Os video games que você provavelmente não conhece

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Fonte: Reprodução/Big Blog

Você nasceu antes de 1990? Depois de 2000? Ou na década de 1970? Talvez ninguém tenha visto o limiar da existência dos video games “oficiais”, não aqueles protótipos criados pela NASA para passar o tempo usando radares. Mesmo que você seja um gamer idoso de 70 anos e tenha percorrido por vários consoles ao longo da vida, é bem possível que algumas raridades tenham passado batidas pela sua geração, ou melhor, pelas gerações de consoles que passaram por sua vida.

Por motivos como impacto comercial, fraco acervo de jogos ou simplesmente ideias que parecem ter sido retiradas de um latão de lixo – oco, diga-se de passagem –, muitos consoles “exóticos” atravessaram a história dos games e merecem ser lembrados por suas peculiaridades, ou melhor, por suas breguices. É bem possível que você não tenha botado as mãos em algumas das relíquias que separamos adiante.

  • CD-i

Alguém aí se lembra daquela antiga ideia da Nintendo em meados dos anos 90 de embutir um leitor de CD-ROM no Super Nintendo? Seria uma resposta da “Big N” ao SEGA-CD da SEGA, outro fracassado.

Fonte: Reprodução/Gamehall

Depois de idas e vindas num acordo entre Sony e Nintendo para a empreitada, o projeto acabou amarelando e a Philips da Alemanha desembainhou sua espada para tentar se aventurar na negociata, até então inédita para a companhia. A Nintendo largou o abacaxi nas mãos da Sony, que o usou para fazer, vejam só, o primeiro PlayStation. Que coisa, não é mesmo?

E dessa parceria entre Nintendo e Philips surgiu o obscuro CD-i por volta de 1991, um aparelho que prometia zilhões de funções multimídia e era tosco em tudo. O curioso é que três jogos da série Zelda, uma das franquias de ouro da Nintendo, tiveram a infelicidade de ser lançados ao CD-i: Link: The Faces of Evil, Zelda: The Wand of Gamelon e Zelda’s Adventure. Não pergunte a Shigeru Miyamoto o que ele acha dessas “obras”. Vejam só uma amostra:

  • Atari Lynx

O Atari 2600 você já conhece. Até mesmo os modelos 5200 e 7800 devem passar pelo seu subconsciente. Existem outros ainda mais obscuros de que talvez só 0,01% da população tenha tomado conhecimento.

Fonte: Reprodução/Wikimedia

Mas o Atari Lynx correu por fora e pode ter passado despercebido nas gerações passadas. Ele foi nada menos que o primeiro console portátil a ter tela colorida na história! Seu lançamento ocorreu em 1989; dois de seus projetistas trabalharam do desenvolvimento do computador AMIGA. Sinistro.

O console foi concebido para concorrer com o Game Gear, da SEGA, e o “rei” dos portáteis, o Game Boy, da Nintendo. Infelizmente, o aparelho da Atari acabou no esquecimento devido ao alto custo – cerca de 180 dólares na época – e ao poderio superior de seus concorrentes.

  • TurboGrafx-16

Esse talvez esteja um pouco mais inserido no hall das velharias famosas, mas vale mencioná-lo em função de sua proposta relativamente promissora para a época.

Fonte: Reprodução/Digital Battle

O TurboGrafx-16 foi lançado em 1987 numa parceria entre a NEC e a Hudson Soft (é, essa mesma, a que lançou Bomberman ao mundo). A denominação original do console era “PC Engine”. Como teve relativa aceitação nipônica, aportou nos EUA como TurboGrafx-16, mas não obteve o mesmo êxito com os americanos.

Os jogos eram distribuídos em cartões de memória batizados de “TurboChip”. Um aspecto interessante do console é que ele aceitava alguns upgrades para expandir suas capacidades. O último upgrade conhecido foi o Arcade Card, que aumentava a memória RAM do aparelho e permitia rodar jogos mais complexos à época. Algumas conversões de jogos consagrados do Neo Geo chegaram ao console, como Art of Fighting e Fatal Fury Special.

  • Neo Geo Pocket Color

Não é tão antigo, mas o Neo Geo Pocket Color esteve praticamente fora do mainstream. Proposta de console portátil da SNK lançado em 1999, o aparelho chegou ao mercado para competir com o “líder da turma”, o Game Boy Color, da Nintendo, e também para substituir seu antecessor, o Neo Geo Pocket – que por acaso ficou mais conhecido do que a versão em cores.

Fonte: Reprodução/Neogeoforlife

As diferenças técnicas entre o Neo Geo Pocket e o Neo Geo Pocket Color são mínimas, a não ser pela tela colorida e por um recurso curioso: o portátil em cores podia ser ligado ao Dreamcast, que morreu na praia também.

Alguns games célebres da biblioteca da SNK, como King of Fighters e Samurai Shodown, ganharam versões notáveis para o Neo Geo Pocket Color. Ainda assim, o aparelho não foi páreo para o portátil da Nintendo.

  • WonderSwan

Outro aparelho que chegou ao mercado para competir com o Neo Geo Pocket Color e o Game Boy Color em 1998, além de fomentar a indústria dos consoles portáteis.

Fonte: Reprodução/The Old Computer

Até onde se sabe, o WonderSwan foi lançado pela Bandai (antes da junção Namco Bandai) apenas no Japão e também teve um substituto posteriormente, o WonderSwan Color, versão com tela em cores.

Estão enganados aqueles que pensam que a possibilidade de visualização horizontal ou vertical é algo tão novo ou idealizado pelos smartphones e tablets. O WonderSwan podia ser jogado vertical e horizontalmente e possuía um acervo de jogos razoavelmente considerável, com muitos títulos baseados em animes da época – já que foi um console especialmente voltado ao mercado japonês – e apoio de gigantes como Capcom e Square. Quase nenhum jogo tinha textos em inglês.

  • Apple Pippin

É isso mesmo que você leu. Um video game da Apple! O “mitológico” Apple Pippin foi um console produzido pela Apple Computer em 1995 fadado ao esquecimento devido à enxuta quantidade de títulos disponíveis.

Fonte: Reprodução/Geração N64

O desenvolvimento do console foi terceirizado e ficou a cargo da Bandai. O nome comercial do video game foi Apple Bandai Pippin após o acordo. Com arquitetura de vídeo de 16 MB e podendo emular um overclock de até 32 MB, o console foi lançado no ápice da geração 32 bits, em que o SEGA Saturn, o PlayStation e o Nintendo 64 (que destoava um pouco dos outros pela configuração diferenciada em 64 bits, como todos sabemos) dominavam a maior fatia do mercado.

Além da biblioteca de títulos praticamente nula, o Apple Bandai Pippin chegou às prateleiras norte-americanas pela bagatela de 599 dólares. Nem 50 mil unidades chegaram a ser comercializadas no mundo, segundo a revista PC World, que também elegeu o console como o “22º pior produto de todos os tempos”. É melhor continuar deletado da nossa memória.

  • Gizmondo

Esse console portátil não foi lá tão desconhecido e é relativamente recente, pois foi lançado em 2005 e morreu no ano seguinte.

Fonte: Reprodução/Howstuffworks

“Competindo” com o N-Gage, da Nokia (outro fracassado), o Gizmondo possuía tecnologias GPS e GPRS. Quando foi lançado, contava com um acervo de 14 jogos, incluindo uma versão de FIFA Football 2005 e SSX 3.

Dizem que parte do fracasso do console deve ser creditada a Stefan Eriksson, um dos executivos por trás do projeto, que se envolveu com o crime organizado em um suposto esquema de porte de drogas e fraude bancária. Uma lástima, pois mais de 30 jogos foram cancelados após o episódio.

Já jogou algum deles?

Talvez você já tenha jogado os consoles citados aqui ou nem sequer ouvir falar em algum deles. Ou ainda saiba de mais video games “exóticos” que estão por aí.

O fato é que existem muitas coisas obscuras nesse universo. Bizarras algumas das propostas acima, não é mesmo?

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