Chega de ser o bom moço: está na hora de ser o vilão nos games!

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O mundo dos video games permite que as pessoas saiam de suas vidas cotidianas e assumam papéis de destaque perante realidades inteiras. Talvez na persona de um vingador solitário que detona um império inteiro com as próprias mãos, a fim de salvar o mundo; talvez como um piloto de caças espaciais que ajuda a defender o universo de criaturas vis e pérfidas que pretendem subjugar toda a humanidade.

De qualquer maneira que um enredo seja apresentado, em termos mais gerais trata-se de uma luta contra opressor e oprimido. É a esfera do bem sendo ameaçada pelos malfeitores, em qualquer realidade possível. A ideia central, geralmente, coloca o gamer no controle do mocinho — ainda que seja um anti-herói, como a maioria dos protagonistas atuais.

Tudo bem, tudo legal, tudo comum... Que tal fazer o papel inverso? Deixe de lado toda a sua moral, coloque os seus valores de lado e assuma o controle das criaturas maquiavélicas que pretendem fazer de tudo para conseguir tomar o controle do mundo. Pare de se preocupar com o bem-estar de todos, chega de companheirismo e lições de moral. Que tal ser o vilão da história?

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Pensando em jogos que coloquem os gamers no papel dos vilões, o TecMundo Games agrupou uma série de nomes dos melhores títulos deste tipo. Então, afrouxe seus valores morais, libere o espírito de Dr. Evil (vide “Austin Powers”) que há dentro de você e comece com a destruição dos bonzinhos chatos e monótonos.

Não há escolha a não ser a maldadeAlguns jogos são para poucos e maus

Em determinados games em que você faz parte do núcleo pouco amigável do enredo, esta prerrogativa é escancarada. Em termos mais claros, a própria proposta do game já implica assumir o controle de alguma entidade demoníaca ou de outro ser das trevas, que pretende derrotar heróis ou qualquer outro benfeitor que atentar contra você.

Note que a maioria dos títulos é mais antiga, ou seja, parece que o pessoal da indústria dos games reluta em criar novidades com conotação negativa. Sem mais delongas, vamos à lista com o nome dos jogos, seguidos de uma breve explanação da obra.

*CUIDADO: a maioria dos games aqui tem algum tipo de SPOILER, principalmente no que diz respeito ao enredo de cada título. Se você não quer saber, NÃO LEIA.

  • Dungeon

Dungeon leva você ao lugar comum dos RPGs, só que permite que você seja o mestre dos calabouços e não os heróis que o enfrentam. É algo como operar o próprio Diablo em Diablo 3.

  • Evil Genious

Evil Genious é um RTS no qual você assume o papel de um vilão dos anos 60. A atmosfera da época relembra os agentes secretos e as invasões feitas por espiões, no melhor estilo 007. Só que, dessa vez, você estará do outro lado da lei: seu objetivo é construir uma arma capaz de conquistar o mundo.

  • Dungeon Keeper

Dungeon Keeper é um game desenvolvido pelo genial Peter Molyneux em que você assume a função do guardião de uma passagem satânica. Seu objetivo é não deixar os heróis entrarem; para isso, você contará com armadilhas, criaturas demoníacas e outros seguidores sob sua orientação. É mais um jogo do gênero RTS.

  • Ghost Master

Fonte: Divulgação/EmpirePense em um The Sims, mas vivenciado por fantasmas e com objetivos e quests que precisam ser cumpridos. E não estamos falando de nenhum “Gasparzinho: o fantasma camarada”. Trata-se de uma entidade maquiavélica que precisa aterrorizar uma vila para ganhar experiência e um tipo de ouro.

No entanto, o malvadão do qual você assume o controle não pode tocar nas pessoas. Então, para completar cada área, é necessário que você inflija muito dano, medo e outros tipos de perversões nos humanos, sabendo que os seres têm níveis diferentes de suscetibilidade consciente e inconsciente aos ataques.

  • Disgaea

Disgaea é um RPG que coloca os jogadores no controle de um lorde das trevas, que pretende se tornar o lorde mais malvado de todos. Assim, todos os objetivos e os ataques dos personagens no game são sempre no sentido de fazer alguma maldade. Vale lembrar que o título é famoso pela longa duração de sua jogabilidade — praticamente infinita.

  • Holy Invasion of Privacy, Badman! What Did I Do to Deserve This?

Em Holy Invasion of Privacy, Badman! What Did I Do to Deserve This? Os jogadores assumem um papel defensivo. É preciso defender o covil do “God of Destruction” (“Deus da Destruição”, em uma livre tradução) dos incômodos heróis que tentam adentrar na casa das perversões. Matem todos!

  • Destroy All Humans!

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Destroy All Humans é um game controverso. Ao mesmo tempo em que você joga com o vilão da história, a causa do objetivo é nobre. Trata-se de uma operação de resgate de um alienígena, que caiu na Terra e foi apreendido pelos militares. O único problema é que, para resgatar Cryptosporidium 156, será preciso matar todos os humanos!

  • Ace Combat 4

‘”O que Ace Combat 4 está fazendo aqui?”, você pode estar se perguntando. Trata-se de um game de pilotagem de caças, sobre uma região que está em guerra. O problema é que você está destroçando pessoas que lutam pela liberdade de sua própria terra. Então, neste caso, você assume o papel dos vilões.

Este é o game da franquia Resident Evil no qual você joga com a controversa Umbrella. Basicamente, durante o jogo você destrói evidências, apaga provas e realiza trabalhos sujos que, normalmente, são combatidos em todos os outros títulos da série. A última missão dá uma prova disso ao propor que você mate um dos protagonistas mais queridos de RE.

  • Eat Them (PSN)

Eat Them é um dos games mais novos desta lista, com uma proposta incrivelmente legal: assuma o controle de um monstro gigante e saia demolindo as cidades. Nada de cuidar de cidadãos ou de proteger habitantes menos favorecidos. Aqui a regra é simples: destrua!

  • Rampage

Rampage e Rampage World Tour são dois games em que você assume criaturas gigantes, com o objetivo de lutar contra as forças militares humanas. Enquanto isso, a diversão fica por conta de destruir prédios e as demais edificações. Quanto maior a casa, maior será a queda.

  • Blood Omen: Legacy of Kain

Kain é muito conhecido pelo game Legacy of Kain: Soul Reaver — no qual o vampiro decaído Raziel procura a redenção contra o Mestre das Trevas. Mas o vampirão malvado tem um título anterior a este, chamado Blood Omen: Legacy of Kain. Esta obra coloca os gamers na pele do Senhor do Mal e dá a opção de ele escolher a escuridão ou a benevolência.

No entanto, em todos os games posteriores Kain é visto com o um vampiro perverso. Ou seja, a própria história retrata a criatura como malvada, então, quem somos nós para contrariá-la?

  • Katamari Damacy

Se você acredita que assumir o papel do filho do “Rei de Todo o Cosmo”, criar uma esfera gigantesca que aglutina pessoas, casas, montanhas e tudo mais até proporções universais não é uma proposta de vilania, então você está convidado a repensar sua opinião. Será que Katamari não é um baita vilão?

  • Sheep Raider

Fonte: Divulgação/WBSheep Raider é um jogo com que qualquer criança que teve uma infância televisiva nos anos 80 sempre sonhou. Assuma o papel do Coyote e detone Papa-Léguas e as demais criaturas ovinas presentes no game.

  • Overlord

Um dos games mais recentes desta lista, Overlord coloca os jogadores no papel de um verdadeiro lorde das trevas. É preciso ter muita maldade para controlar as criaturinhas, chamadas de “minions”, no intuito de fazê-las destruir o que encontram pela frente e, sempre que possível, pilhar as vilas. O jogo apresenta algumas escolhas de maldade: você pode ser “mau” ou “mais mau ainda”.

  • City of Villains

City of Villains é o antagonista do MMO City of Heroes, funcionando ao mesmo tempo como uma espécie de expansão e stand-alone. Você cria seu próprio vilão, começa escapando de uma prisão e daí para diante a imaginação é o limite das maldades.

Alguns games só contam no fim...Estes SPOILERS podem estragar sua jogatina

  • Braid (SPOILER GIGANTE)

Braid é uma espécie de Mario um pouco mais intelectualizado e com um enredo mais elaborado. Você corre atrás de uma princesa durante o jogo inteiro, para só no fim da história descobrir que ela não foi raptada, e sim salva de você mesmo. Este jogo dá margem para muitas interpretações, principalmente uma famosa relação que fala sobre uma “metáfora à criação da bomba atômica”.

  • Shadow of the Colossus

Somente no final de The Shadow of the Colossus você descobre que, na realidade, foi manipulado desde o início. Cada uma das criaturas dantescas era, na realidade, uma inocente criatura que havia aprisionado uma antiga entidade perversa. Então, se você olhar pelo lado dos colossi, você é o vilão desde o início.

Adaptações de filmes e jogos politicamente incorretos por natureza.

Há títulos como Scarface, toda a franquia Grand Theft Auto (GTA), The Darkness e mesmo Darksiders, nos quais a própria proposta do game coloca os jogadores em posição de dúvida. Como justificar a ascensão na vida criminosa como sendo uma proposta heroica? Ou, no caso da adaptação do filme protagonizado por Al Pacino, Tony Montana vende drogas e mata inúmeras pessoas. Ele não poderia ser considerado uma espécie de vilão?

Fonte: Reprodução/listal
É ruim, mas eu gosto

Enfim, a vida real não permite que tomemos determinadas atitudes que às vezes gostaríamos. Portanto, nada melhor do que poder exercitar o potencial obscuro de sua mente em um dos games no qual a proposta é justamente esta: acabar com os heróis. Você conhece mais algum título que valha a pena que ficou de fora da lista? Comente!

Fontes: Altered Gamer, RPG Watch, Wikipedia, YouTube, Forum Nintendo Blast

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