Conferimos Blacklight: Retribution no PlayStation 4. Veja as diferenças

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Lá no começo de 2012, publicamos a análise de um jogo chamado Blacklight: Retribution. O game gratuito conseguiu uma boa nota no BJ, algo que foi atingido graças ao sistema de visão aprimorado, à jogabilidade equilibrada e às personalizações de personagem.

Não imaginávamos que um título despretensioso fazia tanto sucesso, mas parece que ele possui um público fiel, algo que motivou a desenvolvedora a criar uma versão para o PS4. O momento é propício para tal aposta, pois estamos no início da geração e há poucos jogos disponíveis.

Pensando como jogador, a presença de Blacklight: Retribution no catálogo do PlayStation 4 é interessante, ainda mais que estamos falando de diversão sem desembolso (há muitos itens pagos no jogo, mas o sistema básico funciona de graça).

Mas será que vale a pena experimentar o game no PS4? Os gráficos estão impressionantes? O controle é bem aproveitado? Pensando nessas questões, resolvemos fazer uma análise mais visual e de jogabilidade, conferindo as questões mais técnicas e trazendo um veredito.

Gráficos bons

A primeira coisa que devemos esclarecer é que Blacklight: Retribution nunca se propôs a oferecer os melhores gráficos já vistos em computadores. Da mesma forma, o game não chega ao PlayStation 4 para propiciar visuais nunca antes experimentados.

A ideia deste game não é competir visualmente com outros títulos FPS, portanto não espere que façamos uma comparação com Killzone, pois essa não é a proposta deste artigo. Vamos comentar sobre uma ou outra diferença entre a versão do PS4 e do PC, mas apenas para dar um parecer sobre a atenção que o jogo recebeu no console da Sony.

Depois de experimentar o game por quase 6 horas, prestando muita atenção aos mínimos detalhes, podemos dizer que, no geral, os gráficos do jogo são satisfatórios. Não há nada surpreendente, mas há elementos que aproveitam o hardware do PS4 e podem impressionar.

TecMundo GamesImagem capturada no PS4 - Fonte: TecMundo Games

A iluminação é, possivelmente, o ponto forte do jogo. Ela se adapta perfeitamente aos cenários e imita muito bem as luzes ambientes do mundo real. Seja do tipo artificial ou natural, certamente esse aspecto do jogo é realmente caprichado.

Ainda que não haja variedade, os modelos de personagem estão dentro do esperado. É difícil alguém ter tempo e coragem de parar no meio do tiroteio para ficar observando esse tipo de detalhe, mas conferimos esses pormenores e, de perto, podemos perceber que as texturas dos soldados são bem definidas.

TecMundo GamesImagem capturada no PC - Fonte: TecMundo Games

A versão de PS4 é quase a mesma que vemos no PC, portanto não há muitas diferenças nos cenários. Olhando com cautela, percebemos que as texturas das paredes, dos objetos e do chão são idênticas. Os mesmos defeitos, os mesmos padrões e efeitos de sombra e iluminação dão a sensação de que estamos experimentando o mesmo jogo.

Mas não tão bons...

Por se tratar de um game muito parecido com o que já existia no computador, não podemos dizer que o jogo está com gráficos de baixa qualidade. Com certeza, não são os melhores visuais do momento, mas o resultado ficou muito bom no PS4. Evidentemente, não podemos fazer uma média do todo e dizer que tudo está lindo, pois quem é mais exigente notará sim uma falha ou outra.

TecMundo GamesImagem capturada no PS4 - Fonte: TecMundo Games

Assim como já havíamos observado defeitos na versão de computador, há diversos descuidos que se repetem no PlayStation 4. Os soldados podem atravessar objetos (não completamente, portanto não espere conseguir atravessar paredes), os serrilhados são perceptíveis e a animação dos personagens não é convincente, dando a impressão de que eles estão flutuando.

As texturas são mescladas. Há muitas que seguem um padrão de alta qualidade, mas outras são bem feias. Mesmo que você não costume ficar olhando para paredes, uma hora ou outra você vai acabar se deparando com um avião como este que está na foto abaixo.

TecMundo GamesImagem capturada no PS4 - Fonte: TecMundo Games

Os efeitos de explosão também não impressionam muito, sendo visíveis as marcas poligonais que servem de orientação para a liberação da fumaça. É curioso que todos esses defeitos aparecem nas duas versões do jogo, o que nos leva a crer que a desenvolvedora fez uma adaptação apenas de API para garantir o completo funcionamento do game no PS4.

Pouco aproveitamento do controle

Aproveitando nossa jogatina, demos certa atenção ao modo de uso do DualShock 4. É evidente que há uma enorme diferença entre mouse/teclado e gamepad, mas, tirando as questões de preferência de cada jogador, podemos dizer que a desenvolvedora de Blacklight: Retribution fez um bom trabalho na hora de adaptar os controles.

Já havíamos comprovado que o gamepad do PS4 é ótimo para games do tipo FPS, e no caso de Blacklight o DualShock 4 não se comporta diferente. Os controles do jogo estão ótimos, sendo muito fácil se adaptar à mira e ao mapeamento dos botões. As respostas são rápidas e precisas. De fato, não temos do que reclamar quanto à jogabilidade.

TecMundo GamesImagem capturada no PS4 - Fonte: TecMundo Games

O mínimo que esperávamos eram controles funcionais, mas não nos importaríamos em poder aproveitar algumas funcionalidades adicionais (que poderiam ser incluídas ao touchpad do DualShock 4). Infelizmente, a desenvolvedora não pensou nessa questão, o que acaba deixando este recurso adicional sem grande utilidade.

Uma pequena vantagem no PC

No fim das contas, Blacklight: Retribution para PS4 não é um jogo espetacular, mas ele se assemelha muito à versão para PC. Talvez, a única vantagem do game para computador está na utilização do tessellation, o qual é usado em algumas poucas fases e não é um elemento capaz de causar grande impacto visual.

TecMundo GamesImagem capturada no PC - Fonte: TecMundo Games

O título para PlayStation 4 roda perfeitamente a 1080p e não apresenta lentidão, o que nos leva a crer que o desempenho do console é mais do que satisfatório. Este jogo está longe de ser um primor em gráficos, mas, considerando que estamos no início de geração, ele é uma boa pedida, ainda mais para quem não quer gastar um tostão e gosta de um bom FPS.

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