[Hands on] Testamos o Arena of Fate, o novo MOBA da Crytek

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De uns anos para cá, o gênero de MOBAs cresceu muito. Os principais jogos da modalidade tiveram updates enormes, diversos campeonatos surgiram – incluindo alguns nacionais, como o BRMA e o CBLoL – e o eSport ganhou cada vez mais espaço no mundo. Com essa onda de popularização, é normal que outras empresas invistam na ideia.

Podemos citar alguns títulos recentes, como Strife, Smite, Vainglory, Heroes of the Storm, Infinite Crisis e Supernova. Seguindo a tendência, a Crytek –renomada empresa por trás de Crysis, Ryse e muitos outros – anunciou há um tempo o seu próprio MOBA, chamado de Arena of Fate. Um dos diferenciais do game é a temática de histórias de terror famosas e personagens de contos de fadas.

Para dar um gostinho do que está por vir, a companhia lançou um Beta fechado do qual tivemos a chance de participar. Será que o jogo pode virar um destaque no cenário internacional? Confira no texto abaixo o que achamos da experiência de Arena of Fate.

Extremamente carismático

Logo de cara, é fácil simpatizar com a cara de Arena of Fate. Um dos problemas de começar um novo MOBA é a dificuldade de se adaptar aos novos personagens e mecânicas de jogo. Entretanto, o título da Crytek utiliza personagens de histórias e contos que são facilmente reconhecidos por qualquer um.

Dessa forma, podemos incluir na lista: Chapeuzinho Vermelho, Chupacabra, Van Hellsing, Robin Hood, Baba Yaga, Barba Negra, Jack Estripador, Frankenstein, Sherlock Holmes e muitos outros. Além disso, há algumas figuras históricas, como Joana d’Arc, Rasputin, Nikola Tesla etc.

Portanto, você não precisa se acostumar com dezenas de novos campeões ou se preocupar com uma nova história. Mesmo que o jogador não conheça todos os heróis, a temática é familiar o suficiente para não assustar os novatos.

Quando lembramos da Crytek, logo pensamos: visuais top de linha. Apesar de Arena of Fate seguir um estilo gráfico diferente do fotorrealismo adotado nos demais games da companhia, como Crysis e Ryse, eles não nos desapontaram. Todos os personagens são extremamente belos, os efeitos especiais são bacanas e o cenário é muito caprichado.

Um pouco de todos os MOBAs

Afinal, como é a jogabilidade de Arena of Fate? Ela se assemelha mais a League of Legends, a Dota 2 ou Heroes of the Storm? Na verdade, há um tempero de cada um deles na composição do MOBA da Crytek. Mesmo com elementos emprestados de outros games, o jogo da empresa de Crysis consegue ter uma personalidade única.

Os objetivos são diferentes do convencional, puxando um pouco para o que HoTS propõe. Destruir a base do inimigo ainda garante instantaneamente a vitória, mas há outras formas de conquistar o sucesso. O mapa segue o padrão convencional de três rotas e uma selva com atalhos.

Em Arena of Fate, todas as partidas podem durar até no máximo 20 minutos. Se nenhuma das duas equipes destruir a estrutura principal uma da outra nesse tempo, ganha quem conquistar mais pontos. Há diferentes maneiras de adquiri-los: matar sete inimigos ou destruir uma torre garante um ponto ao time, enquanto derrotar o titã (equivalente ao Baron de LoL) conquista dois pontos.

O sistema de skills se assemelha mais a League of Legends, com ação rápida, cooldown baixo das habilidades e regeneração rápida de energia. E, por falar em recuperação de atributos, o jogo pega emprestado de Strife essa mecânica. Caso o jogador fique alguns segundos fora de batalha, os pontos de vida e mana são recuperados rapidamente, ideal para não desacelerar o game e forçar o jogador a voltar para a base. Esse reabastecimento é ainda mais rápido se o campeão estiver próximo a uma torre.

Logo no início do jogo, devemos escolher um papel: destruidor de torres, defensor de torres, matador de personagens etc. Cada um deles garantirá um aumento de status único durante a partida a cada nível evoluído. Além disso, não há experiência, existe apenas um dinheiro que serve para conquistar novas funções durante o jogo.

Sem itens ou minions na selva

Como mencionamos acima, ganhamos moedas ao matar minions e campeões, mas elas não servem para comprar itens como em League of Legends ou em Dota. Em Arena of Fate, a bufunfa é equivalente à experiência e serve para passar de nível. Contudo, a cada novo level do personagem, é possível escolher um atributo especial, semelhante ao papel que aderimos no começo da partida. Basta selecionar a skill desejada (como teletransporte, roubo de vida, força, velocidade de ataque etc.) e esperar alguns segundos.

O ponto negativo disso é que não há como voltar atrás nas “builds” dos heróis. Nos outros títulos, se a partida não estiver de acordo com os seus status, podemos vender um dos itens e comprar outro mais condizente com a situação da batalha. Desta forma, também não conseguimos comprar poções de mana, wards ou qualquer outro item utilizável.

Diferente dos outros MOBAs, não há minions na jungle aqui. Os atalhos da selva servem apenas para chegar mais rapidamente às outras rotas e garantir um gank bem-feito. Como não temos pedras de visão, a única maneira de olharmos a parte do mapa não explorada é destruir alguns totens que garantem uma revelação temporária do ambiente.

Problemas técnicos atrapalharam a jogatina

Jogamos algumas partidas e nos divertimos muito com as mecânicas rápidas e personagens carismáticos. Contudo, tivemos que nos adaptar um pouco ao servidor do Beta, pois a latência era muito alta, causando delays enormes entre a inserção de comandos e as ações dos heróis.

O game tem um potencial enorme de se tornar um destaque muito grande no futuro. Contudo, se o jogo for lançado sem um server latino-americano, será quase impossível competir com os jogadores que disporem de um ping baixo.

No final das contas, Arena of Fate tenta simplificar a complexa experiência de MOBAs, sendo ideal para novatos aprenderem. Além disso, os veteranos certamente não passarão nervoso. De certa forma, é como se o título tentasse se aproximar da experiência de shooters ou outros games competitivos mais acelerados.

Não ter itens ou builds elaboradas pode ser um pouco estranho para quem joga League of Legends ou Dota, mas acredite: é divertido. Arena of Fate consegue ser ainda mais simples que Heroes of the Storm, apesar de não trazer tanta variedade. Se você se interessou pelo jogo, pode solicitar o acesso ao Beta fechado no site oficial do título.

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