10 jogos que deram saltos gráficos com os anos

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Dizer que uma franquia realmente “melhorou” com os anos é algo bastante complicado. Como disse o produtor do novo Thief, Joe Khoury, partindo de antemão em defesa do reboot, “arte é algo complicado de se julgar”. De fato.

Entretanto, quando se trata de gráficos, unicamente, a coisa fica um tanto mais fácil. Sobretudo quando o assunto em pauta é a melhoria gráfica pautada em uma representação tal e qual do mundo sensível à nossa volta — digamos, sem entrar no departamento dos gráficos estilizados ou das simplificações deliberadas a fim de oferecer doses de nostalgia.

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Em outras palavras, trata-se dos famosos gráficos “ultrarrealistas”... Ou daqueles que tentam ser. Aí sim, de acordo com esse critério, fica fácil perceber que há uma boa distância entre, digamos, um GTA V e um daqueles títulos do Atari 2600 que se esforçavam para convencê-lo de que o seu herói era um ser humano e não um guaxinim.

Na verdade, basta olhar para a evolução de algumas franquias para perceber que o grau de “abstração” diminuiu muito com os anos. Quer alguns exemplos? Bem, vamos a eles.

1. Grand Theft Auto

Quem tem o belo e lustroso GTA V na prateleira de jogos hoje talvez não se lembre dos primórdios da franquia. Bem, as imagens aí embaixo podem ajudar.

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Passamos de um top-down bastante singular — que já era bastante decente em GTA 2, pelo menos para a época — à maravilha dos polígonos virtuais de GTA 3 para, por fim, desembocar na megalópole texturizada da quinta edição. Uma longa jornada, sem dúvida.

2. The Legend of Zelda

Lá se vão longos anos desde as primeiras desventuras do herói semi-genérico Link, lá na época do Nintendinho. Como se esquecer da emblemática apresentação do amigo próximo de “Bagu”? Cordialmente, ele dizia: “I am Error (sic)”, em The Legend of Zelda 2.

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A franquia experimentou um salto considerável ao passar para os 16 bits do Super Nes, sem dúvida. Posteriormente, cavalgar com a Epona pelos prados de uma renovada Hyrule poligonal deve ter arrancado lágrimas de muito marmanjo. Por fim, ao menos do ponto de vista gráfico, Zelda experimentou seu mais recente salto com Skyward Sword.

3. Final Fantasy

Os primeiros Final Fantasy foram uma verdadeira revolução para o entretenimento eletrônico, não há dúvida. Entretanto, não se pode dizer que aqueles gráficos propriamente acompanhavam a proposta de mundos maravilhosos regidos por magias e por forças do “Bem” e do “Mal”. Tudo era ainda incrivelmente abstrato e, no fim das contas, em alguns pontos acabava-se quase com um tabuleiro — cabia à sua cabeça dar vida à trama.

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Bem, mas se o maniqueísmo se manteve relativamente o mesmo desde meados dos anos 80, o mesmo não se pode dizer dos gráficos ostentados pela série. Basta comparar, digamos, o primeiro Final Fantasy com o suprassumo tecnológico encontrado a partir de FF XIII, mesmo no controverso FF XIV. As “capas” e as “espadas” nunca foram tão convincentes — embora estas ainda insistam na desproporção, curiosamente.

4. Tomb Raider

Você provavelmente já deve ter ouvido a história sobre a colossal “comissão de frente” de Lara Croft. Conta-se que, ao criar a sua heroína multivirtuosa, Toby Gard teria brincado com as barras de dimensionamento, provocando o aparecimento de seios que desafiavam o centro de gravidade da moça — o que, entretanto, acabou agradando.

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Entretanto, há quem diga também que a grande questão era a dificuldade de fazer com que um personagem forjado em alguns pouco polígonos virtuais se parecesse com uma mulher — era preciso exagerar para que Lara não se parecesse com o símbolo do W. C. feminino. De qualquer forma, a despeito dos rumos tomados pela trama, é inegável que a volúpia da Srta. Croft ganhou muito mais realismo nos títulos recentes.

5. The Sims

Ok, é verdade que a diversão de matar um Sim afogado na piscina — ou trancafiado por paredes ou sabe-se mais de que jeito — já trazia aquela dose de diversão sádica há mais de 10 anos.

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Entretanto, de lá para cá não apenas o cotidiano caricato da franquia se tornou mais verossímil como os próprios ratos de laboratório passaram a apresentar expressões e traços corporais muito mais convincentes. Não, provavelmente a EA ainda não chegou ao patamar de Heavy Rain mas... Honestamente? Essa jamais parece ter sido a ideia.

6. Pokémon

Na época do saudoso Game Boy “tijolão”, um título realmente precisava ser bom para conseguir emplacar. Afinal, aquela telinha esverdeada não trazia propriamente um deleite sensorial. O ponto positivo disso, sem dúvida, é que games como Pokémon ganhavam tempo para mostrar uma proposta que, talvez, não pegava de cara... Mas, quando viciava, era um caso sério.

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De qualquer forma, também o colecionismo de monstrinhos da Nintendo experimentou um enorme salto gráfico desde suas primeiras investidas. Basta olhar para os recém-lançados Pokémon X e Pokémon Y para constatar que se tornou muita mais fácil diferenciar um arbusto de um NPC (personagem controlado pelo computador).

7. Call of Duty

Já nascido num período de glória tridimensional, CoD é uma franquia que, relativamente, talvez não tenha um contraste assim tão grande — caso se tenha como referência, digamos, o Mario que subia escadinhas e saltava barris daquele de Super Mario Galaxy.

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Entretanto, lá se vão dez anos desde que o primeiro Call of Duty resolveu oferecer sua primeira leitura da Segunda Guerra Mundial — provavelmente o conflito histórico mais retratado da história do entretenimento eletrônico. Isso, é claro, se faz sentir, sobretudo em uma franquia cujo sucesso é praticamente medido pelo progresso gráfico.

8. Mario

Certamente um dos maiores contrastes que se podem encontrar nesta lista. Mesmo que você desconsidere a primeira aparição do encanador bigodudo da Nintendo — em que ele se chamava Jumpman e tentava salvar uma princesa ainda sem nome do então maldoso Donkey Kong —, o salto ainda é bastante notável.

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Senão, basta comparar o primeiro Super Mario Bros. lançado para o saudoso Nintendo 8 bits com, digamos, o vindouro Super Mario 3D World. Quanto mais cogumelos, mais realista se torna a jornada, ao que parece.

9. FIFA

Antes de torcer o nariz para os gráficos do saudoso FIFA 94, lembre-se que, não muito tempo antes, os jogadores de Atari 2600 precisavam saciar sua vontade de futebol virtual com três pontos pretos interligados que chutavam uma bola que muito se parecia com eles. O título original também foi um pioneiro, sendo o primeiro a conseguir uma licença oficial da FIFA.

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É verdade que a evolução da série foi bastante geral, tornando-se particularmente notável no que se refere à I. A. (inteligência artificial) dos jogadores, embora esse não seja o foco aqui. Mas as diferenças gráficas são igualmente gritantes, não haja dúvida. Basta dar uma olhada nas imagens de FIFA 14 — e nem precisa considerar aquelas da próxima geração de consoles.

10. Sid Meier’s Civilization

Talvez a proposta de Civilization torne um tanto secundários os saltos gráficos. Afinal, trata-se ali de pura estratégia, e vale considerar que grande parte dos líderes famosos da História provavelmente não tinha mais do que algumas miniaturas e um mapa estendido sobre a mesa.

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Mas por que não? É ótimo ter uma visão, digamos, mais material do que já foi mais um amontoado de números e estatísticas. E basta olhar para Civilization V para perceber que grande parte do que tornou a franquia de Sid Meier notável permanece ali — desde as manobras tático-estratégicas até a diplomacia, passando pelo necessário investimento em novas tecnologias e políticas sociais... Tudo para, um dia, chegar à Lua (e, quem sabe, além).

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