Coluna: que tal brincar com alguns games de terror nesta Sexta-Feira 13?

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O primeiro game de terror que eu joguei foi justamente Sexta-Feira 13, para o Atari 2600. Na verdade o jogo era Halloween, mas por algum motivo desconhecido (talvez porque, em 1984, Jason era mais conhecido aqui no Brasil do que Michael Myers) ele foi renomeado por aqui.

O game tinha a trilha sonora característica da série, e o objetivo principal era salvar os amigos da loirinha que corria de salto pelo cenário. É claro que as limitações do Atari 2600 eram evidentes, mas o título tinha fases em que a luz piscava para aumentar a tensão. Caso o assassino encontrasse a mocinha pelo caminho, ele lhe cortava a cabeça fora.

Alone in The Dark foi o jogo que inventou o estilo survival horror. A trama inicia com o detetive Edward Carnby entrando em uma mansão assombrada e, logo no início, os monstros atacam de uma maneira que é quase impossível evitar. O game foi o primeiro a conseguir me colocar na pele do protagonista e me fazer sentir medo com um jogo.


Isso é um jogo ou um filme de terror?

No meio da década de 1990, Phantasmagoria aproveitou a moda dos “vídeos interativos” e trouxe atores reais para interpretar os personagens. A história coloca a protagonista Adrienne e seu marido vivendo em uma mansão com acontecimentos sobrenaturais. Os recursos de vídeo permitiam cenas muito realistas com os atores: sangue, violência e até mesmo um estupro estavam presentes, gerando muita polêmica.

Resident Evil aperfeiçoou o estilo inaugurado por Alone in The Dark. A trama também trazia atores reais, mas apenas durante as cutscenes. O primeiro jogo da série colocou os policiais do grupo especial STARS para investigar alguns desaparecimentos, e aos poucos eles descobrem que a região está infestada de zumbis.

O segundo game da série aprendeu com os erros do primeiro. Eliminou os atores em prol de animações em computação gráfica e trouxe uma dublagem mais bem trabalhada, pela qual era possível sentir a aflição dos personagens durante os diálogos. Resident Evil 2 também conseguiu tornar o clima mais assombroso com uma trilha sonora melhor e cenas de susto menos “clichês” que no primeiro título.

Medo em primeira pessoa

O campo dos jogos de tiro em primeira pessoa também não deixou de apresentar títulos de terror. Doom trouxe um ambiente cheio de monstros e medo, mas foi F.E.A.R. quem realmente chamou atenção dos amantes do gênero.

Muito terror psicológico aliado a momentos de intensa violência e ação frenética em um ambiente perturbador colocaram o game em uma posição de destaque. Eu passei algumas noites enxergando aquela menina de cabelos negros nos corredores do meu prédio.

Terror psicológico é mais assustador do que carnificina

Quando eu vi Silent Hill pela primeira vez na matéria de uma revista, imaginei que seria apenas um clone de Resident Evil. Não que isso fosse ruim, afinal de contas, eu era fanático pela franquia. Mesmo não depositando muito as minhas fichas no título, resolvi experimentar.

Foi uma das maiores surpresas da minha vida. Logo no início da história, foi difícil entender a proposta do game. Conforme andava pelas ruas desertas de Silent Hill, eu ia percebendo a atmosfera desconfortável do título com sons perfeitos, dublagem impecável e uma história cheia de mistérios que se desenrolam nos momentos certos.

Quando fui jogar Silent Hill 2 pela primeira vez, eu fiquei com um pouco de medo de que ele não superasse as minhas expectativas. Depois de ter entrado tão fundo no clima do primeiro jogo, será que o segundo estaria no mesmo nível  ou seria apenas uma cópia com gráficos melhores?

Depois de muitos anos, eu ainda não consegui encontrar defeitos no game. Até o final da trama, é impossível entender o que acontece e quem são os heróis, os inimigos ou o motivo de tudo aquilo estar acontecendo. A história vai se costurando aos poucos e, quando se conclui, é sensacional.

Todos os jogos da série conseguem reproduzir esses efeitos. A atmosfera criada pela Konami faz com que os jogadores tenham calafrios constantemente. Cada nota sonora reproduzida durante a aventura é detalhadamente posicionada com os acontecimentos, tudo para ambientar o jogador e trazer aquela sensação de desconforto e de que algo está muito errado — no bom sentido — com tudo nesse game.

O terror de Silent Hill não é o sangue ou a violência. Sim, ele possui esses elementos, mas eles são coadjuvantes. O terror que o título proporciona é psicológico, desconfortável. Eu comecei a jogar Silent Hill Downpour esta semana e tive a grata surpresa de constatar que o título, mesmo depois de tanto tempo, ainda não perdeu sua essência.

Medo no espaço

Dead Space mistura a ação da série Resident Evil com o suspense psicológico de Silent Hill. Quem teve o privilégio de entrar na pele do engenheiro Isaac Clarke conheceu o terror de perto. O desespero do herói em tentar entender o que acontece é simplesmente agonizante.

A trilha sonora é um destaque à parte na série, principalmente as dublagens muito bem produzidas. A riqueza de detalhes em Dead Space faz essa ser uma das melhores aventuras de terror que existem. Imperdível para qualquer gamer que se preze.

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