5 motivos pelos quais o acessório Game Shark foi extinto

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Fonte da imagem: Reprodução/Mad Catz

Se você tem seus 20 e poucos anos, certamente já usou a frase “Tá usando Game Shark, seu patife”, quando um adversário conseguiu fazer algo absurdo em um jogo. O acessório fez parte da realidade de muita gente, principalmente nos anos 90, ativando cheats em jogos de diversas plataformas, como NES, Super Nintendo, Mega Drive, PlayStation e Nintendo 64.

Só que, por mais que tenha sido uma constante em muitas vidas, o Game Shark sumiu do mapa, tornando-se apenas uma simples lembrança na mente de jogadores. Por que ele foi extinto?

Mas o que exatamente é um Game Shark?

Você, jovem pueril que não faz ideia do que seja um Game Shark, pode ficar tranquilo, pois explicaremos o que era esse acessório. Game Shark era um cartucho ou CD que permitia desbloquear cheats para diversos games.

Fonte da Imagem: Reprodução/Wikimedia

Você deveria incluir códigos que liberavam mais vidas ou invencibilidade, munição infinita, personagens secretos, seleção de fases e, até mesmo, poderia desbloquear elementos que desenvolvedores deixaram de fora do jogo, mas não do cartucho/CD. Ele, basicamente, conseguia modificar o código do game.

Se o Game Shark era um acessório tão divertido e legal, por que acabou morrendo?

1)DLC

A última geração que teve um Game Shark como todos conheceram foi a era dominada pelo PlayStation 2. Depois, com o advento das redes online, surgiu uma opção rentável para as produtoras que substituía a necessidade de um acessório dessa natureza. Sim, estamos falando dos DLCs.

Pegue como exemplo a Capcom. A empresa japonesa foi muito criticada por ter lançado jogos, como Street Fighter x Tekken, nas lojas com conteúdo adicional bloqueado no disco. A ideia da companhia era vender um DLC que desbloqueava personagens e roupas especiais, que já estavam no DVD/Blu-Ray do game. Com acesso a um Game Shark, seria possível desbloquear isso com poucos códigos.

Acho que já dá pra perceber por que desenvolvedoras veriam o Game Shark como um problema, não é mesmo?

2)Mudanças na dificuldade dos jogos

Sejamos sinceros: os jogos atuais são extremamente mais fáceis quando comparados a clássicos antigos. Existe aquele ditado que diz que, enquanto os jogos atuais são feitos para serem derrotados por você, antigamente jogos eram feitos para derrotar você.

Cena de Contra H.A.R.D. Cops, jogo em que você  morria com um tiro (Fonte da imagem / Konami)

Em anos passados, para saber como passar de uma fase mais complicada, você precisava fazer tudo “na raça” ou esperar uma revista com um detonado (que nem sempre era muito bom). Para algumas pessoas, aquilo era um desafio. Para outras, uma chateação. Aí entrava o Game Shark. Com alguns códigos, você tinha vidas e energia infinitas e poderia tentar passar da fase até o fim dos tempos.

Com a evolução dos games e com uma concorrência louca entre diversos títulos, jogos tiveram que se adaptar ao público que os consome. Por isso, e por causa de DLCs, o Game Shark começou a se tornar algo desnecessário.

3)Jogatina online

Ninguém gosta de cheaters em uma partida online. Não tem nada mais irritante que você conseguir jogar muito bem, só para ter um oponente que simplesmente não morre. Diversas empresas lutam contra esse tipo de jogador, evitando que eles sejam a maioria em partidas online.

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Agora, pense em um aparelho vendido abertamente que serve apenar para usar cheats em games. Por padrão, ele seria visto como “o câncer que está matando os jogos”, mais ou menos como DLCs são vistos por alguns gamers.

“E se ele funcionasse só no modo offline?”, você pergunta. Então, surge o argumento “Troféus e achievements”. Com o jogo modificado ao seu favor, seria muito mais fácil platinar/conseguir todos os achievements para as pessoas usando o Game Shark do que para jogadores que tentaram isso do jeito correto. Aqui, a questão é ser justo com os gamers que se esforçaram de verdade.

4)Medo de hackers e pirataria

Veja bem, é de conhecimento de todos que os sistemas de Wii, Xbox 360 e PlayStation 3 foram explorados por hackers. É algo que não podemos negar, mas que, no caso do PlayStation 3, demorou para acontecer. Talvez, utilizando acessórios como o Game Shark, que basicamente traz um apanhado de chaves para desbloquear elementos de jogos, seria mais fácil conhecer as entranhas de um console e ter conseguido explorá-lo antes.

Fonte da imagem: Minecraftgallery

Existe a possibilidade de o Game Shark não ser capaz de abrir essa porta para hackers, mas a simples noção de um acessório que faz com que jogos ou um sistema não operem da exata maneira a qual foram concebidos é mal vista pelas empresas de video game. Talvez isso tenha feito o Game Shark sumir como todos o conheciam.

5)A empresa por trás do acessório faliu

Tudo o que falamos sobre o saudoso Game Shark é só especulação. É apenas o que achamos que aconteceu para não termos versões dele para consoles da geração atual, mas existe uma explicação para o sumiço. A empresa por trás do Game Shark faliu.

A Recoton, empresa que detinha os direitos de fabricação, faliu e o nome “Game Shark” parou em posse da Mad Catz, companhia que lança diversos periféricos para consoles e PCs. Hoje em dia, o nome “Game Shark” deixou de ser usado como acessório para cheats e é vendido como aparelho de salvamento de jogos.

Se nenhum desses pontos levantados fossem relevantes, o Game Shark funcionaria no mercado atual? Provavelmente não, já que os tempos são outros, o público é diferente. Mesmo assim, o que você acha disso? Compraria um acessório como o Game Shark (ou seu concorrente Game Genie) ou tentaria ficar o mais distante possível de um?

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