PlayStation quer crescer às custas do Xbox, afirma Phil Spencer

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Imagem: Xbox/Divulgação

Com mais reviravoltas do que novelas do Globo e filmes do MCU, a potencial compra da Activision Blizzard King (ABK) pela Microsoft (MS) chegou a um novo capítulo. E, desta, vez o protagonista da cena é ninguém menos do que o Federal Trading Comissions (FTC), uma agência que tem o papel de regular o mercado e proteger os consumidores nos Estados Unidos.

Em um recente desdobramento na semana passada, o FTC anunciou que entraria com uma ação para barrar a negociação entre a MS e a ABK, alegando que o negócio pode "diminuir os competidores dos consoles Xbox." Quem não parece concordar nem um pouquinho com a declaração é Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming.

Durante sua participação no podcast Second Request, o chefão do Xbox deixou um pouco de lado o tom amigável que vinha usando em relação à concorrente, chegando a afirmar que a Sony quer crecer "tornando o Xbox menor".

"A Sony está liderando o diálogo acerca dos motivos pelos quais o acordo [entre MS e ABK] não deve ir adiante para proteger sua posição dominante nos consoles, então a coisa à qual eles se agarraram foi Call of Duty," disse Spencer. "O maior fabricante de consoles do mundo está levando questionamentos sobre a franquia que já dissemos que vamos continuar lançando na plataforma [PlayStation]," declarou.

O CEO da divisão de games da Microsoft chegou a comparar as estratégias de sua empresa e da concorrente, apontando que do seu lado os jogos entram ao mesmo tempo nos consoles, PC e Game Pass. Já do lado do PlayStation, a fabricante japonesa lança seus principais games exclusivos primeiro no console, somente liberando estes títulos no PC anos depois.

Ele afirmou ainda que a Sony vem lutando para manter sua dominância no terreno dos consoles, e para isto vem tentando, de quebra, tornar o Xbox menor. Desta forma, toda esta barulheira que a Sony tem feito para barrar a transação multibilionária e impedir que a Activision Blizzard King torne-se parte da Microsoft seria não porque isto é ruim para os consumidores, mas sim porque não é nada bom para o PlayStation.

Com todo o papo de exclusividade, por mais que a MS aponte o dedo para a Sony, existe aquele elefante intergaláctico na sala: Starfield, o próximo lançamento da Bethesda. Depois de adquirir a empresa em 2021, a Microsoft anunciou que o aguardado jogo seria exclusivo do Xbox Series X|S. Outro lançamento que não deve chegar ao PlayStation é Redfall.

Ainda que justifique que ambos os lançamentos sejam novos e, consequentemente, sem base de jogadores instalada em outros consoles, tal exclusividade de games que antes da compra seriam potencialmente multiplataformas foi um dos principais pontos levantados pelo FTC ao barrar a transação.

Essa novela, pelo visto, ainda vai demorar a ter um final — mas os próximos episódios podem já rolar no tribunal. Com a ação movida pelo FTC, Brad Smith, o presidente da Microsoft, disse ao The Verge que "este acordo expandirá a concorrência e criará mais oportunidades para jogadores e desenvolvedores de jogos.” O executivo ainda completou com uma leve ameaça, dizendo que seu time tem "total confiança em nosso caso e agradecemos a oportunidade de apresentar nosso caso no tribunal.”

Vale lembrar que, embora ainda esteja sendo investigada em outros países em todo o mundo, aqui no Brasil a venda da Activision Blizzard King foi aprovada em outubro deste ano.

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