Coluna: como os video games conquistaram o mundo

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Quando os video games surgiram, eles não passavam de brinquedos relegados aos bares e fliperamas. Seus recursos limitados permitiam pouca interação entre os jogadores, as conquistas eram todas marcadas em pontos e aquele que conseguisse o maior placar tinha o direito de estampar seu nome na tela entre os principais. Para compartilhar a vitória com os amigos, era preciso que eles estivessem presentes no momento.

Os consoles domésticos surgiram e com eles novas oportunidades de interação entre os jogadores. Boatos de façanhas incríveis surgiam e a falta de algo que comprovasse sua veracidade os transformava em lendas entre os jogadores. Até hoje algumas pessoas clamam ter chegado ao final de Enduro – um jogo de corrida entre os mais famosos do Atari 2600 – com pódio e tudo. Eu particularmente nunca vi isso, e nem há provas de que ele exista, mas a falta de delas nunca me impediu de tentar.


A brincadeira ficou séria

Essa falta de recursos para registro das conquistas começou a desaparecer quando veículos especializados em games começaram a publicar as proezas dos jogadores. Esse parâmetro tornou-se padrão para muitos que começaram a bater recordes e mandar para as revistas suas façanhas. Apesar disso, video game ainda era considerado brincadeira. Lembro-me das vezes em que precisei sair escondido de casa para conseguir jogar na casa de colegas.

A evolução da tecnologia passou a proporcionar uma complexidade maior dentro dos jogos. Eu e mais três amigos montamos uma equipe somente para bater recordes e enviar para as revistas. Tudo devidamente documentado em fotos. Ser o detentor de uma conquista única e ter o nome publicado em uma revista especializada era fantástico. O sonho de muitos era ser um jogador profissional, viajar o mundo jogando video games demonstrando as habilidades em campeonatos.

A internet e a revolução dos jogos

A internet surgiu e em pouco tempo os jogos passaram a ter competições online. Times de jogadores agora podiam coexistir em qualquer lugar do mundo, acabando com as fronteiras. Os consoles não ficaram para trás e também passaram adotar o novo estilo — mesmo que no início a falta de organização das redes tenha mantido o negócio afastado dos jogadores menos hardcore.

As redes evoluíram e passaram de simples placares online para verdadeiras ferramentas de interação entre as pessoas. O que antes ficava restrito aos fliperamas, reuniões entre amigos e veículos especializados, passou a fazer parte das redes sociais. Os jogos já não são mais tão simples como eram antes. Os pontos, o maior parâmetro de comparação entre os jogadores, foi aos poucos sendo substituído pelas conquistas e troféus específicos.

Produções bilionárias

Os games passaram de simples brinquedos a verdadeiras obras-primas da tecnologia. Um título que antes era produzido em um dia por uma única pessoa agora pode envolver milhares de pessoas em produções de milhões de dólares. Roteiros envolventes e produções épicas ultrapassaram todas as fronteiras, construindo uma indústria maior que a do cinema. Se antes jogos derivavam de filmes, o que acontece agora é o contrário.

Hoje não é mais preciso fotografar a tela ou deixar o jogo parado até chamar um amigo para comprovar as façanhas. As vitórias vão imediatamente para as redes sociais, e toda a comunidade pode testemunhar. Você pode conhecer pessoas, fazer amigos de outras cidades e de outros países. Os jogos se integraram com as redes sociais e isso tudo resultou em uma comunidade que, conquista vitórias, participa e disputa os jogos. Não existem mais fronteiras ou limites.

Video game é coisa séria

Redes como o Steam, além de vender jogos, permitem que aventuras sejam vividas simultaneamente por pessoas de qualquer canto do mundo. Isso ocorre de uma maneira nunca imaginada por Nolan Bushnell — quando lançou o primeiro jogo eletrônico comercial em 1971. Sistemas como a OnLive nos permitem jogar títulos de última geração diretamente na nuvem. Jogar video game não é mais somente um passatempo. É uma experiência de vida.


Eu não consegui ser o melhor jogador do mundo, nem viajar participando de campeonatos internacionais como queria. Mas uma das conquistas eu consegui: jogo video game por profissão, e hoje posso relatar com conhecimento de causa como o mundo dos games evoluiu.

E vocês? Costumam compartilhar seus feitos nas redes sociais? Já fizeram amigos por causa disso? Não deixem de comentar suas conquistas abaixo.

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