novas plataformas.

id SoftwareÀ espera de Doom 4Img_normal
A id Software é amplamente reconhecida como a desenvolvedora responsável por algumas das franquias mais famosas dentro do gênero FPS. Desde verdadeiros clássicos como Wolfenstein 3D, a companhia é eternamente lembrada por ter produzido Doom e Quake.

Ao mesmo tempo, John Carmack – o programador-chefe e co-fundador da companhia – é reconhecido até hoje como uma das maiores autoridades em programação gráfica 3D. Por conta disso, não é de se espantar que um anúncio da id Software seja suficiente para criar bastante expectativa.

Foi o que aconteceu com Rage, lançado no final do ano passado. Contudo, diversos problemas no lançamento e uma campanha de marketing ruim foram suficientes para que o mesmo Carmack pedisse desculpas pelo game durante a última Quakecon.

Em compensação, o programador confirmou o desenvolvimento de uma versão remasterizada de Doom 3, assim como a concentração dos esforços da companhia na criação de Doom 4. Enquanto todos torcemos para que o game seja tão surpreendente como desejamos, a companhia precisa trabalhar muito bem para que isso aconteça.

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