VA-11 Hall-A encontra no Nintendo Switch sua casa ideal

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Lançado originalmente em 2016 para PC, VA-11 Hall-A: Cyberpunk Bartender Action chegou no começo de maio ao PlayStation 4 e ao Nintendo Switch, após ter aparecido no Vita em 2017. Embora nada tenha mudado em conteúdo desde então, sinto que foi na plataforma da Nintendo que o jogo encontrou seu melhor ambiente.

Desde que a Ysbryd Games gentilmente nos cedeu uma cópia do jogo, ele virou a primeira opção em que penso para jogar em pequenos intervalos ou quando quero ter uma jogatina leve antes de dormir. Isso se deve tanto ao fato de que o jogo pode ser aproveitado sem problemas em pequenos trechos quanto à portabilidade do Switch.

VA-11 Hall-A é uma visual novel na qual o jogador assume o papel de Jill, uma bartender que divide seu tempo entre conversas com clientes e preparar drinks para eles. Dependendo de suas habilidades atrás do bar, a história pode seguir rumos diferentes e você pode aprofundar seus vínculos ou se afastar de algumas das figuras que surgem do outro lado do balcão.

VA-11 Hall-A

Todas essas interações são feitas através de longos textos que, embora sejam bem escritos no geral, podem tornar o ritmo um tanto cansativo. Nessas horas, a possibilidade de deixar o Switch no modo repouso se mostra excelente — e sempre dá para voltar a acompanhar a história em uma ou outra pausa no trabalho ou ao entrar no transporte coletivo.

Tudo isso também era possível no PlayStation Vita, mas lá não havia a opção de também transportar o jogo para a tela grande na hora de “jogar a sério”. Como o game não é tecnicamente muito exigente, o Switch não deixa em nada a dever em desempenho para o PlayStation 4 ou ao PC — e sua telinha tem a resolução mais do que suficiente para apreciar os detalhes da bela pixel art criada pela desenvolvedora Sukeban Games.

Cyberpunk anime

Em meu tempo com VA-11 Hall-A até agora, já conversei com uma soldado membro de um grupo de elite (que deixou seu capacete no bar), uma robô-prostituta que usa sua aparência juvenil para atrair um tipo bem específico de clientes, um matador de aluguel e uma ídolo adolescente que trocou sua formação em piano clássico pela tentativa de conseguir fama e reconhecimento público.

VA-11 Hall-A

Todas essas figuras, estranhamente, se encaixam muito bem no mundo apresentado pelo jogo. Levando a temática cyberpunk a seus limites, a Sukeban Games nos apresenta a um universo no qual a tecnologia mudou totalmente o que consideramos como os limites da realidade e preceitos éticos — até mesmo certas “perversões” passaram a ser aceitas e vistas somente como um entre diversos tipos de comportamentos.

Como um visual novel, o título se baseia principalmente na leitura de textos que surgem pela tela e não traz tantas opções de interação — até agora não surgiu um sistema de respostas com rumos diferentes, por exemplo. A variedade de gameplay surge no momento em que você tem que preparar os drinks conforme os pedidos de clientes, que nem sempre sabem o que querem ou pedem uma bebida pelo nome.

Os preparos são feitos através de um minigame simples, que usa bem os sistemas de vibração dos Joy-Cons para indicar quando você está indo bem. Outras formas de distração surgem nas interações com a playlist com diversas músicas (muitas delas bem interessantes) e elementos do bar, como televisores e letreiros luminosos.

VA-11 Hall-A

Cada conversa é como se fosse um pequeno capítulo de uma pequena história, o que favorece querer jogar VA-11 Hall-A em pequenas doses — novamente, algo que o Switch facilita bastante. Ao final do dia, seu desempenho é avaliado e, dependendo dos acertos e erros feitos atrás do balcão do bar, você consegue mais ou menos dinheiro.

O valor acumulado deve ser usado tanto para pagar contas fixas (falhe nisso e pode rolar um game over) quanto para comprar enfeites ou itens que vão distrair menos Jill durante seu trabalho. A visão de tudo isso é em primeira pessoa e você não vê muito bem todos os resultados de sua compra, o que tira um pouco a vontade de querer comprar tudo o que está disponível.

Diversão relaxante

Até o momento não cheguei ao final de VA-11 Hall-A, e confesso que devo demorar um pouco para conseguir isso — o que eu não vejo como um problema. Tal qual um bom livro de cabeceira, a jogatina se encaixa bem em períodos de tempo curtos feitos em doses homeopáticas — a cada dia vejo uma nova história e conheço um personagem diferente, o que ajuda a manter o universo fresco e interessante, não me desgastando com as grandes doses de leitura exigidas.

Caso você se interesse pela temática cyberpunk e goste de animes, vale a pena conferir o game da Sukeban Games.

Caso você se interesse pela temática cyberpunk e goste de animes, vale a pena conferir o game da Sukeban Games. Oferecendo uma história interessante e personagens que conquistam em pouco tempo, o título definitivamente vai continuar sendo minha opção para uma jogatina casual durante um bom tempo.

VA-11 Hall-A: Cyberpunk Bartender Action foi cedido ao Voxel pela Ysbryd Games

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