Se você pudesse escolher um remake, qual seria?

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Não existe uma fórmula para o sucesso e muito menos para a longevidade de uma ideia. Por mais que tenhamos várias franquias de peso em nossos consoles, nada garante que elas vão durar para sempre. São aqueles “15 minutos de fama” que tanto ouvimos falar. Elas podem estar por cima hoje, mas o futuro ainda é incerto.

É por isso que é tão comum vermos séries que gostamos tanto serem “degradadas” aos poucos. Tentativas de reformular uma estrutura bem consolidada são soluções ousadas que nem sempre dão certo — e esse erro pode ser fatal, enterrando um personagem ou seu legado de uma vez por todas.

Desse modo não é difícil entender o porquê de os remakes e reboots serem tão importantes. Por mais que muita gente torça o nariz à primeira vista, são eles os responsáveis por resgatar uma ideia e atualizá-la, encaixando-a nos novos tempos. Por mais genial que seu jogo favorito tenha sido na década passada, nada garante que a mesma estrutura vai funcionar hoje em dia. Reimaginar a estrutura para adaptá-la aos novos padrões e formatos é a verdadeira função de uma recriação.

E os estúdios realmente perceberam o potencial dessa “ressurreição” de velhos nomes. Basta ver os recentes DmC: Devil May Cry e Tomb Raider, que reiniciaram franquias famosas e adicionaram novas características aos personagens e à jogabilidade, criando algo que os fãs há anos esperavam.

É por isso que, pegando carona nessa tendência de mercado, decidimos relembrar algumas franquias que mereciam uma segunda chance nos consoles atuais. E nada melhor do que reunir a equipe do TecMundo Games e os próprios leitores do site para sugerir algumas ideias que poderiam dar certo — ou não.

Durval Ramos – Redator
Pokémon Trading Card Game

O Wii U está vendendo pouco? Simples: basta lançar um Pokémon para ele e a situação começa a melhorar. E para aproveitar o que o console realmente tem a oferecer, a Nintendo poderia ressuscitar uma série que está morta há algum tempo e apostar em uma estratégia que já deu muito certo com Skylanders, por exemplo.

A ideia é lançar uma nova geração de cartas — o baralho físico mesmo — com um tipo de tecnologia capaz de se comunicar com o NFC do GamePad. Assim, bastaria aproximar o card do controle para que ele fosse transferido para o jogo. Quase um Yu-Gi-Oh da vida real.

Adicione a isso uma jornada ao estilo dos games para portáteis — com cidades, ginásios e torneios — e funções online e você tem uma máquina de imprimir dinheiro. Isso faria não apenas com que o game vendesse horrores, como também impulsionaria o comércio de decks e boosters em todo o mundo.

Nintendo, não precisa me pagar pela ideia: apenas faça isso.

Felipe Demartini – Redator
Need for Speed: Underground 2

Ao contrário do que muita gente provavelmente esperava, não, eu não quero um remake de Resident Evil 2. Se há um game do passado que eu acho que se daria muito bem na atual geração é Need for Speed: Underground 2, o melhor da série até a chegada do recente Most Wanted. Nas mãos da Criterion, o mundo aberto do game e todas as possibilidades de tuning ganhariam características muito mais interessantes do que as originais.

Cássio Barbosa – RedatorDino Crisis

O primeiro jogo da série Dino Crisis ainda hoje traz algumas boas memórias. Afinal, era um survival horror que unia dinossauros (inimigos rápidos e letais) com uma história empolgante e uma protagonista marcante. Mesmo numa levada semelhante aos últimos jogos da série Resident Evil, um game que trouxesse Regina em toda a glória da alta definição, juntamente com uma jogabilidade renovada, mereceria a minha atenção.

Ricardo Fadel – Editor

Rock n' Roll Racing

É realmente preciso dizer o motivo pelo qual seria ótimo ter um remake do game que mistura rock e corridas insanas? Quem já passou horas e horas se divertindo com veículos malucos ao som de músicas agitadas sabe que ainda não há um game moderno capaz de se equiparar à proposta de Rock n' Roll Racing.

Pois é, imagine o clássico do Super Nintendo com visuais em alta definição, carros ainda mais loucos, pistas de dar nó no cérebro... E mais rock, é claro. Seja no PC, no PS3, no X360, no Wii U ou nas plataformas de nova geração, tenho certeza de que milhares de jogadores ao redor do globo ficariam maravilhados com um ressurgimento do jogo.

Igor Pankiewicz — Editor
Rock n' Roll Racing

De todos os jogos e franquias que fizeram parte da minha infância, esse é um que simplesmente... Morreu.

Nada de continuação (e não venham me falar sobre a aberração do Red Asphalt, não vale), nem mesmo relançamentos remasterizados. É uma pena, já que as características dele poderiam dar origem a um dos melhores jogos de corrida arcade já criados - para a próxima geração inclusive.

Apenas imaginem: lasers e mísseis voando para todos os cantos, pilotos nada amigáveis de todos os cantos da galáxia, alienígenas se arrebentando em pistas que vão de uma praia perigosa às geleiras mais infernais. Peguem tudo isso, mantenham a dose de diversão, a trilha sonora clássica com as músicas ainda sem vocal (com guitarras solando no lugar das vozes) e somem ao conjunto cenários com destruição em tempo real, atalhos e armadilhas, campos minados e outras loucuras.

Carros ferozes com upgrades também não podem faltar. Quem sabe até mesmo algumas opções com um toque de RPG por trás da trama? Uma pena que tudo não passa de um sonho. O nome Rock n' Roll Racing continuará enterrado... Junto com outros destaques da antiga Interplay.

André Luiz "Oda" PereiraBushido Blade

Em tempos de Soul Calibur, jogo realmente divertido em que você consegue ver uma moça de 40 kg lutar de igual com sua espadinha de 50 cm contra um cavaleiro de armadura e uma espada montante, um remake de Bushido Blade seria uma boa pedida. O jogo, lançado pela então apenas Squaresoft, colocava samurais em batalhas que poderiam durar segundos.

O seu diferencial era o realismo, então uma passada com a lâmina no ventre do seu oponente era necessário para que a vitória fosse sua. Aplique a física dos consoles atuais (e da próxima geração), gráficos aprimorados e a possibilidade de desmembrar antes de matar e pronto. Agora eu quero jogar isso o quanto antes.

Paulo Guilherme – RedatorImg_normalThe Legend of Zelda

Não há como negar que a fórmula de Zelda está cansada (para dizer o mínimo); por isso, acho que ela é a franquia que mais precisa de uma repaginada. E o mais interessante aqui é que existem diversas soluções diferentes para o problema – um clima um pouco mais obscuro ou simplesmente tirar por completo o foco de “pegue a espada mágica para derrotar o vilão” já ajuda bastante.

Gustavo Bonato – Editor-chefeRoad Rash

A série de corrida de motocicletas violenta da Electronic Arts já está em tempo de ser relançada, pois seu caráter cooperativo é algo que foi muito buscado nessa geração pelos jogadores e desenvolvedores.

Não precisamos ter que "melhorar muito" os Road Rash mais antigos — essa mania feia da indústria de relançar remakes querendo refazê-los completamente. Basta focar nas raízes da franquia, sem almejar realismo e nem precisar incrementar um mundo aberto, mas sim manter corridas para lá de insanas e cheia de porradaria online.

Afinal, sair com colete de couro ao lado de um amigo na garupa com muitos pedaços de pau para fugir da polícia e massacrar as gangues rivais já é o suficiente.

Renan Hamann - Redator
Full Throttle

Full Throttle é um dos jogos que mais marcou a minha vida, pois foi um dos primeiros games com que tive contato. Mais do que isso, trilha sonora, jogabilidade e história muito bem feitas fizeram dele um dos meus títulos favoritos até hoje. Tenho certeza de que Ben e os Polecats ficariam muito bem nas novas gerações de games.

Imagino que um remake de Full Throttle sem gráficos realistas, trazendo talvez a linha "Brutal Legend" um pouco melhorada. O que seria principal aqui seria trilha sonora, com muito mais qualidade, graças aos novos recursos que a tecnologia possibilita. A história também poderia ser um pouco mais explorada, garantindo mais tempo de jogo.

Hiniro No – Moderador
Megaman Zero

Jogo Mega Man há mais de 15 anos e é, de longe, a franquia que eu mais gosto. Parte da minha identidade gamer foi consolidada graças aos vários jogos que a série proporcionou e é triste vê-la tão jogada às traças. Particularmente falando, as minhas preferidas são a série X e Zero. Até hoje espero por um X9 para explicar todas "pontas soltas" aparentemente propositais do X8, porém devido à dificuldade de acesso, gostaria de ver a série Zero em um remake ou até mesmo em reboot. O primeiro ponto que me faz escolher Mega Man Zero é o fato de ser exclusivo para GBA e DS. Outro ponto é em relação à história, que considero complexa. Mesmo sendo uma continuação direta de Megaman X, o nível de seriedade é maior deixando os pontos infantis de lado.

Apesar de Megaman Zero ser quase uma blasfêmia aos outros jogos – como pistola no lugar da Buster e evolução de armas a partir de pontos de experiência – as mudanças de jogabilidade que tornaram o game um híbrido de RPG e aventura me agradaram. Mesmo que a Capcom anunciasse um Zero de patins e cabelo verde eu aguardaria pelo jogo.

Carlos Eduardo Liesemberg — Redator

Conker's Bad Fur Day

Conker's Bad Fur Day foi uma porrada igualmente lúdica, obscena e engraçada. Partindo de um mundo aberto completamente caótico — com abelhas enfrentando questões de infidelidade, bolas de feno que eram também relíquias da Guerra Fria e inúmeras formas completamente idiotas de morrer —, a Rare o conduzia por um labirinto de diversão simultaneamente leve e escatológica.

E o que dizer da música sombria executada em um cravo logo no início, enquanto o protagonista (um esquilo-vermelho) dá um prólogo às suas desventuras? É claro que isso deveria renascer! É de se perguntar por que a Rare enrolou tanto, inclusive.

Danilo Amoroso – Apresentador
Coletânea Checkpoint da Nostalgia

Sou um cara extremamente nostálgico, tanto que até hoje tenho jogos que curtia há 15 anos (alguns até há mais tempo). Sou tão saudosista que, na verdade, não gostaria exatamente de remakes modernizados, mas sim versões compatíveis com as plataformas atuais.

Alguns títulos marcantes para mim incluem Titanic: Adventure Out of Time, que tem uma ambientação fantástica do navio e uma trama bem interessante, Grand Prix 2, um baita simulador de Fórmula 1, e Grand Prix World, um jogo manager de Fórmula 1 excelente.

Outros títulos que me marcaram e que poderiam ser relançados são o primeiro Police Quest, Wolfenstein 3D, Crime Patrol, os primeiros Leisure Suit Larry, Full Throttle, o primeiro Rainbow Six e Grim Fandango.

Mateus Rodrigues — Leitor do BJImg_normal
Prince of Persia

Prince of Persia foi uma das primeiras franquias da Ubisoft que eu tive contato, e só comecei Assassin's Creed por ser inicialmente uma sequência. E apesar de a série ter surgido antes que a saga dos assassinos, apostar em um clima mais histórico pode não ser mais tão interessante. Por isso, poderiam apostar em um jogo que misturasse o místico com o real, com muita violência gráfica e principalmente uma história de explodir cabeças. Perceberam alguma coisa? Sim, eu descrevi o Prince of Persia Warrior Within. Acho que é o estilo de jogo adequado para um reboot.

Ariel Ayres — Leitor do BJ
Onimusha

Um jogo encantador em vários aspectos. História, mecânicas, jogabilidade; tudo parece funcionar bem numa das melhores — senão a melhor — séries de samurais de todos os tempos. Principalmente o terceiro game, que contou com a participação especialíssima de Jean Reno e do retorno de Samanosuke. Imagino que se mantendo nos moldes de Onimusha 3, a franquia tem tudo pra dar certo na geração atual e, quem sabe, até na próxima. Particularmente espero que a Capcom possa abrir os olhos para fazer esse retorno e, com isso, abocanhar essa fatia do mercado que parece meio esquecida, que é a das histórias de samurais e toda sua mitologia. Com todas as armas, armaduras, habilidades e mecânicas, que a franquia Onimusha retorne em toda sua glória.

Bruno Oliveira Teles — Leitor do BJ
Croc

O jogo nunca foi conhecido pela sua história incrível, mas o nível de diversão era muito grande. Assim como o clássico Crash, ele era simples, mas com um nível de dificuldade considerável. Um remake seria legal por trazer de volta uma franquia que divertia, com um personagem carismático (apesar de mudo), uma boa dose de desafio, uma trilha sonora legal e também pra trazer diversidade pra uma geração em que a maior parte dos jogos é de FPS ou luta. Rayman mostrou que jogos desse tipo ainda fazem sucesso hoje em dia — desde que a ideia tenha uma boa execução.

Paulo Morosov — Leitor do BJImg_normal
Série Chrono

Um remake de Chrono Trigger e Chrono Cross em HD, com atuações de vozes (a dublagem se tornou algo quase que necessário em um game atual), remasterizações de música (alguns temas orquestrados para emocionar os nostálgicos), melhorias de algumas mecânicas de jogos, como o sistema de combate, e possivelmente algo que expandiria a vida do game, como uma Quest+ no estilo do Zelda de NES.

Paulo Dobre — Leitor do BJ
Resident Evil

Imagine os três primeiros Resident Evil em um único remake. A jogabilidade deve ser pautada no Resident Evil 6 (visão em terceira pessoa, possibilidade de atirar caminhando e demais movimentos), entretanto, deveria voltar ao terror dos games iniciais, bem como os puzzles que o consagraram. Outro ponto importante seria a munição ser escassa como era, obrigando você optar entre matar ou fugir do zumbi. Eu ficaria muito feliz se os desenvolvedores pensassem assim e não em fazer o jogo parecer um filme de ação ou Uncharted, apenas pra ganhar dinheiro.

Leonardo Paulo — Leitor do BJImg_normal

Dante's Inferno

Sei que o jogo é novo, porém ele tem um universo tão rico e cheio de possibilidades que chega a ser um sacrilégio o que a EA fez com ele. A começar pela história, que já começa sem muito sentido — ele era um templário que lutava com uma foice e morreu em combate. Creio que, se o game começasse com ele se matando para ir atrás de Beatrice, seria algo mais justificável. Ao menos explicaria o porquê de a Morte levá-lo para o Inferno.

Outra coisa que poderia melhorar no jogo são os encontros com os familiares de Dante, enfrentá-los no inferno foi o que me fez desanimar do jogo, eu esperava demônios, criaturas bestiais, etc. Agora enfrentar o pai com uma cruz que Dante abençoa os mortos não faz sentido. O novo jogo também deveria ter uma maior variedade de inimigos e de cenários.

Por fim, acredito que a franquia tem um universo amplo e, se bem explorado, renderia tranquilamente uma trilogia somente em cima do Inferno.

Gabriel Rompa — Leitor do BJ

Castlevania

O último Castlevania foi ótimo, mas acho que a série merece um jogo mais ousado, colocado em gráficos melhores, protagonista em um tamanho maior — como no novo Tomb Raider —, tal como os inimigos, cenas mais interativas, com mais ação, e um chefão final um pouco mais criativo.

Luan Olimpio — Leitor do BJ
Mother/EarthBound

A Nintendo poderia aproveitar o destaque e o visual que o jogo teve nos últimos Super Smash Bros. para repetir aquilo que foi feito com Kid Icarus. Essa é uma franquia que a “Big N” esqueceu, mas até hoje tem um status bem cult como um RPG único. A Nintendo está precisando mesmo de franquias exclusivas, porque não usar uma que já tem?

Gustavo Parra — Leitor do BJ
Crash Bandicoot

O Crash do PSOne era realmente divertido, com um sorriso insano na cara e o olhar confuso — nada de Crash tatuado! Outra possibilidade seria a opção de jogar a dois, com desafios e fases cooperativas entre o herói e Coco. Os vilões poderiam ser realmente bizarros e excêntricos, com falas bem marcantes e irônicas. Podiam até abordar mais as corridas parecidas com o Crash Tag Team Racing e a trilha sonora de Crash Twinsanity.

Mateus Tomagnini — Leitor do BJ
Final Fantasy VII

Imagino um remake chamado Final Fantasy Soldier e seria focado em Cloud e Zack, fazendo com que a história fosse desde os acontecimentos de Crisis Core: Final Fantasy VII até o clássico do PSOne — e trazendo o filme “Advent Children” como um possível extra. A trama permaneceria inalterada e poderia ser tanto dividida em duas campanhas, uma para cara personagem ou em capítulos.

A história ainda seria essencial, mas é possível ir muito além com mini games, missões extras, armas secretas e as velhas Weapons. Tudo aquilo que já é tradição da série Final Fantasy deveria estar lá e melhorado.

A jogabilidade teria traços de Kingdom Hearts 2, unindo ação e RPG. Depois de vermos Advent Children, todos queremos fazer aqui em um jogo: pular, atacar, soltar magia, usar Materias e em pleno ar é algo que traria emoção a FF Soldier, dando mais controle ao jogador e deixando-o menos “refém” dos números. Seria possível até mesmo encaixar um multiplayer online, embora como um extra para os fãs.

Final Fantasy Soldier — Every soldier has his story.

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